A posição dos social-democratas foi ouvida, esta semana, na sessão plenária da Assembleia
Nacional. O maior partido da oposição em S. Tomé e Príncipe foi buscar um exemplo para espelhar a
atual situação da educação no arquipélago.
«No presente ano letivo, 1288 alunos do 12º ano que foram convocados para o exame
nacional de matemática, apenas 50 tiveram nota positiva, o que representa cerca de 3,9 por
cento, ou seja, menos de 4 por cento. É muito grave e requer de todos uma reflexão profunda
e cabe ao governo a responsabilidade de adotar medidas concretas e urgentes para reverter
esta deplorável situação» – apontou, Raúl Cardoso.
O líder da bancada parlamentar dos social-democratas apontou o dedo ao governo sobre o
aumento das taxas de matrícula no ensino básico.
«O governo decidiu aumentar para dobro o valor das taxas de matrícula para o ensino básico,
que certamente fará com que muitos pais deixem de matricular as suas crianças no presente
ano letivo».
Sobre o assunto, o Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares
e da Coordenação Sustentável, Lúcio Magalhães interrogou «será que se nós nunca aumentarmos, ou atualizarmos esses preços poderemos garantir a qualidade e a eficiência do sistema? Será possível ter a sustentabilidade, o acesso, a disponibilidade e até a equidade»?
Na sessão plenária da Assembleia Nacional os deputados aprovaram alguns diplomas como o
estatuto dos magistrados judiciais, a revisão do estatuto do emigrante investidor, bem como a
revisão do estatuto da CPLP.
José Bouças
