Garantia do ministro da Agricultura Nilton Garrido. O ministro que visitou a cooperativa de produção do cacau biológico (CECAB), anunciou que é grande a procura do cacau de São Tomé e Príncipe é grande. «O preço do cacau a nível mundial tem estado em alta e com isto, muitos investidores têm procurado o nosso país para adquirir o cacau», afirmou.
Nilton Garrido, reconheceu que São Tomé e Príncipe, que deixou de ter 1001 quilómetros quadrados de terra, em consequência das alterações climáticas, e a subida da água do mar, não tem espaço territorial suficiente para produzir cacau em grande quantidade. A aposta nacional é a produção de alta qualidade.
O ministro avançou que vai colocar no terreno uma equipa de fiscalização para garantir a protecção do ecossistema agro-florestal construído pela cultura do cacau.
«Porque muitos investidores chegam e querem produzir o cacau, e podem não aplicar as melhores práticas que vão de encontro à conservação da nossa fauna, e do património agrícola, e do nosso sistema agro-florestal que foi reconhecido pela FAO como património agrícola mundial», precisou.
Confrontado com a denúncia pela CECAB de aumento do furto do cacau, Nilton Garrido confirmou que «é um fenómeno que está a alastrar no país».
Prometeu agir em parceria com os ministros da defesa e ordem interna, e do ambiente para implementar a lei já aprovada para combate ao furto nas parcelas agrícolas. «A lei existe, mas a verdade é que até agora nada se fez», confirmou.
Setembro próximo inicia a segunda maior colheita do cacau do ano. «Vamos acelerar algumas medidas concretas para estancar o caso», prometeu o ministro.
Nilton Garrido disse que o governo vai implementar um regulamento no sistema de compra do cacau. «Porque não é possível estarmos a fazer a colheita diariamente, porque assim estamos a comprometer a qualidade do cacau», concluiu.
O Ministro da Agricultura acredita que a situação de furto do cacau estará controlada antes do final do ano.
Abel Veiga
