Sociedade

Chuvas diluvianas provocaram inundação e estragos na ilha do Príncipe

O Governo da Região Autónoma do Príncipe diz num comunicado que acompanhou a tempestade que provocou inundações nunca antes vistas. As chuvas torrenciais irrigaram a ilha durante o dia 23 de Maio, segunda feira.

Impotente para resolver os problemas causados pela força da natureza, o governo do Príncipe propôs ao Governo Central que seja declarado o Estado de Calamidade na ilha.

«Várias comunidades ficaram com vias inacessíveis por força de erosão das rochas, como os casos de Bela Vista, Abade e de Aeroporto à Picão via Telelé. Inundação de várias comunidades, da cidade de Santo António e arredores», relata o governo da ilha do Príncipe.

O rio papagaio que atravessa a cidade de Santo António, saiu do leito e o mar deixou a baía de Santo António e avançou para dentro da cidade

Rio Papagaio saiu do leito e inundou a cidade de Santo António

«Inúmeras habitações foram invadidas por água, com móveis e eletrodomésticos danificados. Bomba de combustível totalmente inoperante. Aluimento de diversas parcelas de terras agrícolas. A correnteza de água causou cratera em várias estradas, entre outros danos», acrescenta o comunicado do governo regional do Príncipe.

Segundo o governo do Príncipe a tempestade não provocou vítimas mortais nem casos de lesão corporal no seio da população.

Inundação destruiu estrada asfaltada

Para além de pedir ao Governo Central a autorização para declarar o Estado de Calamidade na Região Autónoma, o governo de Filipe Nascimento decidiu activar o Comitê de Crise «através de uma equipa multissetorial para apurar os impactos das chuvas e produzir um relatório minucioso sobre as ocorrências».

Inundação no Príncipe

Ao mesmo tempo o executivo regional solicita a mobilização de meios adequados e necessários para intervenção de mitigação e reparação dos danos causados pela tempestade. Chuvas torrenciais estão a devastar infraestruturas sociais e económicas, tanto na ilha do Príncipe como na ilha de São Tomé.

Note-se que no final do ano 2021, mês de Dezembro, uma tempestade tropical provocou enxurradas violentas que mataram pessoas, e destruíram tudo pela frente, na ilha de São Tomé. Destaque para o distrito de Lembá no norte da ilha de São Tomé.

Abel Veiga

1 Comment

1 Comment

  1. Dá para rir

    24 de Maio de 2022 at 15:54

    Chuvas diluvianas? Nem desejem isto para as ilhas. Na realidade ninguém, nem governo algum, nunca está preparado para quaisquer intempéries. Seja como for, não se pode deixar de chamar a atenção das responsabilidades do governo e das autoridades competentes de maneira a criar condições preventivas a fim de evitar danos maiores. As chuvas torrenciais de dezembro último devia servir de alerta e algumas lições para que todos façamos o nosso trabalho de casa. Estamos a falar de duas ilhas no meio do oceano, e tem havido consequentes alertas dos especialistas com relação aos fenômenos mais fortes e constantes. Quem fizer de surdo terá consequências gravíssimas e inesperadas.
    Porque o que vemos hoje no país, só
    são discuções de interesse pessoal, partidários e governativas. Desde o presidente da república até o mais baixo cargo do país. Vão fazendo de conta que nada está a acontecer e depois de acontecer só nos resta chorar e lamentar porque nada foi feito. Deixe o tempo passar que haver vamos. Quem avisa é seu amigo!!!
    Um bem haja a todos.

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