Autor: Hu Bin- Encarregado dos Negócios Interino da Embaixada da República Popular da China
Em 2 de Agosto, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi visitou a Região Taiwan da China, provocando a indignação forte do povo chinês e a oposição geral da comunidade internacional. Gostaria de agradecer ao Governo Santomense por reiterar a posição da defesa do princípio de Uma Só China, e aos amigos santomenses pela vossa solidariedade e apoio. Em relação à declaração ministerial do G7 e comentários de poucas mídias ocidentais que distorcem os factos, venho por meio deste esclarecer a verdade.
1.Taiwan é um “país”?
Em 230 D.C, os chineses estabeleceram a Administração Oficial em Ilha de Taiwan. Em 1662, o general Zheng Chenggong da Dinastia Ming expulsou os colonos holandeses e recuperou Taiwan. 1895 viu os japoneses roubarem e colonizarem Taiwan, e em 1945, com a vitória da China contra a Invação Japonesa, Taiwan reingressou na Pátria. 1949 assistiu à derrota do regime Kuomintang de Chiang Kai-shek e a sua fuga a Taiwan, resultando na separação dos dois lados do Estreito de Taiwan até hoje.
A Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1971 declarou claramente que o Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China. Com base no princípio de Uma Só China, 181 países, incluindo São Tomé e Príncipe, estabeleceram relações diplomáticas com a China. É muito claro que Taiwan nunca foi um “país” mas sim uma parte da China. Isto é um facto indiscutível, tanto histórica como legalmente.
- Quem deve ser responsável por essa crise?
A questão de Taiwan é um legado da Guerra Civil da China, uma questão puramente interna, sendo o núcleo dos principais interesses da China e a questão mais sensível nas relações entre a China e os EUA. No Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas China-EUA em 1979, os EUA comprometeram-se definidamente com o princípio de Uma Só China e não desenvolveram relações oficiais com a Região Taiwan. No entanto, nos últimos anos, as autoridades de Taiwan têm procurado a independência, contando com o apoio dos EUA e provocado confrontos entre os dois lados do estreito, enquanto os EUA mantêm a intenção de usar Taiwan para conter a China, têm vendido armas avançadas a Taiwan, já somou cinco vezes durante o ano passado.
Como Número Três na hierarquia administrativa dos EUA, a “visita oficial” de Nancy Pelosi a Região Taiwan num avião militar emite um sinal severamente errado às forças separadistas da “independência de Taiwan”, sendo uma grave traição e provocação ao princípio de Uma Só China, tornando a situação no Estreito de Taiwan ainda mais complicada, perigosa e imprevisível.
Para evitar essa crise imposta à China, a parte chinesa envidou os maiores esforços diplomáticos, for meio de repetidas representações e advertências à parte dos EUA, exercendo a maior contenção e paciência. No entanto, os EUA e as forças da “Independência de Taiwan” escolheram fazer provocação, que levou a alterar o status no Estreito de Taiwan, e a escalada da situação. Por isso, a responsabilidade pela actual crise cabe directamente e completamente às autoridades de Taiwan e aos EUA.
3.Que contramedidas tomará a China?
A China já declarou com antecipação que, se Pelosi insistir em visitar a Região Taiwan, tomará contramedidas resolutas. Por conseguinte, a série de contramedidas abrangentes adotadas no presente e no futuro são legítimas, necessárias, oportunas e defensivas, foram cuidadosamente consideradas e avaliadas, que correspondem as leis internacionais e nacionais, tanto para eliminar as más consequências da visita como para impedir que os EUA e as forças da “independência de Taiwan” tenham ido cada vez mais longe no caminho errado e perigoso.
Os nossos compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan são todos chineses. Estamos a lutar com a maior sinceridade e esforço pela perspectiva de uma reunificação pacífica, mas nunca permitiremos que quaisquer forças externas interfiram de forma imprudente ou que Taiwan se separe da China de qualquer forma.
Caros amigos, o mundo de hoje já não é do século XIX, jamais dominado por poucos países ocidentais. A soberania e a independência da China e de outros países foram conquistadas pela luta sangrenta do povo. Portanto, não se deve permitir que sejam novamente violadas de forma injustificável. Os países em desenvolvimento constituem a grande maioria da comunidade internacional, devemos reforçar a solidariedade e a cooperação, resistir todas as violações da soberania e da integridade territorial de todos os países, a fim de promover a democratização das relações internacionais, salvaguardar a paz e a estabilidade, e alcançar a cooperação e o desenvolvimento.
Santiago da costa
6 de Agosto de 2022 at 20:23
A pergunta seguinte: quql o papel da China face a agreçao da Russia a Ucrania?
Jota
6 de Agosto de 2022 at 21:50
agressão da Rússia a Ucrânia?
ou agressão do Nato a Rússia?
Carlos Alberto do Espirito Santo
7 de Agosto de 2022 at 13:27
Essa gente sāo ingrato.
Comeram tanto dinheiro Taiwan e, agora falam mal.
Nāo aprenderam nada com Taiwan, uma ilha cm nossa. Mais que fazem do trabalho ganha pāo, ainda por cima ajudaram o meu paìs, com dinheiro. Mais mesmo assim, .barriga ñ enche eases politicos.
O que senhores, fizeram com tanto dinheiro que TAIWAN, deu a esse Paìs?
Jorge Quaresma Nascimento
22 de Agosto de 2022 at 9:35
Uma coisa está clara:
Falar livremente e deixar comentários como aqui no Tela Non, na China não é permitido, mas no mundo democrático é.
Por isso, em relação à China cabe a cada um de nos, escolher o que desejamos para o nosso futuro e o dos nossos filhos:
Liberdade ou opressão?