OMS quer reduzir pela metade mortes e incapacidade por picadas de cobras venenosas; grande parte de casos da “doença tropical negligenciada” ocorre na África, na Ásia e na América Latina.
Para milhares de homens, mulheres e crianças ao redor do mundo, o risco de ser vítima de picadas de cobras é uma preocupação diária. Elas podem ocorrer no caminho para a escola, durante a jardinagem, na lida com os animais, na coleta de água ou até mesmo ao ir no banheiro.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima que todos os anos, ocorram cerca de 5,4 milhões de picadas de cobra e que entre 1,8 milhão e 2,7 milhões de pessoas sejam afetadas por picadas de cobra venenosas.
Estratégia
A cada ano, esta doença tropical negligenciada, como é descrita pela agência, mata entre 81 mil e 138 mil pessoas e é a causa de 400 mil casos de incapacidade permanente.
Para lidar com a questão, a OMS preparou uma estratégia de prevenção e controle. Nos próximos 12 anos, a meta é diminuir pela metade o número de mortes e casos de incapacidade provocados por picadas de cobras venenosas.
O plano será colocado em prática através de um programa que focará nas comunidades afetadas e seus sistemas de saúde por meio de cooperação, colaboração e parcerias em todos os níveis.
A ação inclui a garantia de acesso a tratamentos seguros e eficazes, com a melhoria e fortalecimento da produção, fornecimento e distribuição de antivenenos que salvam vidas e outros produtos necessários para tratar acidentes do tipo.
Amputações
Dados da OMS indicam que 7,4 mil pessoas sejam picadas diariamente. As mordidas de cobra venenosa podem causar paralisia e complicações como bloqueio da respiração. Também podem provocar distúrbios hemorrágicos e levar a uma hemorragia fatal, insuficiência renal irreversível e dano de tecidos que pode causar incapacidade permanente e amputação do membro.
Os trabalhadores agrícolas e as crianças são os mais afetados, sendo que os menores de idade geralmente sofrem efeitos mais graves que os adultos, devido à sua menor massa corporal. Segundo a OMS, cerca de 40% das vítimas fatais são crianças.
A maior parte das picadas de cobras venenosas ocorre na África, na Ásia e na América Latina.
ODSs
A estratégia da OMS foi desenvolvida por um painel de 28 especialistas globais em consulta com escritórios regionais da agência, a comunidade científica e de pesquisa, fundações de saúde, grupos de defesa e partes interessadas.
Dada a importância da prevenção, da melhoria da educação e do empoderamento da comunidade e primeira resposta eficaz, a estratégia se compromete em envolver as comunidades para atingir esses objetivos.
Paralelamente, a OMS trabalhará com os países para fortalecer os sistemas de saúde para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas metas relacionadas, incluindo a melhoria da saúde e do bem-estar e a redução da desigualdade.
A agência também atuará para incentivar a pesquisa de novos tratamentos, diagnósticos e avanços nos dispositivos de saúde que possam melhorar os resultados do tratamento para as vítimas e acelerar a recuperação.
A estratégia será lançada em uma reunião organizada pelos governos da Costa Rica e da Nigéria em 23 de maio de 2019, em Genebra, na Suíça.
Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
MIGBAI
9 de Maio de 2019 at 10:30
Coitadas das cobras, afinal no mundo inteiro só mordem 138 mil por ano.
Aqui em STP os políticos mordem 170 mil pessoas por ano e deixaram e deixam o pais sem hipóteses de recuperação por muitas centenas de anos.
Afinal o que devia ser notícia são os pulhas desgraçados que temos nos corredores do poder de STP e não as cobras que existem no mundo.