Política

Morte a espreita cada vez mais dos santomenses

Nos últimos 2 meses a morte passou a espreitar muito mais, os santomenses que recorrem ao hospital Central Ayres de Menezes, ou a outros centros de saúde dos distritos. Tudo segundo a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos, por causa da crise sem precedentes de medicamentos,

Celso Matos, Bastonário da Ordem dos Médicos na companhia de Bem Vinda Vera Cruz Presidente do Sindicato dos Médicos leu o comunicado dirigido à nação santomense.

«Há mais de 2 meses que estamos vivenciando uma crise sem precedentes de medicamentos e de meios de diagnóstico laboratorial que põem em risco a vida de qualquer cidadão que de repente se encontre em uma situação de necessidade destes medicamentos», denuncia o comunicado conjunto da ordem dos médicos e do sindicato da classe.

As duas organizações da classe médica garantem que a Ministra da Saúde Ângela Costa, e os demais responsáveis do sector da saúde têm conhecimento da situação que ameaça a vida de cada cidadão santomense.

«Em separado, tanto a Ordem como o Sindicato já mantiveram encontros com a direção do Hospital Central, os Delegados Distritais e a Ministra da Saúde. Todas estas entidades assumiram que estamos perante uma situação de carência dos medicamentos, mas a resolução do problema não nos foi garantida alegando que o constrangimento tem a ver com as dificuldades financeiras do país», precisa o comunicado conjunto lido pelo médico ortopedista Celso Matos, Bastonário da Ordem dos Médicos.

Celso Matos – Bastonário da Ordem dos Médicos (declaração na sede da Ordem)

Segundo a Ordem dos Médicos e o Sindicato da Classe, na última reunião com a Ministra da Saúde, foi aventada uma previsão de que a rotura dos medicamentos ficará atenuada no mês de junho próximo.

Os médicos alertam a população santomense e as autoridades judiciais de que até lá, vidas humanas poderão ser perdidas, e que a classe não poderá ser responsabilizada pelas possíveis mortes que vão ocorrer.

«Até lá, é importante que tanto a população como as entidades judiciais deste país saibam em que condições estamos a trabalhar, para evitar situações de agressão física ou de injusta imputação de responsabilidades para com os médicos e outros profissionais de saúde que neste preciso momento estão forçosamente, por conjuntura de circunstância, a realizar acções médicas fora do que são as normas tanto do acto médico como do conhecimento científico, simplesmente na tentativa desesperada de salvar vidas».

A classe médica chama a atenção da nação santomense para o momento actual, nunca visto no sistema de saúde.

«A reclamação dos médicos e enfermeiros de falta de medicamentos, consumíveis, meios técnicos e recursos humanos vem sendo uma rotina no nosso país, mas dizemos que a situação actual é gravíssima», frisou o bastonário da ordem dos médicos.

Em declarações ao Téla Nón no Hospital Central Ayres de Menezes, médicos em serviço disseram que assistem impotentes à morte de vários pacientes.

Por sua vez, a ordem dos médicos e o sindicato, declararam que não há sequer soro fisiológico para curar feridas no hospital central.

«Não temos soros apropriados para o tratamento da maioria das situações clínicas, nem para realização de cirurgias, nem para a cura das feridas. Os antibióticos mais eficazes estão escassos, obrigando a um grau de racionalização inaceitável e perigosa que não garante a cura dos doentes», acrescentou o comunicado conjunto.

Bem Vinda Vera Cruz – Presidente do Sindicato dos Médicos

Os médicos dizem que estão frustrados, indignados e esgotados diante da falta de medicamentos e outros meios para salvar vidas humanas.

«Muitos dos profissionais perante estas dificuldades recorrentes, encontram-se frustrados, indignados e esgotados, vendo em muitas situações a vida e saúde dos doentes e a sua conduta profissional posta em causa», pontuou o bastonário da ordem dos médicos.

A morte espreita cada vez mais os santomenses, que sem hipóteses de socorro no hospital Central Ayres de Menezes, se debatem também com uma pesada carestia de vida.

O leitor deve consultar o comunicado conjunto dos médicos. –

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. antonio costa

    23 de Maio de 2024 at 13:58

    Somos Solução.
    Papá chegou “falta de medicamentos” no Hospital acabou.

  2. r

    23 de Maio de 2024 at 14:11

    Homem mu Chimbôtô Sunguê na ca dança fa

  3. Sem assunto

    23 de Maio de 2024 at 15:19

    Quando eu digo que quero este ser, o Pigmeu Patrice Trovoada, fora do meu país, pessoas cá no fórum revoltam e proferem injúrias.
    Enquanto tudo isto acontece este ba*dido uma vêz mais está fora do país em périplos que só é benéfico a si e a mais ninguém.
    Bastou este indivíduo regressar ao poder para que todo o cenário no país pintasse de negro e torna se obscuro, refresco a vossa memória: Massacre no dia 25 de Novembro, com mortes de 4 civis.
    – Implementação do IVA com todas as consequências que saltam a vista; fome, miséria, abandono escolar em massa etc;
    – Saída massiva de jovens do país sem objetivos e planos concretos, viajar por viajar está na moda por aqui estes dias;
    – Aumento de criminalidade, homicídio mais concretamente. Até o mês de Maio já se registra mais casos de homicídio do que em todo o ano civil 2023;
    – Crise de combustível que paralisou e transtornou o país por mais de 15 dias;
    – Falta de divisas no país;
    – Fraco abastecimento dos produtos de primeira necessidade nos mercados,
    – Aos bocados regressa se a venda nos passeios da capital,
    – Ausência de um entendimento com o FMI o que coloca o nosso dia a dia interrogado, e este último;
    – Crise no abastecimento do stock de medicamentos como nunca visto nos 50 anos da nossa independência.
    Coincidência não é, mais sim incompetência política.
    Vai te embora do meu país, ó Pigmeu, Patrice Trovoada!

    • VAI TU

      23 de Maio de 2024 at 19:45

      Não estou de acordo, em alguns aspectos.
      Quem deu cabo do País, foram os sucessivos Governos. O mal não vem de agora.
      Mas com o Acordo com a Rússia, podem contar, com a resolução dos problemas.
      Ponham um Antonov a voar para S.Tomé.
      Nunca cuspam no prato

  4. Original

    23 de Maio de 2024 at 16:31

    Viva País soberano.

  5. Cantagalo

    23 de Maio de 2024 at 23:31

    Ministra Ângela Costa é solução.

  6. Santo António

    24 de Maio de 2024 at 9:14

    KIKIKIKI. Escassez não gera ruptura? Há quanto tempo estes bens acusam o déficit? A Buê de tempo.
    Brincalhões

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