Sociedade

Virologista explica nova variante do HIV que causa infecção mais severa

PARCERIA Téla Nón / Rádio ONU

Lycias Zembe do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, confirma que o subtipo B causa uma carga viral quatro vezes mais alta do que a normal; especialista informa que tratamento pode ser feito com antiretrovirais já disponíveis.  

O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, está destacando os impactos da nova variante do HIV na resposta global à prevenção e ao tratamento do vírus. 

O virologista da agência, Lycias Zembe, lembra que ainda não existe uma vacina ou cura para o HIV. 

Alta carga viral  

Ele explica a nova variante, classificada de subtipo B, causa infecção mais severa. Um estudo feito pelo especialista, Chris Wymant, descobriu que as pessoas infectadas com essa nova variante têm uma carga viral quatro vezes maior do que a considerada normal para infecções com HIV. Além disso, o sistema imunológico pode ficar mais fraco com o dobro da velocidade, colocando pacientes em maior risco de desenvolver a Aids.  

A boa notícia, segundo Zembe, é que essa mutação, que acaba de ser descoberta, pode ser tratada com os antiretrovirais já disponíveis.  

Sem motivos para pânico  

Por isso, “a mensagem principal é de que não existem motivos para pânico, pois a mutação de vírus é algo normal, e no caso do HIV, os tratamentos atuais funcionam para o subtipo B”.  

Atualmente, existem 10 milhões de pessoas com HIV no mundo que não recebem tratamento antirretroviral. O Unaids diz que é preciso fazer mais para que esses soropositivos possam ter suas vidas preservadas. 

Zemba diz que é preciso identificar, rapidamente, pessoas que possam ter sido infectadas com HIV e manter e vigilância para detectar e responder a novas versões de patogênicos.  

Segundo o virologista, o HIV continua sendo a pandemia mais fatal e uma séria preocupação de saúde pública. Aproximadamente 38 milhões de pessoas têm o vírus. Somente no ano passado, 680 mil morreram dos sintomas relacionados à Aids. No mesmo ano, 1,5 milhão foram infectadas.  

Lycias Zembe lembra que devido à Covid-19, os esforços de prevenção e de tratamento do HIV foram prejudicados, com menos pessoas iniciando o tratamento.  

O especialista do Unaids pede mais investimentos em pesquisas para que seja produzida uma vacina e uma cura e garantir assim, o fim da pandemia de Aids até 2030.  

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