Hamilton Vaz, jurista e advogado santomense saudou a coragem e a dignidade do Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa em reconhecer o direito dos povos dos países africanos colonizados por Portugal, e também do Brasil, a reparação pelos danos causados pela escravatura.
Após as declarações do Chefe de Estado de Portugal na última semana sobre a matéria, o jurista santomense decidiu numa intervenção cívica apoiar as ideias lançadas por Marcelo Rebelo de Sousa.
«Os portugueses pilharam os povos africanos. Os portugueses roubaram, escravizaram o meu bisavô, o meu pai, e os meus ancestrais. E não sei como é possível um português não reconhecer o direito que assiste aos povos destas paragens a reparação pelos danos causados durante 504 anos. 504 anos que andaram a nos pilhar», declarou Hamilton Vaz.
O jurista e advogado reagiu de forma dura, após as declarações dos partidos políticos da direita portuguesa, principalmente o partido CHEGA, que condenou o posicionamento do Presidente de Portugal tendo acusado Marcelo Rebelo de Sousa de traição a pátria portuguesa.
«Quero enviar uma mensagem muito especial ao Presidente do partido CHEGA. Refiro-me ao André Ventura, aquele senhor defende muito bem Portugal. Esse senhor precisa compreender que existem santomenses, angolanos etc, que precisam defender todo o martírio, e massacres a que os nossos povos foram subjugados», frisou.
O posicionamento de Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de reparação aos danos causados às antigas colónias portuguesas pela escravatura, é para Hamilton Vaz um marco para os povos de África e do Brasil.
«Tendo sido despoletado pelo mais alto magistrado da nação portuguesa é um marco para os povos africanos e do Brasil lançarem mãos a luta pela reparação. Estamos a falar de reparação bilionária», pontuou.
Em último caso, Hamilton Vaz considera que as autoridades das ex-colónias portuguesas devem abrir um contencioso «no Tribunal Internacional para a reparação ser feita».
Abel Veiga
O leitor tem acesso na íntegra às declarações do jurista e advogado Hamilton Vaz.
ANCA
2 de Maio de 2024 at 9:25
Não vale a pena pensar somenete em cifrões
O valor cultural de um povo jamais se vende ou se compra,…
Que haja moralidade e respeito por aqueles que tombaram,…genocidios, fuzilamento, campos de concentração, trabalho escravo,..indignidade humana, etc…
Pelas familias destruidas, crianças e mulheres violadas,…palhotas queimadas com famílias e crianças dentro, mulheres com tochas na vaginas,….
Que saibamos ler a historia, conhece-la, para que jamais haja estas práticas entre nós.
Houve também vales perpetrados após independência
Há males até hoje, nos nossos dias
Como resultado do que sofremos no passado, divisão territorial africana, divisão dos povos, pela geografia presente de África, para aquele que pesquisam a História, ver reinos africanos existentes antes da colonização, comercialização vendas e escravatura deixaram marcas nos inconscientes, dos povos, sobre quanto elites política que se seguiram jamais e até não sabem, nem souberam estes factos,…
Saibamos construir uma nação, um país, território, população, administração, mar e rios, onde haja respeito pela dignidade humana, seus deveres e direitos e garantias
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica nos bem
Deus abençoe São Tomé e Principe
Antonio Martins
2 de Maio de 2024 at 15:56
Boa tarde
Muito bem eu sou portugues e perdi em sao tome que fui roubado pelo Estado mais de um milhão de euros
Ate agora o estado de sao tome nada disse
Pedi empréstimo tive que pagar e oque estado de sao tome fez foi expropriar o que eu tinha posto a funcionário E sao tome
Moralidade dos intervenientes
T.P.I todos para imfeno
2 de Maio de 2024 at 17:15
Mesmo coma a escravidào voces ainda nào aprenderam, por isso sou a favor que temos que ser escravizado outra vez,por isso mete o teu doutoramento pelo anos acima, o meu povo continua na miseria e voces vem com um portugués que so vocès percebem. O futebol americano joga-se com as màos.
Maria Custódia
3 de Maio de 2024 at 17:12
Este Senhor quer conflito e semear a discórdia. Temos mais a perder do que a ganhar em ter este tipo de discurso de ódio e vitimização do que olharmos juntos para o futuro. Como Sãotomense a viver em Portugal a última coisa que desejo é criar ressentimentos que não existem hoje mas podem ser criados por contributos do tipo do deste senhor. Portugal deu-me tudo, São Tomé deu-me dor, pobreza e fome. Para quem quiser entender que entenda, importa olhar-mos para o presente e para o futuro JUNTOS, portugueses e sãotomenses.
