Cerca de uma semana depois de ter sido suspenso por 45 dias como advogado, Miques João Bonfim, representante do único sobrevivente do massacre de 25 de novembro no quartel do exército em S. Tomé, diz que até hoje não recebeu qualquer notificação da ordem dos advogados.
“É lamentável, pois, tratando-se de uma instituição, existem formalismos legais, administrativos e outros para tratar deste tipo de questões“.
Miques João diz estar a ser alvo de uma cabala política com o único propósito de lhe ser retirada a carteira profissional. Estranha também as circunstâncias em que a suspensão foi decidida.
“O que levaria a Ordem dos Advogados a suspender a carteira de um advogado horas depois de ele ter apresentado uma petição ao Presidente da República, solicitando o relatório da CEEAC e a suspensão imediata da imunidade pública de Patrice Emery Trovoada para responder no processo penal?”
O jurista vai mais longe.
“A Ordem, ao comunicar a todos que o advogado Miques João está suspenso, consegue desproteger Lucas, demonstrando a todos que ele está vulnerável e que o julgamento do processo no tribunal militar dificilmente ocorrerá.”
Miques João Bonfim afirma, no entanto, que vai acatar a decisão, mas não desiste de lutar para que se esclareçam os acontecimentos de 25 de novembro de 2022 no quartel do exército onde 4 cidadãos foram torturados até a morte.
O jurista é acusado de fomentar a opinião pública contra a Ordem dos Advogados.
José Bouças
Joao Batepa
29 de Novembro de 2024 at 14:42
É óbvio que ter tomates traz problemas.
Bem de S.Tome e Príncipe
1 de Dezembro de 2024 at 16:52
Quem fala verdade é odiado.