O maior partido da oposição, o MLSTP exige que o Tribunal de Contas fiscalize o negócio em curso de instalação de grupos de geradores no espaço que pertence à central térmica de São Tomé.
Segundo o governo, uma empresa da Turquia investiu 11 milhões de euros para produzir energia, e está a instalar novos grupos de geradores na cidade de São Tomé.

O negócio já está em execução. O primeiro-ministro Patrice Trovoada que anunciou o negócio em Outubro último quando regressou do périplo asiático visitou na semana passada os trabalhos da empresa turca.

O edifício da colonial central térmica de São Tomé já foi removido, e os grupos de geradores importados pela empresa turca já estão a ser instalados. Os geradores a gasóleo vão garantir 10 megawatts de energia. Investimento do grupo privado que segundo o Primeiro-ministro Patrice Trovoada atinge 11 milhões de euros.

Na sessão plenária da Assembleia da passada sexta feira, o maior partido da oposição, o MLSTP interveio para dizer ao país que as diligências do governo para aliviar mais uma crise de energia eléctrica não obedecem os critérios definidos na lei 6/2018, que é a lei sobre as parcerias público-privadas e a lei 8/2009 que aprova o regulamento de licitação e contratação pública, sobretudo no que tange à ajustes directos.
O MLSTP considera que as diligências do Governo acontecem à margem das leis e da transparência.
«Porque razão se encontra uma empresa privada instalada no espaço da central térmica de São Tomé?», interrogou o deputado Gabdul Quaresma, que é também vice-Presidente do MLSTP.

Mais perguntas ecoaram no púlpito da Assembleia Nacional. «Houve algum concurso para seleccionar essa empresa? Que modalidade de concurso foi aplicada? Existe algum contrato de compra de energia assinado com a EMAE? Esse contrato tem o visto do Tribunal de Contas?».
O MLSTP garante que a lei de licitação e contratação pública foi violada. «E exigimos que o Tribunal de Contas exerça a obrigação de fiscalização tanto neste contrato como em todos os outros», pontuou o deputado do MLSTP.
A produção de energia térmica a beira do rio Água Grande levanta questões ambientais que ao que tudo indica não foram tidos em conta.
«Existe algum estudo de impacto ambiental e social para a efectiva execução desse projecto, no centro da cidade, perto de uma zona urbana e perto de um rio?», reforçou.
Presente na Assembleia Nacional, o governo através do Ministro da Presidência Gareth Guadalupe, não deu qualquer resposta ao MLSTP.
Oposição quer que o investimento turco de 11 milhões de euros para a instalação de novos geradores obedeça à lei de licitação e contratação pública.
Abel Veiga

n´diê nobre
7 de Novembro de 2023 at 8:44
A classe que mas vota só quer ver energia em sua casa e não os meandros da questão senhor deputado.
MLSTP deveria saber como essa governação é e aprender o B…A…BA…
Assim foi com taiwan, assim foi com barco, assim foi com CKDO, assim foi com agripalma, assim foi com segurança social etc.
A cobrança e explicação dos meandros não é a mesma quando outros governam. senhor deputado ACHA !!!!
Ele ACHA que tribunal de conta vai fazer o quê MESMO?
OS Cães ladram e a caravana passa até que o PANAFRICANISMO triunfe.
José António
7 de Novembro de 2023 at 9:06
Senhor Gabdulo que vá catar água
Vocês estiveram lá e nada fizeram. O senhor encheu o bolso com milhões provenientes de concursos aldrabados, pontes super faturados e hoje é um dos homens mais rico do país e está a mandar boca.
Concordo que o tribunal de contas fiscalize o governo, pois devia haver mais transparência. No entanto a energia é uma das maiores prioridades do país. Tem-se que fazer alguma coisa. Este governo não deve estar sentado a resolver apenas os problemas pessoais dse cada um como o Jorge Bom Jesus tinha dito na sua governação de que os militantes do MLSTP não tinham nada que reclamar no seu governo, porque ele tinha resolvido o problemas de todos. E o senhor Gabdulo foi um destes militantes que mandava em tudo e todos, mandava no Ministro das infraestruturas, mandava no primeiro ministro jorge bom jesus e mandava em todos. Quando viajava levava consigo balurde de dinheiro para gastar como se estivesse a tratar de gestor de uma empresa privada sua. Quem aqui está a falar conhece-te muito bem.
Por isso, não venha com superfúgios de poluir ambiente nem coisa nenhuma, pois vocês tinham o tempo suficiente para mudar a central do local, se não mudaram não venha com este tipo de lágrimas que você nem o seu partyido não enganam a ningue netse pais
Edson Neves
9 de Novembro de 2023 at 7:37
Não consigo entender por quê os sucessivos governantes que dirigiram o país não se interessaram em construir barragens hidroelétricas, investir massivamente em diversificação de energias (eólica, solar, geotérmica etc) e todos insistiram em gastar milhões e milhões para comprar e ou reparar geradores que consomem milhões de metro cúbico de combustível (gasóleo) para funcionar. E diga-se de passagem, combustível que precisa ser importado. Será que alguns se beneficiavam\beneficiam como sócios ou gatunos de combustível para tanta insistência em caminho que todos sabiam que não era adequado?
Patrice Trovoada acredita piamente que comprar geradores resolve o problema crónico de energia que se vive em STP há mais de 40 anos? Ou o propósito é encontrar justificar desvio de recursos públicos? O que se passa nesse país? Não me canso de perguntar aonde está o Tribunal de Contas, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados desse país? As pessoas físicas que representam essas Instituições não se sentem envergonhados com tamanha omissão?