Orlando Sousa Pontes Director Executivo da Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou esta terça – feira que o Estado são-tomense assinou com a Galp Enegy de Portugal acordo de partilha de produção de petróleo para o bloco 6 da zona económica exclusiva são-tomense.
O acordo válido por 28 anos dá a petrolífera portuguesa GALP 45% de participação no bloco 6 e o estatuto de empresa operadora do bloco. Segundo Orlando Sousa Pontes, por imposição da Agência Nacional de Petróleo a empresa norte americana Kosmos Energy, entrou no negócio como parceira da GALP com uma participação também de 45%. O Estado são-tomense representado pela Agência Nacional de Petróleo detém 10% de direitos sobre o bloco 6.
Como bónus de assinatura a Galp Energy e a Kosmos Energy são obrigados nos próximos 30 dias a depositar na conta nacional de petróleo o valor de 2 milhões de dólares.
Segundo o acordo nos próximos 8 anos, a Galp Energy e a sua parceira Kosmos Energy, deverão realizar estudos sísmicos e outros que determinam as potencialidades do bloco.
Terminados os 8 anos em que também deverão ser realizados os primeiros furos de prospecção de petróleo, inicia-se a fase de exploração real do ouro negro durante 20 anos. «A Galp vai ter 4 anos para realizar os estudos e adquirir a sísmica depois espero que se faça os furos no bloco 6 e estou esperançado de que nos próximos anos tenhamos boas novidades», declarou Orlando Sousa Pontos Director Executivo da ANP.
O bloco 6 localiza-se a 2.500 metros de profundidade no mar territorial são-tomense e estende-se por 5.024 quilómetros.
Por outro lado o Director Executivo da ANP explicou que após o primeiro leilão de blocos de petróleo na Zona Económica Exclusiva São-tomense, realizado no ano 2010, cerca de 5 blocos já foram alvos de acordos de partilha de produção.
As negociações com as companhias petrolíferas e os respectivos acordos de partilha de produção começaram a ser assinados em 2012. Orlando Soua Pontes apela a paciência nacional. «As pessoas têm que ser pacientes esta fase de exploração dura 8 anos. Assinamos os acordos de partilha em 2012 e esperamos que em 2020 estejamos a explorar petróleo» concluiu.
Abel Veiga

Santola
27 de Outubro de 2015 at 14:26
Agora temos concorrência de moedas Dollar vs Euro, só espero que não aconteça o que está acontecendo em Angola agora em nosso país, os angolanos tentado trocar o Kwanza pelo dollar na sua economia, agora estão a sofrer as consequências como queda do preço do petróleo, crise e outras revoltas como o caso dos presos entre outros isto é só um exemplo.
pensador
27 de Outubro de 2015 at 14:52
Finalmente uma empresa credivel
Batepá
27 de Outubro de 2015 at 15:04
Que de facto possamos ver o ouro negro do bloco 6 em quantidade suficiente para comercialização já em 2020.
Sobre a credibilidade das empresas, acredito que a componente técnica da ANP esteja a desempenhar o seu papel. Contudo, já tivemos no passado bem recente uma desistência que deixou por terra muitas expectativas, muitos sonhos, tendo mesmo influenciado negativamente o quadro cenário fiscal de médio prazo, quando ninguém esperava. Pode-se alegar não ter acontecido na ZEE, mas a verdade é que contra factos nada de argumentos.
Contudo, embora entenda os motivos das declarações do Director, sem querer por em causa a qualidade da informação de que dispõe a respeito do dossier, a prudência deve nos mover a todos, pelo que sugiro que nas próximas declarações não seja tão preciso nas datas, quando o cenário actual encoraja a tudo menos a exploração de novos blocos, pelo preço internacional do crude.
Enfim, importa sim que tenhamos os pés no chão que desenhemos o nosso futuro macro-económico sem as receitas petrolíferas, pois só nos lesa, fecha as portas e vai criando internamente apetites desmedidos em matéria de despesas e engajamentos supérfluos.
Viva São Tomé e Príncipe
Observador Atento
28 de Outubro de 2015 at 21:06
No contexto actual de baixa do preco do petroleo, penso que estrategicamente eh melhor focalisar-mos em zonas menos profundas. O bloco 6 com a profundidade de 2500 metros de agua eh considerado Zona ultra-profunda….O custo de exploracao eh proebitivo no contexto actual. Mas, na zona fronteirica entre Guine Equatorial a e STP eh abordavel pois a profundidade eh de 1000-1500m. Ainda mais penso que a Guine Equatorial ja fez estudos sismicos na zone limitrofe. ANP tera que pensar nas melhores oportunidades tangiveis para STP e nao entrar na especulacoes sobre o Petrole nos anos 2020!
Idalecio Perreira Gomes
14 de Dezembro de 2015 at 5:31
É muito claro que estamos a ser enganado, por malditos Dirigente ou sao demasiado brutos ou demasiados inteligentes para os seus bolsos.Si a riqueza é nossa e afinal o nosso País ganha a menor parte, A empresa Portuguesa nao pinta nada e nem da nenhuma cor, Digamos que está a fazer o papel de mediador e ganhando muito mais Sao Tomé. Lembramos o proverbio que diz assim, nao há bem que nunca dure nem o mal que nunca ature. O nosso governo faz acordo sujo, bruto e miseravel.
Deslichados Pontes
14 de Dezembro de 2015 at 5:58
A empresa portuguesa é uma empresa que está praticamente a fazer o papel de mediadora e por encima sai ganhando mas que o próprio país que tem o seu petróleo. Dois milhões para assinar um acordo como esse para 28 anos é algo que não cabe na cabeça de ninguém tendo em conta que STP já vem assinando acordos como esses e que já foi criticado pelo mundo. Os nossos governos passaram de corruptos para brutos, estúpidos, ignorantes e analfabetos ou são muitos inteligentes para os seus bolsos, assinando um acordo de esse tipo. Dois milhões de dólar para uma nação é uma esmola e por encima para um país que tem o seu próprio petróleo. Os nossos dirigentes são burros e ainda não sabem nem reconhecem a sua burrice e ignorância no tema. É preferível ficar com esse petróleo debaixo da nossa terra apodrecendo, que fazer um acordo tão estúpido e sem cabimento como esse. Somente o orçamento geral de estado anual de STP supera essa pouca vergonha de contrato e Portugal como sempre fazendo de inteligente nos estão enganando como se fossemos uma criança que nasceu ontem. O povo deve de abrir os olhos quanto a isso, porque os políticos santomenses são sempre os mesmos e somente mudam de cara.