OMS fala de esperança ao acompanhar alta de Masiko; epidemia causou mais de 2.200 mortes desde que foi declarada em agosto de 2018; agência da ONU precisa de 42 dias sem nenhum caso para notificar fim de um surto.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou esta terça-feira que a República Democrática do Congo, RD Congo, não tem mais casos de ebola, após mais de um ano de ações de combate ao surto.
A segunda maior epidemia de ebola da história provocou pelo menos 2.264 mortes e 3.444 infeções desde que foi declarada em 1 de agosto de 2018. No total, 1.168 pacientes sobreviveram.
Em sua conta no Twitter, a representante da OMS para África, Matshidiso Moeti, disse que estava orgulhosa de todos os envolvidos na resposta. Segundo ela, deve haver um “otimismo cauteloso” sobre o fim do surto.
Pelas regras da OMS, é preciso um espaço de 42 dias sem nenhum caso para declarar o fim do surto. Esse período corresponde ao dobro do tempo de incubação do vírus.
Moeti publicou um vídeo de uma multidão saudando a última paciente de ebola na saída do centro de tratamento em Beni, província de Kivu do Norte. Ela disse que foi emocionante ver Masiko deixar o centro de tratamento.
Propagação
Além de Kivu do Norte, a província de Ituri, na RD Congo, e os países vizinhos continuam com medidas para reduzir o risco de propagação do ebola.
A ação da OMS foi realizada com centenas de funcionários no terreno, que apoiaram o governo, juntamente com parceiros nacionais e internacionais.
Funcionários de saúde em Beni, na República Democrática do CongoCruz Vermelha Finlandesa/Maria Santto
