Política

Japão aplica 1,6 milhões de euros no sector das pescas

O Reino do Japão propôs ao novo Governo de São Tomé e Príncipe, a execução de um programa de desenvolvimento económico e social, virado para o sector das pescas.

1,6 milhões de euros em donativo vão ser aplicados no sector das pescas neste ano 2019. O programa de financiamento foi assinado no último domingo pelo  Embaixador do Japão Masaaki Sato, e a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Elsa Pinto.

O Governo do Japão justificou a sua aposta na execução do programa financeiro a favor de São Tomé e Príncipe, porque considera que o comércio do pescado pode contribuir para a segurança alimentar em São Tomé e Príncipe.

O programa de financiamento do sector das pescas pretende evoluir a pesca artesanal para o nível semi-industrial. «permitirá a aquisição de materiais e equipamentos como barcos de pesca, motores fora de bordo, e o fornecimento de materiais de pesca para os pescadores», explicou o embaixador do Japão, Masaaki Sato.

Japão acredita que o programa de financiamento  vai aumentar o rendimento de cerca de mais de 8 mil famílias são-tomenses que se dedicam a pesca. «Este programa vai contribuir para a melhoria das condições de vida da população de São Tomé e Príncipe», frisou o diplomata nipónico.

Por sua vez o governo são-tomense considerou o sector das pescas de estruturante para a economia nacional. Por isso a ajuda financeira do Japão num sector produtivo, é fundamental para reduzir a dependência nacional a ajuda externa. «O Governo está ciente que as ajudas externas não são eternas. Por esta razão esforços estão a ser envidados visando a diminuição da dependência externa nesta capítulo. Daí que o destino final da ajuda externa deve estar centrado no sector produtivo para ter efeito multiplicador», declarou a ministra dos negócios estrangeiros e cooperação.

Elsa Pinto recordou também que dos 17 objectivos de desenvolvimento sustentável, o governo tem como objectivo número 1, o que se relaciona com a luta pela erradicação da fome.

O embaixador do Japão com residência em Libreville – Gabão reuniu-se também com o Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus. Para além do reforço da cooperação bilateral, com destaque para avaliação de outros projectos de cooperação em urso, nomeadamente o micro-crédito para projectos sociais, e a reabilitação e equipamento das escolas primárias no país, o diplomata japonês informou ao governo sobre a realização na cidade de Yokoama da sétima conferência internacional de Tokyo sobre o desenvolvimento de África, evento conhecido como TICAD.

São Tomé e Príncipe foi convidado a estar presente na conferência que terá lugar em Agosto de 2019.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Renato Cardodo

    5 de Março de 2019 at 5:11

    Outro anúncio de muito dinheiro que pode induzir em erro.
    No passado foi feito investimento pelo mesmo parceiro e comprado cerca de 20 ou mais embarcações de pesca.
    Foram dados aos amigos,companheiros e compadres que utilizaram em seu proveito próprio e nunca pagaram o custo das mesmas.
    Outros venderam as embarcações no Gabão e os contribuintes nunca foram achados nestes expedientes.
    Fala—se de migrar para pesca semi industrial com valores desta monta?
    É infantil e desonesto.

  2. Vanplega

    5 de Março de 2019 at 9:05

    Calma que tudo dê certo. Se as mentalidades não for mudadas, voltará as mesma práticas.

    Se o director das pescas não for um tal de prazeres, que comeu tudo.

    Será que é desta vez que os políticos, vejam presente e o futuro desta terra?

    Praticam bem senhores

  3. ANCA

    5 de Março de 2019 at 15:27

    A transformação de uma indústria tal como a conhecemos em São Tomé e Príncipe, de pesca artesanal, implica mais do que somente investimentos doações de capital financeiro.

