Política

ONU desafia o G-20 a honrar a promessa de 100 mil milhões de dólares para os PMA

António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas abriu a 5ª conferência da ONU sobre os países menos avançados, com um apelo ao envolvimento do mundo numa revolução em prol dos países mais pobres.

«Os países menos avançados precisam de uma revolução em matéria de apoio a acção climática», declarou.

Os 46 países menos avançados, incluindo São Tomé e Príncipe, são as principais vítimas do flagelo das Mudanças Climáticas, apesar de não serem os principais poluidores.

«Eles produzem menos de 4% de gases de efeito estufa no mundo. Aliás é trágico que em cada 10 mortes atribuídas a catástrofes climáticas 7 ocorrem nesses países», reclamou o Secretário Geral das Nações Unidas.

O líder da ONU desafiou os países mais desenvolvidos a aumentarem o apoio aos países menos avançados «para os ajudar a adaptar, a reforçar a resiliência às mudanças climáticas e a passar rapidamente para as energias renováveis».

FOTOS concedidas pelas Nações Unidas

As promessas do mundo desenvolvido devem desta vez ser cumpridas.

«Os países avançados devem honrar a promessa feita de mobilizar 100 mil milhões de dólares a favor dos países em desenvolvimento, e simplificar o acesso ao financiamento da acção climática», replicou António Guterres.

Promover a justiça climática é a prioridade do secretário geral das Nações Unidas, que prometeu para setembro próximo a convocação de uma cúpula de ambição climática. «Será uma oportunidade para governos, empresas e sociedade civil transformarem palavras em ação sobre compromissos de emissões zero, e garantir justiça climática para as pessoas que são as primeiras afetadas».

O programa de Acção de DOHA, foi apresentado como o caminho certo para transformar as economias dos Países Menos Avançados. Um programa que defende o investimento nas pessoas.

«Também defendo um Pacto de Solidariedade Climática, para mobilizar apoio financeiro e técnico para acelerar a transição das economias emergentes para energia renovável e manter viva a meta de 1,5 graus», acrescentou António Guterres.

Para a execução prática das medidas de combate aos efeitos das mudanças climáticas, o secretário-geral das Nações Unidas disse na abertura da conferência sobre os países menos avançados que «a era das promessas quebradas deve terminar, agora».

Agora é momento para «darmos às necessidades dos países menos desenvolvidos o lugar que merecem: no centro dos nossos projetos, no centro das nossas prioridades, e no centro dos nossos investimentos», concluiu António Guterres.

O compromisso assumido pelas 20 maiores economias do mundo é de atribuir aos países mais pobres um financiamento anual de 500 milhões de dólares até 2030.

Abel Veiga – Téla Nón em DOHA/ Qatar

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