Política

 “Chegou o momento de virar a página e construir o país que ainda não conseguimos ser”

A Região Autónoma do Príncipe foi o palco escolhido para o arranque oficial das comemorações dos 50 anos da independência nacional, e o Presidente da República não poupou nas palavras ao fazer um apelo claro à mudança de mentalidade e à assunção de um novo compromisso com o futuro de São Tomé e Príncipe.

Carlos Manuel Vila Nova, visivelmente emocionado e comprometido com o momento histórico, afirmou que o país deve deixar de olhar apenas para trás. “Estamos a fechar um ciclo de 50 anos. O passado deve ser lembrado com honra, mas o foco agora deve ser o futuro — e este futuro precisa de ser construído com mais trabalho, mais disciplina e mais responsabilidade.”

O Presidente da República evocou os heróis da libertação nacional, mas aproveitou a ocasião para apontar o dedo à falta de responsabilidade em setores-chave da governação e da sociedade civil. “Temos de ser mais responsáveis relativamente ao bem público e às pessoas. Isso tem-nos faltado”, declarou.

Com uma retórica incisiva e uma mensagem de mobilização nacional, o Chefe de Estado alertou ainda para o perigo da estagnação: “Vamos lutar por um futuro que sempre almejámos e que ainda não conseguimos alcançar.”

A decisão de abrir as festividades no Príncipe não foi por acaso. Segundo o próprio, trata-se de um gesto de reconhecimento à autonomia regional e ao papel estratégico da ilha no contexto nacional.

Waley Quaresma

6 Comments

6 Comments

  1. Edson Neves

    10 de Junho de 2025 at 0:16

    O Senhor Presidente na qualidade de Chefe da Nação deveria dar exemplos na sua conduta no lugar das exortações que não convencem nem a sua própria sombra.
    Tem sido mais uma decepção, está cometendo os mesmos erros dos seus antecessores, o povo esperava mais de si por o senhor foi eleito.
    Pelo bem de São Tomé, favor, não navegue rumo ao segundo mandato.

  2. Mé Uê

    10 de Junho de 2025 at 6:27

    Os países Asiáticos chegaram ao pico de desenvolvimento porque eles tiveram a visão no trabalho, nunca esperaram pela a esmola ocidental ou de qualquer que seja a fonte . Apostaram neles mesmos e tiveram sucessos! Será que os empresários de são Tomé unem-se sabiamente e financeira para construírem algo de vulto econômico e tirarem os dividendos? Ou será que o ego vos cega vossa sapiência?

  3. Felicidade

    10 de Junho de 2025 at 9:28

    O maior vendedor de passaporte diplomático do país.
    O país esta sendo gerido por maiores bandidos do país, os comerciantes do país!

    Os que vendem cervejas, bilhete de viagens, terrenos, lojas de roupas, consultorias. O Tribunal de contas devia fazer uma auditoria ao Gabinete de Primeiro ministro e ao fundo das taxas audiovisuais.

  4. Sotavento

    10 de Junho de 2025 at 10:20

    Estamos a fechar um ciclo de 50 anos. O passado deve ser lembrado com honra, mas o foco agora deve ser o futuro — e este futuro precisa de ser construído com mais trabalho, mais disciplina e mais responsabilidade.”

    O único passado que deve ser lembrado com honra é o que aconteceu no dia 12 de Jullo de 75 que foi a proclamação da Republica de S.Tomé.Nada mais.Que progresso tivemos ? Que beneficio teve o povo durante os 50 anos passados?
    Tenham vergonha governantes de plástico.

  5. Jógô

    10 de Junho de 2025 at 16:13

    Um país estado nação detém três territorialidades que jamais se pode descurar, o seu território,(terra, mar, rios, montanhas, vegetação, clima, fauna e flora, solo, subsolo, espaço aerodinâmico, sua localização), a sua população( cidadãos/famílias agentes económicos, de transformação, modernização), a sua administração, instituições, como a principal e central, antes de todas as outras a instituição família, as pessoas, a base social, de comunidade, da sociedade do estado.

    A gestão/governação destas territorialidades, exige da justiça, dos agente eleitos para condução do destino, a boa governação, a governança, a transparência, a desconcentração/descentralização do poder, princípios de organização, de rigor, de trabalho/trabalhar, de responsabilidade/responsabilização, justiça, de segurança, de defesa, de proteção, de emergência, da resiliência e da sustentabilidade.

    Mas para que possamos virar a página e construir o país que ainda não conseguimos ser, temos que assumir e olhar para nossa especificidades enquanto Ilhas de pequenas dimensão, não obstante o mar, de dupla Insularidade, o que nos condiciona(o facto de São Tomé estar longe do Príncipe, o facto de São Tomé e Príncipe estar longe dos grande centros económicos e financeiros, de informação de tecnologias, etc, apela-nos a nossa localização geoestratégia, ao mercado do golfo da guiné, aos desafios de ultrapassar estas condicionantes, remete-nos as infraestruturas, Portos, Aeroportos, estradas, desenvolvimento do Cluster do mar e dos rios, a economia azul, a economia circular, as energias renováveis consolidação das instituições,…

