O conflito demorou vários dias e vinha se arrastando no tempo. Os sindicatos do sector da saúde reivindicavam por melhores condições de trabalho com destaque para a necessidade de se repor o stock dos medicamentos, e de outros insumos hospitalares.
O Ministro da Saúde Edgar Neves acabou por se envolver em confronto verbal com o sindicato dos médicos.
O confronto verbal com notas de incapacidade e de negligência atribuídas aos médicos, provocou reacção da Ordem dos Médicos, que em contra-ataque solidarizou-se com o sindicato, e disparou em todas as direcções contra o ministro da saúde e contra as autoridades responsáveis pela definição da política de saúde.
Médico de profissão, Edgar Neves, terá ficado isolado. No calor do confronto verbal, a organização dos médicos não compareceu a uma reunião convocada pelo ministro. Sozinho, Edgar Neves, como médico experiente percebeu que não conseguiria tratar da convulsão que tinha tomado conta da Saúde de São Tomé e Príncipe.
«Depois de uma consulta profunda, em primeiro lugar, a minha família, aos meus amigos mais íntimos, e ao meu partido que me colocou no governo…é hora de passar o testemunho a outros que provavelmente possam ter melhores ideias e mais meios financeiros para melhorarmos o sistema e o serviço nacional de saúde para o bem de todos os são-tomenses», declarou o ministro demissionário.
Edgar Neves é militante do partido UDD, que se uniu ao MDFM. Os dois partidos unidos coligaram-se ao partido PCD. Uma coligação de 3 partidos que elegeu 5 deputados nas eleições legislativas de 2018. Uma coligação que se juntou ao partido MLSTP para formar a maioria de 28 deputados, que desde 2018 governa o país.
Depois das eleições presidenciais de Julho à Setembro de 2021, Edgar Neves é o terceiro ministro que é demitido ou que se demite do actual governo liderado por Jorge Bom Jesus. A primeira baixa aconteceu na pasta da Defesa e Ordem Interna em que o ministro que tutelava o sector, foi demitido por proposta do primeiro-ministro.
Logo depois o ex-ministro das Finanças Osvaldo Vaz bateu com a porta. No início de 2022 foi a vez do ministro da saúde apresentar o seu pedido de demissão.
«Depois dessa análise profunda que fiz de forma madura, estruturada decidi e apresentei o meu pedido de demissão. Foi ao meu pedido. Introduzi na passada quinta feira 20 de Janeiro, o meu pedido de demissão junto a sua excelência o senhor Primeiro Ministro e Chefe do Governo. Tem carácter irreversível…insisto, porque as minhas decisões são definitivas, pelo menos em matéria de política», pontuou Edgar Neves, na sua comunicação nos órgãos de comunicação social.
Edgar Neves não faz marcha atrás na sua decisão, e o Primeiro-ministro Jorge Bom Jesus só deverá agir no sentido de propor ao Presidente da República a nomeação de um novo ministro que deverá conduzir o sector da saúde, até as eleições legislativas previstas para Outubro próximo.
Abel Veiga
Pedro santos
24 de Janeiro de 2022 at 7:00
O melhor é sair antes de tempo.
Não fizeram nada para o país nestes 4 anos de perseguição politica e roubalheira.
Jorge bom Jesus devia fazer o mesmo.
Até concursos públicos vocês manipulam.
Parecem pragas.
Amílcar rosario
24 de Janeiro de 2022 at 7:08
Essa corja de bandidos nunca mais deviam ser dirigentes.
Só atrasaram o país.
Vão com diabo e levem Jorge bom Jesus convosco.
Vânia
24 de Janeiro de 2022 at 7:45
Grande Dr Jorge bom jesus, um líder nato. Se Dr Jorge bom jesus, tivesse condições para governar, como o pinta cabra, o povo estaria bem. Vamos ter fé, vamos dar Dr Jorge bom jesus, maioria absoluta, depois é que podermos criticar.
Timoteo dos santos
24 de Janeiro de 2022 at 7:47
Ok, mas o ministro da saúde tem razão em muitos pontos. Primeiro o pessoal da saúde tem este mal habito, salvo excessão de LIGUIR”TOMAR” o que não é seu. Estou a falar de medicamentos e outros para as suas “clinicas” privadas. Sobretudo enfermeiros e outros pessoais de saúde, mesmo alguns médicos. Isto é condenavel.
Por outro, muitas mortes que acontecem nos centros hospitalares, é devida ao desleixo do pessoal de saúde. Isto tem que parar. Só querem mais e maios dinheiro, mas não se vê comprometimento com a causa para qual deviam defender.
Manuela Pedroso
24 de Janeiro de 2022 at 9:10
O Dito santomense que diz: Carga mal arrumada, desmacha toda na estrada.
Na realidade este Governo foi um manto de retalhos que qualquer um sabia que não ia dar em nada.
Este pode-se considerar como um Governo de Unidade, onde estão todos os partidos do país e com apoio dos outros ditos partidos famintos e preguiçosos que andam por aí, tais como PTS, CODO entre outros. No entanto, já vimos o resultado. ZERO
Problemas de medicamentos??? Como é possível um ministro de saúde e os respetivo governo aceitarem que os medicamentos estejam a ser vendidos na praça pública, debaixo do sol e chuva, sem conhecer a sua proveniência, sem ter especialistas na matéria a vende-los etc. etc. Depois dizem que estão a contribui para melhoria da saúde pública.
Este Governo está como a fruta podre. Está a cair aos bocados. Caiu o Ministro da Defesa, Caiu o Ministro das Finanças, agira caiu o Ministro da Saúde. Mesmo assim o primeiro ministro teima-se a carregar o resto da fruta podre nas costas.
Até quando. Haver vamos
Madiba
24 de Janeiro de 2022 at 14:07
Caríssimo;
A culpa não é de quem vende os medicamentos na praça. A culpa é dos sucessivos governos que não conseguem ter uma política de, absolutamente nada no país. Incluindo, como é óbvio a medicamentosa. Na semana passada, comprei comprimidos de dor de dentes, na praça. Pois, naquela hora, 15h00 de sábado, não havia locais públicos onde poderia os comprar! E, mesmo que houvesse, simplesmente não tinha medicamentos, Com muito respeito, mas acho que S. Tomé e Príncipe, não deveria ser um país!
Matabala
24 de Janeiro de 2022 at 10:16
Vai Sr Ministro que não deixa saudades.
Senhor já comeu sua parte dos 12 milhões que vieram para Covid sai enquanto é tempo antes do barco afundar. Vem falar de roubo de medicamentos como se não soubesse faz tempo e tomou seu cadinho também nesse projecto de Saude para todos. ..Só enganam quem está desatento
Sem assunto
24 de Janeiro de 2022 at 18:06
3 partidos 5 deputados, só pode ser paródia!
Já vais tarde, mal deste país é aproveitar mos todos que afirmam serem quadros, basta que entrem na política.