Sociedade

Calamidade : Projecto de Desenvolvimento Integrado de Lembá suspendeu a retoma das aulas

O projecto de desenvolvimento integrado de Lembá liderado pela irmã Lúcia Cândido, criou uma rede escolar que atende 1800 crianças do distrito de Lembá, uma das regiões mais pobres do país.

As chuvas torrenciais de 28 e 29 de Dezembro de 2021 destruíram todo o sistema de captação e de tratamento de água que alimenta a cidade de Neves, capital do distrito de Lembá.

«Como é que vai haver o funcionamento num espaço de aulas, sem água. É complicado», afirmou a Irmã Lúcia Cândido.

Na entrevista concedida ao Téla Nón nas instalações do Projecto de Desenvolvimento Integrado de Lembá, na cidade de Neves, a líder do projecto social que dá assistência directa a mais de 3 mil pessoas anunciou que por falta de água potável, as actividades lectivas vão continuar suspensas para as 1800 crianças que frequentam os diferentes níveis de ensino do projecto.

«Neste momento pedimos ao Ministério da Educação para não iniciarmos aulas nenhumas…Não temos água potável».

Segundo a Irmã Lúcia Cândido o projecto de desenvolvimento integrado de Lembá conta com um berçário que alberga 50 bebés. «Como é que vamos fazer papas, leite etc para eles sem água potável? Como lhes dar banho?», interrogou.

Para a Irmã Lúcia insistir em retomar as aulas sem água potável nas escolas e nos jardins, é criar as condições para que nos próximos tempos o hospital da cidade de Neves encha de gente doente. «As doenças hídricas e também a Covid-19», alertou.

O projecto de desenvolvimento integrado de Lembá, não corre riscos e defende a segurança sanitária, após a enxurrada que varreu por completo as infra-estruturas de tratamento de água da cidade de Neves.

«Será prudente termos as crianças na escola sem água?… E não temos capacidade para lhes dar água mineral», reforçou Lúcia Cândido.

Para já a equipa do projecto de desenvolvimento integrado de Lembá concentra os esforços na limpeza do jardim Pimpolho, e da escola Secundária Nossa Senhora das Neves. Unidades de ensino que foram invadidas por água e lama durante a enxurrada de 28 e 29 de Dezembro de 2021.

O leitor do Téla Nón pode também ouvir outros pormenores na entrevista concedida pela Irmã Lúcia Cândido.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Anjo+do+Céu

    6 de Janeiro de 2022 at 14:45

    Agora que é momento de abrir a porta e dar as mãos a quem muito precisa.Com surgimento desta calamidade a vista de todos e numa zona pobre de recursos de fazer face de imediato, todos devem abraçar este projeto não esperando só pelo Governo, Camara Distrital e as irmãs franciscanas como outras individualidades de se organizarem e dar um ponta pé de saida nomeadamente Empresas ROSEMA e ENCO,Associações motoqueiros, Taxistas e outras os da Diaspora Portuguesa e muitos outros de estenderem as mãos e Ajudar este Povo em sofrimento.
    A Unica forma de DIZER é FAZER.
    Um apelo que lanço a todos e já
    Deus no Comando

  2. Andorinha

    6 de Janeiro de 2022 at 15:48

    Obrigado irmã Lúcia porque se não fosse a senhora a população de lemba estariam piores porque não temos governo temos um grupinho de indivíduos que fizeram guerra para ir ao governo para fazerem as suas vidas roubando béns públicos deixando o povo a sua sorte.

  3. Gregorio+Furtado+Amado

    6 de Janeiro de 2022 at 15:48

    Depois de tudo isso o corrupto está em passeio de um lado a outro e depois a dizer que está a avaliar e a orcamentar os danos. O ministro vai orçamentar assim? Estão sem rumo. O presidente da Câmara lavou as suas como Pilatos. Nem pelo menos aconselhar população a ferver água antes de beber ou arranjar produtos que pode ser colocado nessas águas antes de consumir o senhor não consegue esclarecer a população? Onde estão os agentes de saúde? O que este governo consegue resolver pra povo afinal? Estão satisfeitos porque vão safar com desgraça dos outros sobrefaturando. É para isso que a população votou em vós? É a responsabilidade da EMAE abastecer a populacao com água quando a população não tem esse líquido mas nem sequer a emae é mencionada nesse processo. O governo contrai empréstimos de milhões de euros para comprar carros de zero quilómetros e pagar pares de milhares de euros mensais a um grupo de preguiçosos que nada fazem senão ajudar o governo nas campanhas. JBJ e Abreu quidaleo. Faz o minimo para minimizar o sofrimento desta população.

  4. Antonio Martelo

    6 de Janeiro de 2022 at 16:31

    A vontade o acreditar supera todas as barreiras.muita força e bom ano para esta obra extraordinária liderada pela irmã Lúcia. Muitas felicidades e grande abraço.
    Prof. Antonio José Martelo

  5. Sam ponha

    7 de Janeiro de 2022 at 6:59

    O governo aproveitou essa calamidade para cortar água a toda população de maianço e desejada. Estou farto disso não vou votar em vocês nas próximas eleições.

  6. Carlos Ribeiro

    7 de Janeiro de 2022 at 19:53

    Boa noite,
    Antes mesmo de pedir dinheiro à comunidade internacional, o Estado Santomense deve começar por encontrar solução internamente.
    Se o governo não fizer nada, deve haver greve geral.
    Exigência – venda de todos os Carros valiosos do Estado.

    É um abuso o que esse Estado faz

  7. Daqui

    10 de Janeiro de 2022 at 11:24

    Grande exemplo para São Tomé e Príncipe!

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