Fixou-se esta semana num máximo acima de 10 mil dólares por tonelada.
Os mercados de matérias-primas foram surpreendidos pelo disparo no preço da tonelada dos grãos de cacau, que são a base nomeadamente para a indústria mundial do chocolate. Esta semana, a tonelada no New York Mercantile Exchange (NYMEX) fixou um novo máximo histórico de 10.080 dólares durante a sessão de terça-feira. Nos últimos 12 meses, a cotação aumentou 232% e, desde início de 2024, já subiu 133%.
É a matéria-prima com maior aumento de preço desde início do ano, a larga distância das variações para outras commodities agrícolas (como algodão, café e sumo de laranja) ou da energia (gasolina reformulada e barris de petróleo das variedades norte-americana e europeia).
O que muitos apelidam de ‘ouro castanho’ regista hoje um preço por tonelada superior ao cobre (perto de 9000 dólares) e vai-se aproximando do níquel (mais de 16 mil dólares). O principal produtor e exportador é a Costa do Marfim, onde o regulador local espera que a colheita intermédia, que oficialmente começa em abril, caia 33% em relação à do ano passado.
O disparo nos preços é criado por uma falta de 330 mil toneladas de cacau estimada para a safra mundial de 2023/2024. A oferta de 4449 toneladas é inferior à procura de 4779 toneladas, segundo as estimativas da Organização Internacional do Cacau (ICCO), sediada em Abidjan, capital da Costa do Marfim.
A ICCO, no seu relatório de fevereiro, refere uma queda de 28% e 35% respetivamente nas chegadas de grãos aos portos da Costa do Marfim e do Gana em relação ao ano passado.
FONTE – Jornal EXPRESSO / Portugal
Arthur Pires
31 de Março de 2024 at 10:20
A questão é .. qual o impacto deste aumento no preço do cacau nas Ilhas de São Tomé e príncipe? Será que é que desta que haverá alguma mudança na vida dos agricultores? Ou a exploração prevalecerá como sempre foi. O trabalho mais árduo é sempre o menos remunerado. Considerado o melhor “cacau/ chocolate” do mundo, com certificado biológico de alta qualidade e ainda assim os agricultores recebem cêntimos pelo seu produto sem a possibilidade de negociar o preço do mesmo.
Jose Rocha
1 de Abril de 2024 at 1:33
É tempo de acelerarmod a produção do cacau no nosso pais.
Fernando Simão
1 de Abril de 2024 at 8:08
Qual é o impacto desse aumento do cacau na economia das ILhas Maravilhosas de São Tomé e Principe, que tem como um dos seus principais produtos de exportação o cacau???
SEMPRE AMIGO
1 de Abril de 2024 at 20:02
A subida de preço de venda?….Uma boa notícia.Mas será que os pequenos produtores das multiplas glebas no nosso país seguem a evolução dos preços do cacau no mercado internacional????’
Antonio Fernandes
2 de Abril de 2024 at 16:58
Pois toda a gente se questiona sobre o cacau de Stp!!!
Os traders ou compradores querem saber de:
Qual é a capacidade de produção???
Enchem um navio convenci-o??
A produção é continua??
Todos os anos garantem o produto??
Quais os canais de exportação???
Existem taxas á exportação?? Um navio carrega directamente no Porto??
Custos logísticos, para produção pequena??
O facto é que Stp já não é um produtor de cacau, porque abandonaram os cacaueiros, qual é a dúvida??? Tudo foi para o povo explorar aqui está o resultado.
Ainda bem que existe o Cláudio e a Diogo Vaz, se não ninguém sabia que Stp tinha cacau. Agora, mercado mundial é para os profissionais de produção, Stp já não vai lá, aliás em nada!!!!!
Fui
Confeitaria da Tia Zezinha
8 de Abril de 2024 at 16:45
O nosso cacau realmente é produto de qualidade.