    Mas para que possamos virar da paginas e construir um pais que ainda não conseguimos ser, temos que assumir e olhar para nossa características institucionais (instituições fracas a começar pela familiar, destruturação social e económica, a falta de acompanhamento pelo estado), instituições fracas, a nível politico, partidos políticos sem estrutura ideológicas, sem suporte financeiro, instituições do estado sem cultura de organização, rigor, responsabilidade/responsabilização, pelos atos praticados, desde a Assembleia Da Republica, a delegação da policia nacional, passando pela saúde, etc…o que nos remete para necessidade de educação/formação interna para cidadania, parta excelência, educação/formação de base, a educação/formação continua, a formação/educação tecno profissional, a educação/formação superior, bem como a necessidade de aprimoramento dos serviços prestados por estas instituições( a família, segurança social, a saúde, a administração pública, as autarquias locais, o governo da região autónoma do príncipe a educação, a segurança, a defesa, a proteção, a emergência, o desporto, o turismo, a economia, agricultura, as pescas, a agropecuária, as finanças, a fiscalidade, a culinária, a gastronomia, a cultura, as tecnologias de informação e comunicação, etc, etc) sendo que a justiça deve ser o pilar de afinação verificação, condenação…responsabilidade/responsabilização.

    Dentre todas estas instituições porque é necessário contabilizar enumerar visionar, uma atenção especial primordial central(profissionais altamente qualificados, infraestruturas, que no Príncipe, quer em São Tomé, deve ser dada ao Instituto nacional de Estatística, para produção de dados estatísticos, sobre a situação realidade do território/população/administração, bem como dentro das instituições nacionais

    Outras das condicionantes, a falta de planos de desenvolvimento, que nacional, quer local/distrital, que regional, que leva a falta de instrumentos, elementos de conhecimento como o clima, a conservação ou degradação ambiental, as característica das rochas, do solo, do subsolo, os minerais, a salinização dos solos, a erosão costeira, a geologia, a biologia, a geografia, etc.. planificação das atividades da população, melhor ordenamento do território, melhor desenvolvimento nacional, distrital e regional, sabendo de antemão que temos que reformular a constituição da republica, por forma a modernizar a divisão administrativa do país, quanto a partilha de e responsabilidade de gestão, quer nacional, quer distrital, quer regional, descentralização/desconcentração de poder, melhoria e criação, de gabinetes de planificação/urbanização, gestão dos recursos humanos, gestão ambiental, cultura, ambiente educação, formação, etec…

    Se somos pequenos devemos investir naquelas áreas em que podemos vir a ser grandes como mercado/produtos de referencia, os serviços tecnológicos, acessórias, prestação de serviços, as telecomunicações, a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade marítima, a saúde, a formação, a segurança, a segurança alimentar, a emergência, a banca, os seguros, o comercio, a agricultura sustentável, a transformação, os serviços de aviação, as novas tecnologias de informação e comunicação, conteúdos, a segurança cibernética, a inteligência artificial, os serviços de turismo sustentável, necessidade de incubação de empresas, boa ligação ao exterior, ter em conta a nossa localização geoestratégia, o mercado do golfo da guine com mais de 300 milhões de habitantes,…

    Por sermos pequenos e frágil, a segurança económica e financeira do estado, a robustez financeira banca, dos seguros, criação de fundo de garantia, ou fundo soberano se perfaz essencial, a poupança interna do estado, quer das famílias, quer dos cidadãos são fundamentais, captação de investimentos internos/externos, criação de atrativos para cidadania/investimentos da diáspora, na diáspora.

    É necessário olhar, para o sector do emprego, da habitação, da banca, dos seguros, da segurança dos dados, parques tecnológicos, parques industriais, o sector da transformação, da economia do mar e dos rios, turismo, exploração de hidrocarbonetos, etc, etc.. tendo a justiça como pilar

  6. Kalúlú

    10 de Junho de 2025 at 18:38

    Sendo São Tomé e Principe, um pequeno estado( território pequeno, mercado economico interno pequeno, população de dimensão reduzida, logo administração periferica) , de dupla insularidade, dependente do exterior, sujeito a varios choques externos(guerras, pandemias, contexto de redução de ajuda ao desenvolvimento, dificuldade de comercio internacional, o protecionismo economico externo), a efeitos da alçterações climaticas, redução territorial, (subida do nivel do mar, aquicimento da agua do mar, subida da temperatura, chuvas torrencias, etc,…sem uma estrututra consolidada de urbanismo e urbanização, sem plano de ordenamento do território, nem de emergência, sem saneamento do meio, populações pouco intruida a nivel de educação/formação para cidadania, para excelencia, logo vuneráveis, logo instituições fracas, pouca diverfisicação economica, problemas de emprego, salarios, habitação, finanças, banca, seguros, saúde, educação, desporto, desconcentração, descentralização, reforma administrativa, reforma da justiça, a segurança(crimes, roubos, violações, responsabilidades/responsabilização), a defesa, a proteção, o turismo, economia do mar, o desporto, a cultura, a gastronomia, a culinaria, a agricultura, a transfromação, as energias renovaveis, as infraestruturas, o mar, os rios, o ecossistemas, o ambiente, novas tecnologias, maquinarias, espaço aerodinamico etc.. …temas para se debatar e encontrar soluções de forma construtiva organizada e rigorosa.

    Deve ser o momento, datas, eventos, a realizar ao longo entre ou no decorrer das datas das comemorações, para grandes debates, dialogo de ideias, planos, contribuições, quer a nível televisivos, quer nas salas de conferencias, salas de eventos, com a participação da sociedade civil organizada, tecnicos, politicos, cientistas, academicos, da diaspora, quer na assembleia da república, sobre grandes questões/problematicas que assolaram e assolam o pais(território/população/administração), condicionantes e vantagnes de um pequeno estado insular como o nosso.

    Para além das actividades e festejos

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