A tortura e morte de quatro civis no interior quartel do Exército, continuam no centro das atenções em São Tomé e Príncipe. Desta vez, o ex-vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, arguido no processo, pede que a justiça seja aplicada com celeridade.
“Queremos um julgamento justo, transparente e imparcial com provas irrefutáveis de que o K matou o L ou K mandou o L matar o M.”
Perante o primeiro-ministro, o ministro da Defesa, o procurador-geral da República, responsáveis do Tribunal Militar e chefias das Forças Armadas, Armindo Rodrigues foi mais longe.
“Queremos o julgamento de todos aqueles que, cientes da preparação da operação pelos falecidos, nada fizeram para desencorajá-los ou dissuadi-los. Pelo contrário, alimentaram suas expectativas, assegurando-lhes acesso a armamento pesado de infantaria, como RPG-7 e PKM. Também queremos que sejam julgados aqueles que cometeram o crime de alta traição à pátria, permitindo a entrada dos falecidos nos quartéis e o livre acesso ao arsenal de artilharia. Queremos um julgamento para aqueles que financiaram os falecidos para a realização de suas operações.”
Durante o discurso, feito na cerimónia de abertura do exercício naval Obangame Express 2025, o atual comandante da Guarda Costeira apontou responsabilidades diretas.
“Quem detém o comando operacional das forças armadas é o chefe de estado maior das forças armadas e, quem detém o comando tático são os comandantes dos ramos. O vice-chefe do Estado-Maior atua como conselheiro do chefe do Estado-Maior e só assume o comando em caso de ausência ou impedimento deste.”
Esta é a primeira intervenção pública de Armindo Rodrigues sobre o caso, numa semana em que o único advogado das vítimas, considerado incómodo pelo sistema, foi detido e colocado em prisão preventiva, acusado de abuso sexual de uma menor.
José Bouças
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MATRUÇU
13 de Maio de 2025 at 1:50
Que nos sirva de lição e alerta, da necessidade do reforço institucional e de inclusão, educação/ formação de excelência interna, a organização, o rigor, a transparência, a responsabilidade/responsabilização, a defesa, a segurança, a protecção para a sustentabilidade de um estado de direito e deveres e garantias dos cidadãos
Necessidade de academia militar, escolabde formação militar, nao obstante, a prontidão e acessória tecnica extena.
Célio Afonso
13 de Maio de 2025 at 5:52
Que o K matou o L, todos ja sabemos através dos vídeos postos a circular nas redes sociais. Precisamos saber quem são os mandantes e as causas.
É para isso que o julgamento imparcial, justo, isento e honesto deve ser feito.
Porém, duvido que este julgamento venha a acontecer um dia, tendo em conta os contornos do crime.
CANIÇO
13 de Maio de 2025 at 12:35
Ninguém que tenha bom senso pega numa arma e diz que vai a um quartel, ou unidade militar, começa a disparar, sem esperar ter consequências, ou até mesmo ser morto ou fuzilado.
As instituições militares servem para defender a pátria, …se aqueles que participaram no assalto ao quartel, na troca de tiro, por acaso tivessem sido baleado o que se estaria a discutir hoje.
A questão é após a captura dos individuos, houve morte por tortura e espancamento, o chamado na nossa gíria militar, de “purada militar”, porque até se compreende, só que estamos num estado de direitos, deveres, garantias democrático.
As instituições devem proteger os cidadãos e salvaguar a vida.