Roça Mundo – Cultura e Desenvolvimento de São Tomé e Príncipe e M_EIA – Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura de Cabo Verde, são os protagonistas do projecto que pretende transformar a roça Água Izé num pólo de desenvolvimento cultural, turístico e social.
Água Izé foi a primeira roça de São Tomé, que recebeu a cultura do cacau. É detentora de um enorme património histórico e cultural, que esteve no centro da reflexão de académicos, técnicos e os parceiros, envolvidos no projecto de transformação de Água Izé num lugar de futuro.
João Carlos Silva, representante da Roça Mundo destacou a cooperação com a M_EIA de Cabo Verde.
«Esta ideia de cooperação sul-sul, em que que devemos buscar entre nós soluções para uma série de problemas comuns que nos afectam», referiu.
A reunião internacional de trabalho com Água Izé no centro, decorreu nas instalações da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa). No entanto foi no espaço Manja, em Marvila-Lisboa, no dia 18 de Novembro onde decorreu a cerimónia de encerramento.
Leão Lopes, responsável da M_EIA – Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura de Cabo Verde revelou os objectivos da reunião internacional. «Tentar perceber o que é possível fazer para que Água Izé tenha um desenho de futuro consequente para a população que aí reside, da região, do território», pontuou.
Parte significativa dos habitantes da Roça Água Izé, são caboverdianos ou de origem cabo-verdiana. Outros são de origem angolana e também moçambicana. Há também uma comunidade de Angolares que na era colonial prestava serviços à roça Água Izé como tripulantes de embarcações que transportavam a produção de cacau, para os navios que ancoravam no pontão da Roça.
Gentes de várias origens africanas, que se cruzaram na roça localizada a beira mar. João Carlos Silva, disse que o projecto de novo futuro para Água Izé, representa o renascimento da Utopia africana.
«Uma África que precisa que os seus pensadores, agentes cidadãos decidam eles próprios o que é que precisam fazer dos seus respectivos países, e procurem parcerias interessantes, inteligentes, dinâmicas, que podem fazer alterar o estado de coisas nas nossas terras», frisou.
Deotina Carvalho, embaixadora de Cabo Verde em São Tomé e Príncipe, participou no evento. Felicitou as duas ONG, pela iniciativa que pretende resgatar valores culturais, arquitetónicos, históricos e promover o desenvolvimento humano em Água Izé.
Em 2023, os académicos, técnicos e parceiros internacionais envolvidos no projecto vão reunir em São Tomé, num seminário internacional sobre a Roça Água-Izé.
O momento musical de encerramento do evento, foi marcado pelo desempenho de João Carlos Silva na cozinha do espaço Manja em Marvila.
Abel Veiga
Madiba
23 de Novembro de 2022 at 8:35
Falar é bom demais! Realização é outra coisa. Seja como for, fico com a sensação de que irão continuar a falar, falar e falar!!!!!Então falem meus senhores!
Lucas
23 de Novembro de 2022 at 13:48
Sem duvida
Puras vaidades que não dá em nada
E a miseria,promiscuidade e mortes prematuras seguem…
António Domingos
23 de Novembro de 2022 at 17:57
O futuro desta roça como das outras será o contínuo abandono.
Estes grupos arranjam uns donativos, fazem umas pinturas baratas e nada se passa!
Estas estruturas deviam ser entregues ou concessionadas a empresas internacionais de turismo para as reabilitar e logicamente para as tornar rentáveis, ai sim o património do país ficará mais rico e atrativo.
Enfim, resultado das políticas comunistas adoptadas em que tudo é do povo, o resultado está á vista…. Pelo que sei a roça tinha dono, que investiu e construiu ao tempo, penso que também não a deixaram no estado que está.
Viva os governantes de Stp!!!!!!