O desnorte que se apoderou do sistema nacional de saúde de 2011 até 2012, permitiu que o paludismo ressurge-se tendo o país registado mais de 12 mil casos, e cerca de 7 óbitos. Medidas tomadas a partir de 2013, estão a provocar acentuada baixa rumo a eliminação da doença.
O BENDIOCARD, novo insecticida utilizado a partir de 2013 na pulverização das casas, é um dos responsáveis pela nova baixa do paludismo e o consequente controlo da doença, após o caos que começou a apoderar-se do sistema nacional de saúde de 2011 à 2012, com um acentuado aumento do paludismo, após a redução conseguida pelo país a partir do ano 2004.
Herodes Rompão, Director do Programa de Luta Contra do Paludismo, que foi demitido das suas funções em 2011, regressou a casa em 2013, e anuncia o arranque já neste mês de Abril de mais uma fase de pulverização das casas. «Vamos iniciar nos distritos de Mé-Zochi e Água Grande, estamos a fazer todas as diligências para o início da execução da pulverização na data marcada», declarou.
28 de Abril é a data marcada para a segunda pulverização das casas com o Bendiocard. Um produto que tem sido bem aceite pelas populações. Daí parte do sucesso da campanha de pulverização.
O impacto é já visível. Herodes Rompão faz a comparação dos dados. «Mesmo no Distrito de Água Grande o mais populoso, onde registávamos cerca de 500 casos semanais, actualmente se regista cerca de 10 casos por semana. Isso é um bom sinal. Houve uma maior aderência da população em relação ao novo produto de pulverização», detalhou o Director do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo.
A estatística trimestral, confirma a acentuada redução do paludismo na ilha de São Tomé, enquanto na ilha do Príncipe, já não se regista qualquer caso da doença. « Hoje podemos considerar a ilha do Príncipe como zona livre do paludismo. Até agora zero casos», frisou.
Na ilha de São Tomé, no primeiro trimestre de 2013 registou-se 2160casos de paludismo. No mesmo período de 2014 o sistema nacional de saúde registou apenas 331 casos. «Podemos dizer que tivemos uma redução acima de 80%», precisou Herodes Rompão.
A semelhança da ilha do Príncipe onde não se regista qualquer caso de Paludismo, o mesmo acontece também em alguns distritos da ilha de São Tomé, nomeadamente Caué no sul e Lembá no norte da ilha.
Sinais que levam as autoridades sanitárias a acreditarem na possibilidade de eliminação da doença em São Tomé e Príncipe. «Para que realmente a gente atinja a meta desejada que é a eliminação é necessário que desde a comunidade até ao mais alto nível toda gente esteja realmente envolvida», pontuou, Herodes Rompão.
Até o ano 2015, o Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo, pretende realizar dois ciclos de pulverização das casas por ano. Um combate cerrado contra o paludismo, até a sua eliminação.
Abel Veiga

norberto
28 de Abril de 2014 at 15:07
Nunca e tarde e de louvar Boa vontade de todos
Arnold
28 de Abril de 2014 at 17:46
Paludismo é um problema sério em Stp, Para acabar com isto seriamente o governo precisa apostar no quadro científico do país.