    A organização, a investigação, a formação, ter em conta os meios equipamentos adequados, e ter em conta o estádio de subdesenvolvimento em que se encontra o País Território/População/Administração, nesta matéria, para uma possível evolução, para assertividade para passagem a implementação do cluster do mar, neste caso para a pesca semi industrial, implica muito mais do que somente doações e ajuda financeira, desta investigadora, até porque os políticos, os gestores nacionais, parecem ter pouca ou nenhuma noção, dos conceitos da economia do mar, ou se se quisermos do Cluster do mar, para um território, população, administração, com dupla insularidade, poucos recursos humanos e naturais, mais que dispõe por ser Ilhas de uma grande fragilidade, do seu ecossistemas.

    Pois que a organização, a investigação, a formação, devem vir em primeiro, ou seja desenvolvimento do conceito do cluster do mar, da economia do mar, neste caso por ênfase na pesca semi industrial, antes das sementes doações financeiras, sem estrutura organizacional interna, o que leva a desperdiçar ajudas.

    Como falar de pesca semi industrial, com barcos, ou botes de fibra com motores fora de de água?

    Sendo o País Território/Administração, cercado de mar, sendo este recurso mais extenso do que a terra disponível, para quando a instituições de um laboratório ou departamento de investigação e desenvolvimento deste sector recurso tão importante, para a economia do mar?

    Quanto a organização, palavras, conceitos, técnicas, como a conservação, a calibração, embalamento, utilização de rótulos designação de origem controlada, os cuidados de higiene e segurança alimentar na captura e processamento do pescado, a certificação, a transformação, os cuidados na comercialização, exportação,ja para não falar nos cuidados a ter com o ambiente, será que os que fazem desta arte de pesca detem, conhecimento ou estão devidamente capacitados para tal empreitada?

    Basta que perguntemos, se assim se processam o desenvolvimento destas atividades por exemplo no Japão, ou num outro território um pouco mais, evoluído na economia do mar, tal como apreciamos neste momento em São Tomé e Príncipe?Pois basta que haja dinheiro aceitamos tudo sem nos organizarmos internamente, basta ver a condições de venda do pescado, já para não falar nas de captura, estudo e conhecimento dos recursos piscatorios, quanto a sua quantidade qualidade disponível, sua falta de controlo, etc… etc…,

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  4. ANCA

    5 de Março de 2019 at 15:31

    Por fazermos as coisas, aceitar os acordos as ajudas deste modo, da-mos asos ao aumento da corrupção, da pobreza, fome, miséria, pobreza mental e material.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  5. ANCA

    5 de Março de 2019 at 15:55

    Por outro lado, aquisição de botes, barcos de fibras, para pesca semi industrial, quando temos acordos, com Japão, China, União Europeia, para captura dos pescados nas nossas águas, muitas vezes por técnicas de arrastão?

    Queremos actividades reprodutivas de riqueza, combater a fome, a pobreza atraso económico financeiro interna industrial e segurança alimentar desta maneira?

  6. ANCA

    5 de Março de 2019 at 16:00

    Neste mundo ninguém dá nada a alguém, sem esperar receber algo em troca.

    Já para não falar na indústria de transporte marítimo, reparação de embarcações, cais de descarga, serviços portuários, portos, aeroportos, Turismo náuticos, etc…

    A dimensão do nosso pensamento é ambição é tão pequena….

  7. ANCA

    5 de Março de 2019 at 16:30

    Depois os políticos deste país, acham que estão a trabalhar muito para o desenvolvimento do País Território/População/Administração.

    Como o secretário de estado do comércio, e a ministra do Turismo a receberem os sacos de arroz do Japão, sobretudo o secretário de estado do comércio, numa vaidade tal, como que os sacos de arroz fossem produzidos pelos os agricultores Sãotomenses, com óculos escuros sorriso de orelha a orelha, sem lembrar que é a mão do seu povo que está por baixo,ao invés de pensar nas soluções de abastecimento do mercado interno, quanto ao desenvolvimento crescimento da produção agrícola, agro pecuária, do desenvolvimento formas de evolução do comércio nacional, a produção horticultura, insumos animais para alimentação da população, etc…

    Como esperamos evoluir, sem conhecimento prévio, das nossas necessidades, dos nossos recursos humanos naturais, etc…?

    Pois depois de estarem no poleiro, gostam de achar que são os maiores, esquecem de estruturar e organizar o País Território/População/Administração.

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