Fradique de Menezes, ex-Presidente da República (2001 – 2011), apercebeu- se de que os são-tomenses já não são tão primos, como antes diziam. Tudo após os acontecimentos de 25 de Novembro.
Um pronunciamento curto, feito por Fradique de Menezes quando recebeu a visita do representante das Nações Unidas, Eric Overvest na sua residência na Quinta da Favorita. Agradeceu também pelos presentes de natal.
«É um gesto simpático das Nações Unidas, lembrarem-se dos ex- presidentes. Vieram aqui a Favorita oferecer-me um bolo-rei. É a primeira vez que se faz isso aqui em São Tomé e Príncipe. É um gesto de paz», declarou, Fradique de Menezes.
O exemplo do representante do sistema da ONU, deve ser seguido pelos são-tomenses. «Deveríamos nós os são-tomenses a partir deste gesto das Nações Unidas, oferecermos uns aos outros qualquer coisa… pode ser uma banana madura ou fruta-pão…», propôs o ex-Presidente da República.
Durante a conversa demorada com Eric Overvest, Fradique de Menezes, falou da experiência acumulada como Presidente da República. Partilhou também os ensinamentos obtidos quando exerceu as funções de diplomata de São Tomé e Príncipe, junto a antiga comunidade económica europeia, assim como em alguns organismos das Nações Unidas.
Fradique de Menezes realçou a importância do diálogo como factor preventivo de conflitos. Recordou que durante os 10 anos que foi Presidente da República, organizou um Fórum de Diálogo, para cultivar a resolução pacífica dos conflitos no país. Disse que o mesmo exercício tinha sido feito pelo seu antecessor, Miguel Trovoada. O seu sucessor Manuel Pinto da Costa, também o fez.
«Fizemos o diálogo entre os são-tomenses para evitar confrontos que não nos levam a lado nenhum», rematou.
Depois da conversa com a r5epresentação da ONU, Fradique de Menezes recusou tecer comentários sobre os acontecimentos de 25 de Novembro.
«Aguardemos primeiro para conhecer o que está na origem desses últimos acontecimentos, e depois cada um poderá se pronunciar. E eu também terei muita vontade de dar a minha opinião sobre a situação que conhecemos actualmente», frisou.
O mais importante nesta altura, «é ver se a gente chega a um porto, onde podemos reflectir sobre nós próprios. É preciso encararmos São Tomé e Príncipe de forma séria», avisou Fradique de Menezes.
Questionado pelo Téla Nón sobre o impacto do sentimento de rancor na sociedade são-tomense, e sobretudo após o derramamento de sangue no quartel do exército, no dia 25 de Novembro, Fradique de Menezes disparou.
«O rancor parece algo que nos cola na pele, e não é de hoje. Já vem há muito tempo. Mas podemos ultrapassar isto. Ainda não conseguimos nem a força de todas as religiões que estão aqui no país. Entre nós próprios que dizemos que somos todos parentes (STP), todos primos, finalmente acabamos por não ser tão primos assim», pontuou, Fradique de Menezes.
Eric Overvest, representante do sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, disse que o momento é de partilha dos valores da paz. O encontro com Fradique de Menezes, foi um «símbolo de paz e de convivência. Precisamos destas mensagens nesses dias. Queremos que São Tomé e Príncipe, seja um país de paz», concluiu.
Na Quinta da Favorita, um espaço verde, o canto dos pássaros, produziu uma melodia de paz e harmonia durante o encontro entre Fradique de Menezes e a representação da ONU.
Abel Veiga
Observador Atento
16 de Dezembro de 2022 at 16:50
Sr Presidente a mensagem de paz e de convivência é bem vinda, mas os Santomenses pedem que a justica se aplique para todos. Que a prática de torturas e eliminação física de nossos compatriotas cesse, e que os criminosos sejam julgados num estado de direito. Que haja justica para Arlecio Costa, Jorge Santos e outros 3 que foram assassinados!Só depois podemos falar de cicatrizar as feridas abertas provocadas por essas praticas maquiavelicas e psicopatas. Para que haja paz a condição sine qua non é que se respeite os direitos humanos mais elementares, a saber a vida humana. Por consequencia, as práticas de tortura e assassinatos devem ser condenadas ao mais alto nível. E pena em STP muitos têm medo… Os antigos Presidentes, o actual Presidente e muitos outros políticos têm medo de denunciar essas derivas.
Margarida Lopes
19 de Dezembro de 2022 at 3:11
Este senhor ex presidente de STP, FRADIQUE DE MENEZES,é um ” COLLABÔ”,pois que ele sabe o compromisso, ou seja o PACTO que ele fez outrora com o ex presidente Miguel TROVOADA, para empossar o lugar de presidente que o Miguel ia lhe ceder. Podemos lhe lembrar com detalhes sobre este ASSUNTO.
Ele pensa talvez que temos a memória curta…sabemos que o F.de Menezes é o lacaio dos TROVOADA, tem o rabo prêso e é por esta razão que ele nunca quis intervir para investigar sobre o assassinato do economista mestiço são-tomense JORGE PEREIRA DOS SANTOS, que outrora fora o seu grande e bom amigo. Que raio de parentesco e ” primandade ” existe? Ora que ele mesmo não soube dar como exemplo, quando houve esta atroz e violenta morte daquele que ele dizia ou pretendia ser seu amigo o Barboy.
Teria sido melhor que ele se calasse.
Acredito na justiça de Deus, da justiça das almas massacradas, da justiça da LEI DO TALIÃO…vai ser assim o tratamento de ” primandade ” , matas de manhã o meu primo, a tarde mato-te eu, por teres matado meu primo…pois que é a SOLUÇÃO mais rápida e viável já que STP é um estado sem justiça.
João Melo
16 de Dezembro de 2022 at 19:30
Que saudades deste lider e defensor da democracia e amigo do seu povo.
Vanglega
16 de Dezembro de 2022 at 19:38
Tudo que està acontecer, que aconteceu aos Santomenses eo pais, ten home e sobre-nome.
POLITICOS
Eles ñ criam emprego, ñ criam empresa, roubam, roubam, roubam. Se fizeram um estudo em PORTUGAL, encontraremos is Ben’s roubado de Sao Tome e Principe
Como ñ haverà conflitos que deram neste crime bàrbaro.
Jà ñ somos primus, desde 1991
Frakkk
17 de Dezembro de 2022 at 20:24
10 anos 10 Governo, esse ai foi o pior Presidente da RDSTP….