Política

Novo Presidente de Cabo Verde fez boa “Kodjeta” em São Tomé e Príncipe

No dia 24 de Agosto passado, José Maria Neves, na qualidade de candidato às eleições presidenciais em Cabo Verde, lançou a sua campanha eleitoral a partir de São Tomé e Príncipe.

Num encontro com a comunidade cabo-verdiana radicada em São Tomé, no palco do Cinema Marcelo da Veiga, José Maria Neves, justificou o arranque da sua campanha eleitoral em São Tomé e Príncipe, pelo facto de a comunidade caboverdiana no arquipélago ter sido um dos fundamentos da luta política pela libertação nacional de Cabo Verde.

Pediu a comunidade que se unisse em torno da sua candidatura. «Cima nu tá d´junta món pa sementeira, cima nu tá d´junta món n´hora de kodjeta(colheita), nu d´junta món pa  dia 17 de Outubro», afirmou em agosto passado.

A ideia de d´junta món na sementeira(unir as mãos, na sementeira do milho), e a prometida kodjeta farta (colheita abundante), que deveria ser feita em outubro, penetrou nas comunidades caboverdianas na ilha de São Tomé e na ilha do Príncipe.  Exprimida sempre em crioulo caboverdiano, a mensagem política de José Maria Neves conquistou os idosos e os jovens santomenses de origem caboverdiana.

Enquanto primeiro ministro de Cabo Verde durante 15 anos, executou vários projectos de apoio económico e social, para a comunidade caboverdiana em São Tomé e Príncipe.

Trabalhou com todos ex-primeiros ministros de São Tomé e Príncipe, na busca de soluções para a comunidade caboverdiana e consequentemente para o país. Foi assim com ex-Primeiros ministros Tomé Vera Cruz, Patrice Trovoada, Rafael Branco, novamente Patrice Trovoada, …

A figura de José Maria Neves como candidato ao cargo de Presidente da República de Cabo Verde, praticamente diluiu a rivalidade política entre os caboverdianos em São Tomé e Príncipe. Rivalidade política entre os que são militantes do PAICV(na oposição) e os que são militantes do partido MPD(no poder).

Nem a visita em finais do mês de Setembro, do Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva à São Tomé e Príncipe, por sinal líder do partido MPD, próximo do candidato adversário Carlos Veiga, conseguiu desviar a atenção e a convicção da maioria dos caboverdianos em São Tomé e Príncipe de que a “Kodjeta” de 17 de Outubro, tinha que ser para José Maria Neves, ex-Primeiro ministro e antigo Presidente do PAICV na oposição.

A ilha do Príncipe, um dos principais berços da comunidade caboverdiana no país, foi um dos exemplos do voto massivo em José Maria Neves nas eleições presidenciais caboverdianas, do último domingo.

Dos 164 eleitores que exerceram o direito de voto na ilha do Príncipe, 115 votaram José Maria Neves, e 44 votaram Carlos Veiga. Outros 4 votos foram distribuídos pelos demais candidatos, numa lista de 7 concorrentes ao cargo de Presidente de Cabo Verde.

A boa “Kodjeta” conseguida em São Tomé e Príncipe juntou-se à outras tanto na diáspora como no território de Cabo Verde. José Maria Neves é por vontade da maioria dos caboverdianos, o Presidente Eleito de Cabo Verde.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. José António

    18 de Outubro de 2021 at 9:55

    Ainda bem que Cabo Verde não teve nenhum Delfim Canabis como candidato. Sinão, à estas horas, o mesmo já estaria a manobrar o seu subordinado Presidente do Tribunal constitucional para anular os resultados.
    Parabens aos caboverdianos pela seriedade e responsabilidade das suas ações

  2. SEMPRE AMIGO

    18 de Outubro de 2021 at 11:02

    HABEMUS PAPAM! Graças á DEUS! Foi com o dr. JOSÉ MARIA NEVES,então primeiro ministro de Cabo Verde, que STP e CABO VERDE iniciaram um processo com os GOVERNOS liderados pelos então primeiros ministros TOMÉ VERA CRUZ,PATRICE TROVOADA,RAFAEL BRANCO e novamentete PATRICE TROVOADA.O principal objectivo a alcançar com o referido processo era sensibilizar países terceiros disponíveis para financiar projectos tripartidos nos dois países insulares.Infelizmente até a data nada de concreto! Entretanto o dr. MARIA NEVES, o presidente eleito, continua altamente interessado com referido processo, aguardando a reafirmação de interesse da parte dos dirigentes santomenses,do GOVERNO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRINCEPE.

  3. Mepoçom

    18 de Outubro de 2021 at 12:27

    É bom que os políticos gananciosos de STP copiem o civismo dos políticos cabo-verdiano. Tanta vergonha a volta das eleições santomenses…

  4. Guilherme

    18 de Outubro de 2021 at 13:25

    Este Dignissimo Senhor, ao longo da sua carreira profissional e politica, deu provas inquestionáveis de que é um verdadeiro lider; Homem humilde, honesto, simples, de convivência facil e sempre ao lado do seu povo; tanto nas horas alegres como dificies, estando no poder ou não… O povo caboverdiano, mais uma vez, fez a escolha certa e agradeceu a generosidade deste Líder, colocando-lhe no Cadeirão da mais Alta Magistratura do País logo na 1ª. volta das eleições. Parabéns povo de Cabo de Verde, parabéns a CPLP e parabéns a Africa. Eis um Lider, que é, e será exemplo para as lideranças do nosso continente.

  5. WXYZ

    18 de Outubro de 2021 at 16:45

    Parece que esta na moda: Lideres da oposição são os que estão ascendendo ao poder. Provavelmente o nosso Carlos Vila Nova tambem teve a sua vitoria logo na primeira volta. Mas os camaradas trataram de dar um outro tratamento. Se o povo não estivesse determinado, o Vila Nova, ja era.

  6. Nuno Menezes

    20 de Outubro de 2021 at 11:41

    Compreendo,mais no entanto as pessoas presentes ‘e um Passado ruim… da escravatura Portuguesa,aonde a nivel do desenvolvimento apenas do ano em que estamos 2021 deveremos nos ajudar, o termo de ajuda food voucher ( vale-alimentação ) nesta idade deixamos de ser util para a sociedade em que estamos e ficamos esquecidos tambem,o presente fornece mais oportunidade do que o proprio passado,existe situacoes da propria Europa aonde outros povos a imigrar exemplo no Reino Unido um Pais de oportunidade nao sabem aproveitar,preferem roubar,parar na prisao, (cadeia)anos passam e nada fizeram para a sociedade em que estamos,e as pessoas que assim apresentam na imagem trabalharam no duro no tempo de escravidao controlada por Portugueses de Portugal e logico a passar anos entramos numa geracao, essa geracao estamos nos,mais infelizmente a classificacao que eles tem nesta nossa epoca ‘e ser ignorados e esquecidos por nos, e ajuda o nosso gorverno de Sao Tome and Principe devemos dar e contruir e investir apenas na alimentacao um saco de arroz e nao so apenas para essas pessoas que assim encontram viva como exemplo tanto tambem existe na sociedade Portuguesa e pela a Europa fora,aonde a idade nao permite trabalhar para assim ter o minimo que ‘e apenas a alimentacao.

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