A Ministra da Justiça, dos Assuntos Parlamentares e dos Direitos da Mulher, Vera Cravid, anunciou no último domingo a divulgação do relatório da Comunidade dos Estados da África Central, sobre o massacre de 25 de novembro de 2022.
Na curta declaração que fez aos órgãos de comunicação social, que foram convocados para estarem presentes no seu gabinete na tarde de domingo 25 de maio, a ministra da justiça remeteu o relatório aos jornalistas para efeitos de divulgação.
«Aconselho o jornalista a ler, a esmiuçar tudo aquilo que está ali dentro e tirar as suas conclusões, mas com cuidado», advertiu a ministra da justiça.
O governo repisou que os jornalistas que tiveram acesso ao documento devem ter muito cuidado. «Eu espero que não haja outras interpretações a não ser as que estão aqui neste relatório. O pensamento é livre, o direito é livre. Mas temos de ler e compreender o que está no relatório», frisou Vera Cravid.
O povo santomense está ávido em conhecer todos os meandros do relatório de investigação da CEEAC, sobre os acontecimentos de 25 de novembro de 2022.
O Presidente da República Carlos Vila Nova que prometeu ao povo de São Tomé e Príncipe, a divulgação na íntegra do relatório acabou por dizer mais tarde, que remeteu o documento à entidade competente.
O governo por sinal é a entidade competente, a que o Presidente remeteu o relatório. Um relatório que ao que tudo indica traz à ribalta detalhes até agora desconhecidos, sobre o massacre de 25 de novembro de 2022, que provocou a morte de 4 cidadãos civis no quartel do exército.
Apesar do anúncio num domingo e simbólico, pois foi no dia de África, e depois do Presidente da República ter-se ausentado do país, o povo santomense continua ávido em conhecer todos os detalhes do relatório.
A Ministra da Justiça leu apenas algumas conclusões do documento, para depois remeter o conteúdo central da investigação da CEEAC, para os órgãos de comunicação social divulgarem.
Um procedimento estranho, que prenuncia o gesto de Pilatos diante das acusações contra Jesus Cristo.
Abel Veiga

Jose Rocha
26 de Maio de 2025 at 11:48
Caro Abel, podes publicar uma copia do relatorio para que o possamos ler?
sol
27 de Maio de 2025 at 14:56
N~
ao contava contigo Armindo:-
Justice
26 de Maio de 2025 at 12:59
Exigimos a publicação do relatório na íntegra e em sua versão original, acessível a todos os cidadãos — e não apenas aos meios de comunicação. A transparência é um princípio essencial da justiça, e esta deve ser exercida com competência e responsabilidade. Acreditamos que a comunicação social, frequentemente moderada ou condicionada por interesses institucionais, não pode ser o único canal de informação. A população tem o direito de formar sua própria opinião com base em documentos oficiais completos. Não devemos temer interpretações individuais; devemos temer a censura e a manipulação.
Ouriço
26 de Maio de 2025 at 13:07
Em termos de comparação é bom ler e reler, o relatório de investigação interna, coadjuvado pela Policia Judiciária Portuguesa.
Mezedo
26 de Maio de 2025 at 14:21
A mensagem passada pela Ministra diz claramente que não dá em nada esse relatório.
É pena que todos nós vimos e assistimos o que se passou no Quartel no dia 25/11/22
Mas as autoridades Santomense estão claramente a proteger o Mandante do crime e isso só tem um nome.
Façamos justiça com nossas propinas mãos.
Qualquer militar ou agente que agredir um cidadão nas zonas ou na rua será morto pela população.
É isso que governo quer transmitir a população.
E assim será caso o processo 25 de novembro não se resolver como deve ser resolvido.
Justice STP
26 de Maio de 2025 at 15:13
O enxerto do relatório “8. Afigura-se importante que, além da responsabilidade individual dos membros das FASTP, se equacione também a responsabilidade do Estado São-tomense, pois, as graves violações contra os direitos de cidadãos foram cometidas por membros do exército dentro de um quartel militar, uma instituição sob a autoridade exclusiva do Poder público. Em primeiro lugar, porque proteger a população de graves violações dos direitos humanos é uma obrigação constitucional do Estado, que deriva quer da Lei Magna da República Democrática de São Tomé e Príncipe, como de vários instrumentos internacionais ratificados pelo país. As graves violações dos direitos humanos registadas e descritas acima implicam responsabilidades e obrigações para o Estado São-tomense em relação às vítimas. A responsabilidade do Estado de São Tomé não pode realmente ser compreendida sem que este enfrente a obrigação de reparar os prejuízos ou danos sofridos pelas vítimas, sendo que neste caso, há famílias profundamente afectadas. A responsabilidade do Estado São-tomense deve ser vista com referência às disposições pertinentes do direito internacional
consuetudinário, dos direitos humanos e do direito interno.“ Também conclui-se que não a tentativa de golpe de estado. Não vejo a necessidade da criação do tribunal militar, será mais uma violação dos direitos humanos
Bem de S.Tome e Príncipe
26 de Maio de 2025 at 19:36
Numa apreciação geral, o Relatório não confirma a tentativa do golpe de Estado,mas algumas respostas das altas chefias militares, deixaram os peritos da CEEAC em dúvida devido algumas afirmações desses militares o que eles chamam de respostas cinzentas. Quem o lê até o fim compreenderá que não houve tentativa de golpe de Estado.Eles (os peritos da CEEAC) sabem que isto é uma inventona, mas fizeram-no de forma diplomática. PT é o comandante desta inventona.
Históriador
26 de Maio de 2025 at 19:47
Se o MP acusa as pessoas, os militares pelas mortes, e o civis pela sublevação armada a ordem constitucional e ao estado de direito, como é que o relatório vem dizer que não se trata de tentativa de um golpe de estado?
Brincam bem, yeah… País de brincadeira.