Sociedade

Duas crianças carbonizadas num incêndio na ilha do Príncipe

Duas crianças carbonizadas, é o resultado de um incêndio que deflagrou na noite do último sábado na localidade de Hospital Velho na ilha do Príncipe.

O fogo devorou uma residência de madeira e carbonizou duas crianças, uma de 2 anos e outra de 3 anos. Testemunham disseram que a casa composta por rés de chão e 1 piso, albergava 9 inquilinos. O fogo terá surgido do quarto de um dos inquilinos que tinha o fogão aceso.

Noite infernal na comunidade de Hospital Velho no Príncipe, que serviu para a população e as autoridades regionais refletirem sobre o ordenamento territorial.

A desorganização urbanística impediu a acção dos bombeiros. Não havia acesso para a residência que estava em chamas. Osvaldo Quaresma responsável pela corporação de bombeiros da ilha do Príncipe, explicou que «chegamos ao local, mas a via de acesso não nos favoreceu»

Os bombeiros recorreram a uma via alternativa, «mas não nos favoreceu», acrescentou. Uma segunda via alternativa foi explorada para tentar chegar perto da casa sinistrada, mas também não funcionou. «A mangueira de combate ao incêndio não chegava à casa sinistrada», frisou…

Tanto na ilha do Príncipe como na ilha de São Tomé, a corporação de bombeiros, enfrenta dificuldades para apagar os incêndios, porque as casas são construídas de forma anárquica, e os bairros ficam sem arruamentos e vias de acesso.

Filipe Nascimento, Presidente do Governo da Região Autónoma do Príncipe, acompanhou o sinistro da noite de sábado. «Temos que ter mais intervenção no planeamento e ordenamento do território, no sentido de melhorarmos o tipo de urbanização e acessibilidades que são fundamentais para intervenção das autoridades da protecção civil e bombeiros nas circunstâncias como essas», referiu o Presidente do Governo da Região Autónoma do Príncipe.

Na noite de domingo, 7 de Agosto, o fogo engoliu uma casa desta vez na cidade de São Tomé. No bairro da Vila Maria, a equipa de bombeiros também teve dificuldades para controlar o incêndio, por falta de via de acesso para chegar a residência que estava a ser engolida pelo fogo.

Incêndio na localidade de Hospital Velho – Ilha do Príncipe

Na capital São Tomé, as residências de madeira são construídas umas ao lado das outras, sem espaço para uma moto carinha passar.

Note-se que a estação seca, ou gravana, que vai de maio à setembro, é o período em que ocorre maior número de incêndios no arquipélago são-tomense.

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. Água grande

    8 de Agosto de 2022 at 14:25

    Sentimentos pra família. Se presidente regional esteve no lugar é bom sinal. Mas temos que dar mais atenção pra Principe. Governo falou no parlamento que estava a arranjar meios de socorro para mandar pra Principe. Isto é mt importante

  2. santomé cu plinxipe

    8 de Agosto de 2022 at 14:34

    Muita Tristeza, MAE deixou de ser MAE

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