Jorge Trabulo Marques
5 de Maio de 2024 at 12:06
Repito o que já disse no comentário de outro artigo – importante é que o dinheiro, a tal reparação colonial de que se tem falado, não fosse parar , a uma elite oportunista e corrupta – Veja-se o que se passa em Angola, com Isabel dos Santos, a mulher mais rica de África, que comprou várias empresas em Portugal, com o dinheiro dos empréstimos portugueses, a fundo perdido E, em S. Tomé, tem acontecido a mesma coisa. Quem o ignora?… Milhões a fundo perdido e, já lá vão quase 49 anos sobre a independência e a situação do povo pequeno não é melhor de que na era colonial, que eu também sofri, logo aos 18anos, ainda por completar. Pois o colonialismo, não era só em S. Tomé, mas, além de o ser noutras colónias, também o era na chamada Metrópole, em Portugal, onde uma mulher trabalhava de sol a sol para ganhar 7$50 e um homem 15$00 e sem qualquer tipo de assistência médica
Marcelo Rebelo de Sousa, que agora vem arvorado em progressista, parece querer limpar da propaganda de seu pai, que serviu o regime colonial fascista ao longo de quase 30 anos, desde 1945, até ao 24 de Abril. Baltazar Rebelo de Sousa, um tal propagandista, que quando foi nomeado Ministro do Ultramar por Marcelo Caetano, acusava os movimentos de libertação de terroristas – O filho Marcelo, que fazia comentários na TVI, ao velho estilo das conversas em família de Marcelo Caetano, sim, um tal Célinho, como lhe chamavam, foi criado no convívio com a elite do Estado Novo.
A partir dos seis anos, começou a acompanhar o pai nas visitas por todo o país, como subsecretário de Estado da Educação de Salazar. O menino chegou a ir com o pai a São Bento. Entrava, cumprimentava o presidente do Conselho e depois ficava do lado de fora à espera que Baltazar terminasse o despacho. Aos 11 anos escreveu-lhe uma carta a agradecer uns livros rubricados que recebeu de Salazar através de uma amiga da família.
Veja-se, como ele, também enganou os clientes do BES .- que lesou milhares de famílias, que nele depositavam as suas poupanças: “Tenho conta no BES e estive sempre tranquilo” – Nos comentários da suas conversas em família ao jeito do Marcelo Caetano, de que o pai, Baltazar Rebelo de Sousa, foi o maior propagandista do regime colonial-fascista, desde 1945 até 24 de Abril de 1974
Os depositantes serão protegidos com a nova solução para o BES. Enquanto alguém que tem conta no BES, Marcelo Rebelo de Sousa diz que sempre esteve tranquilo.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que conhecia a resolução europeia, que tenta impor as perdas de determinados bancos aos seus accionistas e não aos contribuintes nem depositantes.
Carlos
5 de Maio de 2024 at 23:21
Este senhor deve reaprender a história e é tão mentiroso que até o pai foi escravizado, e quando se juntam atrasados mentais não há hospício que resista.
Começo com um único vídeo de como começou o tráfico de escravos no Atlântico
Também ninguém fala do tráfico praticado pelos africanos e pelos muçulmanos, isto ninguém fala porque não dá nem em perspetiva de dar dinheiro, como tal só se fala da escravatura europeia. Também ninguém fala que foi Portugal o primeiro país a abolir a escravatura em 1961, em Portugal continental e na India Portuguesa, mas também ninguém fala que os comerciantes de escravos brasileiros continuaram a comercializar escravos sem conhecimento e aval de Portugal, A escravatura no Brasil acabou no ano de 1888, 127 anos depois de Portugal, e no ano seguinte a família real brasileira foi corrida do Brasil. Depois disso os senhores das terras preferiram contratar imigrantes italianos e recusaram contratar os ex-escravos que foram empurrados para a periferia das cidades dando início às favelas e às Quilombolas.
Este senhor também deve fazer contas às infraestruturas que foram construídas em São Tomé pelos portugueses. Também os santomenses não querem mais o NRP Centauro e o EAV Príncipe porque isso não causa despesas a São Tomé.
O melhor é colocar o presidente português, o Vila Doido e este advogado num hospício porque têm a intenção de patinar sobre a maionese e isso irá provocar muita m*rda ao abrir a caixa de Pandora
Zé de Neves
6 de Maio de 2024 at 15:03
Um país de mão estendida como o nosso tem de se concentrar em soluções de desenvolvimento e progresso e vez de soluções de litigância e retórica. Portugal pode e deve dar o seu contributo para o nosso desenvolvimento com base numa parceria fraterna, de iniciativa privada, de respeito mútuo e de olhos postos no futuro. Deixa o passado estar no passado, vivemos demasiado no passado com ilusões que só nos trazem desilusões. Temos de ser realistas e pragmáticos, empregar os adultos, educar as crianças, cuidar dos nossos doentes e velhos e refundar o nosso sistema legislativo e judicial que dê garantias ao investidor.