Política

TC diz que não são inconstitucionais as normas aprovadas pelo parlamento que prorrogam o mandato do PGR

A decisão dos Juízes Conselheiros do Tribunal Constitucional dá resposta ao pedido de fiscalização feito pelo Presidente da República Carlos Vila Nova.

Após análise das normas que promovem e prorrogam o mandato do Procurador-Geral da República por mais 12 meses. Normas que foram aprovadas pelos deputados a Assembleia Nacional no quadro do pacote de reforma da justiça, e que provocaram contestação dos partidos políticos da oposição e dos magistrados do ministério público.

«Quanto a matéria relativa a duração e revogação do mandato do Procurador-Geral da República, por se tratar de matéria versada, exclusivamente no Estatuto do Ministério Público e não na constituição da República. Desta feita não está vedado ao legislador seguir as orientações que entender para a realização de qualquer fim almejado, desde que não ultrapasse os limites constitucionais impostos, e nesta medida concluiu-se que o legislador não extravasou o crivo da constituição e nem, do princípio da igualdade nele consignado», lê-se no acórdão do Tribunal Constitucional com data de 7 de agosto de 2024.

Com base nos factos jurídicos analisados, por unanimidade os juízes conselheiros do Tribunal Constitucional «pronunciaram pela não inconstitucionalidade das normas contidas nos artigos 205º e 206º da proposta de lei nº20/XII/3º/2023 do novo estatuto do Ministério Público, aprovado por unanimidade pela Assembleia Nacional, por não violação do princípio de igualdade, previsto no artigo 15º da Constituição da República», conclui o texto do acórdão número 17/2024.

O acórdão é assinado pelos juízes conselheiros, Lucas da Trindade Lima na qualidade de relator. Roberto Pedro Raposo, Leopoldo Machado Marques, e Jusaley Lopes Novais.

Abel Veiga

11 Comments

11 Comments

  1. Renato Cardoso

    7 de Agosto de 2024 at 17:01

    Estão todos doidos varridos!

  2. Sem assunto

    7 de Agosto de 2024 at 17:02

    O que esperava se destes sujeitos selecionados a dedo pela elite dominante? Iriam frustrar o plano do chefe?
    O mal deste país é não haver penalização pelas ações dos indivíduos, principalmente dos classe dirigente.
    De repente uma revolução com poco a sair em massa as ruas resolveria os nossos problemas- não sei!

    • Sem assunto

      8 de Agosto de 2024 at 6:45

      Povo e não poco!

  3. EX

    7 de Agosto de 2024 at 17:07

    KKK POXAS so envergonham o pais, de tanto estudar ja começam a fazer porcarias para agradar facções politicas. e fazem e desfazem as leis de acordo a conveniência politica. E o TC assina em baixo.
    Espero que o feitiço ha de virar contra o feiticeiro

  4. Original

    7 de Agosto de 2024 at 19:42

    PR enviou porque já estava combinado a resposta.Tudo isto foi uma farça e tudo que tem tem um fim.Aproveitem enquanto é tempo porque os vossos dias hão de vir.

  5. Jose Rocha

    7 de Agosto de 2024 at 20:01

    Parabéns aos meritíssimos Juízes do TC pela lucidez e clareja demonstrados na análise desse caso.
    Os políticos que arranjem outra música para se divertirem que o país não tem avançado tudo por culpa de alguns que só lutam para prejudicar o país e tentando de tudo para meter “grana” nos seus próprios bolsos esquecendo-se que são eleitos pelo povo para garantir a melhoria da qualidade de vida de povo, o que muitos nunca fazem após assumirem os cargos atribuídos pelo povo.

  6. Historiador

    7 de Agosto de 2024 at 21:18

    Onde está o 5° juíz, o Dr Patrick!

    • Mezedo

      9 de Agosto de 2024 at 12:50

      Pouca vergonha de país.
      Em fim é só aguentar porque quem foi buscar desgraça ao aeroporto são voces mesmos.

  7. Eusebio Neto

    8 de Agosto de 2024 at 6:57

    Alguém tinha duvida?

  8. Cleopter dos Santos

    8 de Agosto de 2024 at 8:39

    Estes não são juízes. São sim Comissários Políticos. Braço Politico do Governo, como0 disse o próprio Presidente da República a meses.
    Corja de mercenários dito juízes.

    Estes deviam no futuro, todos serem expulsos do sistema, uma vez que não contribuem em nada para o engrandecimento do Sistema Judicial, nem do país.

  9. Dihnis Costa

    8 de Agosto de 2024 at 10:16

    TRISTE REALIDADE…
    O pior disto tudo é fazer do povo uns autênticos bonecos, agora decidiram brincar ao “jogo do meio” com o povo, ora vejamos; uma lei do total interesse do governo e em particular do PM, é enviada para assembleia para ser aprovada, ainda na assembleia viu-se o que aconteceu,(não) subornaram os deputados do MLSTP, apenas desbloqueram os seus pagamentos em atraso com o objetivo de os ajudar a clarear o sentido de voto e assim foi, votaram favoravelmente numa proposta lei que nem eles acreditam, e a seguir, eviaram para promulgação do PR que por sua vez, num gesto de malabarismo envia para apreciação de possíveis inconstitucionalidades à um grupo de juízes ecolhidos a dedo pelo atual PM…

    Mas, alguém estava a espera de um desfecho diferente?
    Alguém acreditou que este coletivo de juízes, funcionários do PM e não do estado santomense, fossem bater de frente com o seu patrão, todos conhecem o lema na política santomense, se não estás comigo, estás contra mim…e estar contra o poder, sobretudo um poder totalitário e ditatorial dominado e controlado pelo atual PM, é só ver a vida transformada num “inferno”, é não ter nem trabalho e nem dinheiro para sobreviver…
    Os santomenses na sua maioria estão a perder valor e a ganhar preço e muitos deles estão em promoção/saldo e se isto continuar assim, não há nada que nos salve do rumo ao abismo que o país vem tomando.

    Bé flá, amí só flá.
    Dihnis Costa

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