Política

Arroz infestado está a ser investigado

Desde 27 de Janeiro, que o Governo começou a distribuir o arroz ofertado pelo Japão. São 2800 toneladas do cereal mais consumido em São Tomé e Príncipe.

Segundo o embaixador do Japão, há mais de 40 anos que o reino asiático fornece ajuda alimentar a São Tomé e Príncipe, num processo que visa garantir a segurança alimentar.

«Garantir a segurança humana, num contexto socioeconómico difícil, afectado pela instabilidade mundial, que provocou uma falta de alimentos e um aumento do preço dos cereais», afirmou o embaixador do Japão.

Para além de garantir a segurança alimentar o resultado da venda do arroz do Japão financia projectos sócio económicos, e sustenta a democracia em São Tomé e Príncipe. O ministro das finanças Genésio da Mata e o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Alberto Pereira marcaram presença na cerimónia de entrega da ajuda alimentar avaliada em 2 milhões de euros.

«O fundo tem contribuído para a realização de actos eleitorais no país», revelou o ministro dos negócios estrangeiros e cooperação.

O fundo resultante da venda do arroz ofertado pelo Japão garantiu cerca de 90% do orçamento das eleições legislativas, autárquicas e regionais de setembro do ano 2022.

No entanto desta vez, as 2800 toneladas de arroz chegaram ao país infestadas de insectos. Fernando Amadeu Pereira, Director do Comércio e Indústria, denunciou o caso.

«Realmente alguma quantidade chegou já infestada. Nós identificamos um contentor que tinha dado entrada no armazém com alguma infestação», frisou.

Segundo o responsável pela gestão da ajuda alimentar, a agência que transportou o arroz foi informada sobre a situação.

Mais tarde a própria agência identificou «cerca de 16 contentores no porto e que estariam infestados. Informamos à parte japonesa e neste momento julgo que já está em São Tomé, dois especialistas enviados pelo fornecedor para fazer o levantamento da situação», acrescentou Fernando Amadeu Pereira.

No armazém onde se realizou a cerimónia oficial de entrega do arroz, também se regista importante infestação. «Aqui dentro do armazém só um pequeno lote é que está infestado. Pode ser que com o tempo mais venha a estar infestado. Estamos à espera que os especialistas enviados pelo fornecedor nos digam qual é o procedimento», pontuou.

O responsável pela gestão e distribuição do arroz ofertado pelo Japão, garantiu que «esses insectos não trazem nenhum problema a saúde humana, nem para os animais».  

 O governo fixou o preço de 20 dobras, equivalentes a 82 cêntimos do euro, por cada quilo do arroz.

Abel Veiga

8 Comments

8 Comments

  1. hilario costa

    8 de Fevereiro de 2023 at 5:52

    É arroz podre que papá trouxe pra acabar com a fome.
    Papá chegou fome acabou,
    Né verdade. Toma lá.

  2. SãoTomé & Principe Melhor

    8 de Fevereiro de 2023 at 9:06

    >Como são-Tomense que sou, fico muito triste ao ver essas imagens de ministros, entidades que representam uma nação, recebendo sacos de arroz, com sorriso, como se de um megaprojeto de investimento se tratasse, num país que chove abundantemente, cercado de uma superfície marítima imensa e com menos de 200.0000 habitantes, dado ao êxodo maciço para o estrangeiro que se tem verificado nos últimos tempos. Só faltava aos Srs. ministros tirarem o fato e blêizer, ficar só de cueca furada para retratar essas imagens de ajuda alimentares da ONU a países de fome, veiculadas pelos meios de comunicação ocidental.

  3. alberto costa

    8 de Fevereiro de 2023 at 9:56

    Vê cara de ministro kkkkkkk
    Satisfeito por receber arroz infetado para vender a 20…25 dobras cada quilo pa população que deu voces voto.
    Como vcs disseram :
    ESTAMOS PRONTOS
    SOMOS SOLUÇÂO.
    Taquí solução,
    arroz com bicho pa povo comê.

  4. alberto costa

    8 de Fevereiro de 2023 at 9:59

    Ministro ta dizê
    VIVA, TA DÁ NÓS ARROZ.
    Trás mais.

  5. antonio almeida

    8 de Fevereiro de 2023 at 11:08

    INFESTADO não… PODRE.

  6. Renato Cardoso

    8 de Fevereiro de 2023 at 14:29

    Gentes que sempre vivem de pedintes. E os politiqueiros e logo dois ministros para pousar para a história que estão trabalhando muito.
    A vergonha de sempre!
    Vão trabalhar na agricultura que Amador agradece….

  7. Chicão da Mina

    8 de Fevereiro de 2023 at 17:02

    ” Garantir a segurança humana, num contexto socioeconómico difícil, afectado pela instabilidade mundial, que provocou uma falta de alimentos e um aumento do preço dos cereais», afirmou o embaixador do Japão.” Não Sr. Embaixador, é esmola aos pobres, que ainda po cima aparecem contentes na fotografia. Deveriam ter vergonha de passados 40 anos ainda estarem de mão estendida. Peguem numa sachola e vão semear. É duro? Pois é mas seria mais digno.

  8. Célio Afonso

    9 de Fevereiro de 2023 at 8:41

    País muito fértil, poucos habitantes, mas os sucessivos governos nunca criaram condições materiais e financeias ao povo para trabalharem agricultura!
    Vão aprender com Cabo Verde!

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