A relação entre são-tomenses e angolanos é única, e ultrapassa a vontade dos governos dos dois países. Foi a mensagem que a primeira missão médica solidária de Angola na ilha de São Tomé levou para o Presidente da República Carlos Vila Nova.
No fecho da missão de 3 semanas a primeira missão médica angolana assistiu cerca de 3 mil pacientes e realizou 191 cirurgias.
O Presidente da República Carlos Vila Nova foi informado com detalhes sobre a intervenção médica de Angola na ilha de São Tomé.
A equipa composta por 13 especialistas nas áreas de cirurgia pediátrica, neurocirurgia, enfermagem e anestesiologia, percorreu São Tomé de norte a sul.
Patologias como hérnias umbilicais e gástricas foram tratadas.
«Houve patologias muito complexas mesmo. Houve casos de um senhor com mais de 60 anos que vinha já com os seus tumores há 30 nanos, e foram resolvidos. São pessoas que foram reintegradas no seio das suas famílias com muita satisfação», afirmou Mayanda Inocente, chefe da missão médica angolana.
Medicamentos, anestesia e demais equipamentos médicos vieram de Angola, para dar sucesso a missão médica solidária.
«No bloco operatório os anestésicos, batas, medicamentos tudo trouxemos. Aliás isso é que justificava a missão. É solidária e implicava trazer todo conjunto de materiais e medicamentos que pudessem garantir a nossa actividade de forma autónoma», acrescentou o chefe da missão médica solidária.
3 semanas foram insuficientes para responder a grande afluência de cidadãos que procuram assistência médica. Mais de 50 pacientes não puderam ser operados. A equipa médica angolana prometeu regressar.
A relação humana e de cooperação entre Angola e São Tomé e Príncipe ficou mais reforçada com a realização da primeira missão médica.
«A nossa cooperação é diferente. Falamos a mesma língua somos africanos, estamos próximos há 2 horas de voo e há uma proximidade cultural que torna a nossa relação única», pontuou Mayanda Inocente.
Os médicos angolanos prometem que a missão solidária em São Tomé vai ser anual, e aguardam que os colegas de STP façam o mesmo em Angola.
Abel Veiga
Santo
22 de Abril de 2024 at 10:14
Boalição e esperemos que a missão volte trimestralmente e não anualmente. O desempenho foi excelente. Em STP, também temos bons médicos, mas os materiais as vezes é que não os ajudam.