Política

Ómicron não deve ser classificada como uma variante “leve”, diz a OMS

PARCERIA -Téla Nón/ Rádio ONU

Diretor-geral da agência afirma que 2022 começou com um “tsunami de novos casos”, com nova variante matando pessoas e deixando os hospitais superlotados; Tedros Ghebreyesus aponta desigualdade na distribuição das vacinas como maior falha ocorrida no ano passado.

O mundo registrou na última semana o maior número de novos casos de Covid-19 desde que a pandemia começou, há dois anos: uma alta global de 71%. Quem afirma é o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Nesta quinta-feira, Tedros Ghebreyesus declarou, em Genebra, que existe um “tsunami de novos casos” e que as baixas taxas de vacinação em alguns países criaram as “condições perfeitas para o surgimento de novas variantes”.

Segundo dados da OMS, quase 294 milhões de pessoas haviam testado positivo para a Covid-19 até o dia 5 de janeiro

Ômicron também mata

O chefe da OMS afirmou que apesar da Ômicron ser menos severa do que a Delta, especialmente nas pessoas vacinadas, a nova variante “não deve ser classificada como leve”.

Tedros enfatizou que a “Ômicron está colocando pessoas nos hospitais e está matando pessoas”, com o “tsunami de casos sendo tão rápido que os sistemas de saúde já estão com a capacidade no limite”.

O chefe da OMS afirmou também que a desigualdade na distribuição de vacinas foi uma das “grandes falhas ocorridas no ano passado”. Tedros disse que o problema causa mortes e desemprego e prejudica a recuperação econômica global.

Meta de imunização continua 

O diretor-geral da agência explicou que com a atual taxa de vacinação, 109 países não conseguirão atingir a meta de ter 70% de suas populações imunizadas até o começo do mês de julho.

Tedros Ghebreyesus fez um apelo para todas as pessoas exigirem dos governos e da indústria farmacêutica a partilha de dados de saúde ligados a testagem e produção de vacinas, para que se possa acabar com a “destruição causada pela pandemia”.

Durante a coletiva de imprensa em Genebra, uma jornalista do Brasil pediu aos especialistas da OMS para enviarem uma mensagem à população do país.

A epidemiologista da agência, Maria Van Kherkov, pediu a todos para que não desistam, destacando que o mundo sairá junto da pandemia, já que existem meios para reduzir a transmissão e fazer com o que o coronavírus deixe de controlar a vida das pessoas.

Segundo dados da OMS, quase 294 milhões de pessoas haviam testado positivo para a Covid-19 até o dia 5 de janeiro, sendo que a doença causou a morte de mais de 5,4 milhões. No mundo todo, já foram administradas mais de 9 bilhões de doses da vacina.

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