Política

Delfim Neves ilibado da suspeita de alegada tentativa de golpe de Estado

O Ministério Público divulgou o resultado da investigação sobre os acontecimentos de 25 de novembro, que tiveram lugar no quartel do exército.

Numa nota à imprensa, o Ministério Público garante que durante 3 meses de investigações não encontrou provas que pudessem culpabilizar Delfim Neves, ex-Presidente da Assembleia Nacional na realização do alegado golpe de Estado no dia 25 de Novembro de 2022.

«As suspeitas iniciais sobre os cidadãos Delfim das Neves, Rivaldo das Neves, Emerson Costa, Cruiff da Conceição, Fredson Almeida, José de Sousa Pontes e Silvino Mendes da Pina não se consubstanciaram em suficientes indícios, razão pela qual os autos foram, quanto aos mesmos, arquivados por insuficiência de indícios, sem prejuízo de ulterior reabertura em caso de melhor prova», diz a nota do Ministério Público.

Numa primeira reacção, Delfim Neves, disse que a notícia é feliz mas também amarga.

«É uma notícia feliz, mas com sabor também amargo. Depois desta angústia e martírio, conclui-se que efectivamente nunca estive envolvido nesta inventona, ou intentona, nem sei o nome que se deve dar», frisou..

O sabor amargo da notícia tem outra explicação. «Quando digo sabor amargo, é porque eu estive no corredor da morte. Significa que se eu morresse esta seria a notícia a transmitir a minha família. Afinal de contas o vosso pai, o teu marido nada tinha a ver com este assunto. É triste», precisou..

Delfim Neves agradeceu a Deus, aos seus familiares e a todos que acreditam e  sabem «que eu nunca seria capaz, de fazer política com mãos sujas de sangue».

O ex-Presidente da Assembleia Nacional, alertou que a decisão do ministério público de iliba-lo da suspeita de ser o mandante ou financiador da alegada tentativa de golpe de Estado, não devolve a tranquilidade e o sossego a sociedade são-tomense.

«Devo dizer que esta decisão não sossega em absoluto a sociedade são-tomense. Cada um tem que assumir as suas responsabilidades e encontrar o melhor caminho para apaziguar a sociedade e unir os são-tomenses», afirmou.

A fractura na sociedade são-tomense, foi irrigada pela primeira vez com sangue, no dia 25 de Novembro de 2022. «Porque se estávamos divididos antes de 25 de Novembro, depois de 25 de Novembro estamos muito mais divididos. E nenhuma sociedade dividida como está São Tomé e Príncipe poderá desenvolver», explicou Delfim Neves.

Apelou a coesão nacional, para salvar as ilhas maravilhosas de São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

9 Comments

9 Comments

  1. Carlos Junior

    23 de Fevereiro de 2023 at 22:37

    Well, justo, porém, ainda nos resta saber por que razão alguns militares envolvidos no incidente, têm sido promovidos? Porque os tais cidadãos foram abatidos, por que razão o primeiro-ministro deu a tal conferência de imprensa vestido de miúdo de bairro incriminando terceiros sem provas. Estamos a espera.

  2. WXYZ

    24 de Fevereiro de 2023 at 1:27

    Calma Dede! A coisa não exclui uma eventual reabertura.

  3. Povo

    24 de Fevereiro de 2023 at 9:23

    Gostariamos de saber porque razão esse indivídio no video acusou o senhor Delfim como financiador do suposto golpe e quém lhe mandou fazer isso, acreditamos que tem alguém por de atrás disso todo.

  4. Eu mesmo

    24 de Fevereiro de 2023 at 9:46

    Delfim devia pôr um processo pelo e saber quem meteu nome dele nisto tudo é pelo facto de ter ido busca lo em casa sem o devido mandado do tribunal ou M. Público

  5. Renato Cardoso

    25 de Fevereiro de 2023 at 17:02

    Tenho Clareza que vocês não estão e nunca estiveram preparados para assumir responsabilidades do nível que assumira:porque mal preparados e burros.
    Num país sério nunca vendedor de cabras no Elizabeth’s seria presidente da assembleia. NUNCA GABONESS DUMA FIGA ia 4 vezes primeiro ministro.
    Somos tod o s arvos e jM a is saímos do lamacal.
    Porque desde o residents e presidente sem coelhos e colchões primeiro ministro de marda
    ;e o resto dos doutorados de merda;
    São a Desgraça das ilhas que hoje misturadas com oibaforas ou oinadores da Need e mm erd só fodem as ilhas.
    B as o vão Trazer 3 tra b a lh as restantes merdS.

    • Fôrro

      28 de Fevereiro de 2023 at 18:42

      Renato,
      vai perguntar onde está o dinheiro da venda das nossas terras. Pergunta também quem é o chinês com quem ele o dividiu e pede a tua parte porque as terras são nossas.
      Olha, já agora, pede também ao Delfim, que tanto admiras, onde está o dinheiro que ele ganhou com a COVID, no material oferecido aos santomenses (a NÓS), que vendeu ao estado e que nunca apareceu. Tenho familia que morreu por isso…
      Cambada de cegos…e hipócritas.
      Não foi primeiro ministro e nunca será, para nosso bem. Corruptos já há muitos no nosso país.

  6. Fôrro

    25 de Fevereiro de 2023 at 22:52

    Que tristes nós somos Santomenses…
    Ainda não conseguimos perceber ao fim de todos estes anos que este Delfim é um bandoleiro, explorador sem vergonha…
    Não passamos de uns carneiros, cegos e desmiolados. Somos a chacota de toda a África.
    Este politiqueiro, vendedor de mentiras, andou a enganar o povo. Concedeu terras públicas a empresa dele próprio e depois vendeu-a a estrangeiros. A terra sagrada de São Tomé…a nossa terra.
    Enquanto passamos fome, e ele ganha fortunas com a nossa miséria…. Sem vergonha.
    Vejam quanto nos roubou santomenses… centenas de milhares de euros. Ainda por cima levou-os para o estrangeiro.
    Qual foi o benefício que trouxe para nós?
    Não é preciso estar envolvido no golpe de estado…já devia de estar preso há anos…
    Sem vergonha.

    • Forro/Angolar

      27 de Fevereiro de 2023 at 8:34

      Delfim não foi primeiro ministro 4 vezes, nem o Pai foi o Primeiro Ministro em 75 e depois fez dois Mandatos na Presidência tendo indicado o Fradique para o suceder porque não podia mais candidatar-se, e é o Delfim o culpado da nossa vergonha/desgraça ???

  7. Isabel de Santiago

    18 de Março de 2023 at 9:04

    em pleno século XXI, num País minor onde deveria reinar a democracia e onde a riqueza é inexcedível e o potencial enorme, todos se dedicam à mediocridade.
    Se existe novo Governo, é porque o velho (que teve maioria e estabilidade) falhou.
    é vergonhoso – enquanto santomense – ver um País a cair num descrédito cada vez maior e numa atitude de miserabilismo. Quando comparado com Cabo Verde, a situação resume-se a uma palavra: inferior.
    é preciso formar em educação e saúde. o comportamento do Povo, a todos os níveis, revela-se a partir da sua baixa educação. Se se derem ao respeito, dedicarem ao trabalho para desenvolver a economia, desenvolvimento aparece e impõe-se a democracia.
    Não aprenderam ainda os custos da independência.
    a Liberdade de expressão não deve roçar a recorrente mediocridade.

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