Sociedade

Sindicatos do sector da Saúde prometem paralisar tudo em maio próximo

O pré aviso de greve geral no sector da saúde e por tempo indeterminado, deu entrada no ministério da saúde na última segunda-feira. O Téla Nón teve acesso a uma cópia do pré-aviso de greve e apurou que os 5 sindicatos que representam todas as classes laborais do sector da saúde, subscreveram o documento.

Reclamam das péssimas condições de trabalho, no hospital central Ayres de Menezes e em todos os outros centros de saúde do país.

«O Estado da saúde é crítico e lamentável, por falta de meios de diagnósticos, medicamentos inexistentes, equipamentos constantemente avariados e obsoletos, falta de enfermeiros, falta de técnicos de laboratório, falta de técnicos de farmácia….», referem os sindicatos dos médicos, dos enfermeiros, dos técnicos de laboratório, dos técnicos da farmácia e dos serviços gerais.

No pré-aviso de greve que deu entrada no gabinete do Ministro Célsio Junqueira, os sindicatos avisam que a saúde deve ser colocada acima de qualquer outro interesse ou prioridade.

«A saúde não espera. A saúde não espera pela aprovação do orçamento geral do Estado. A saúde não espera pelo chegar do fim do mês. A saúde não espera até que chegue o barco ou o avião», alertam os 5 sindicados.

Para evitar uma paralisação geral do sector da saúde e por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de maio próximo, os sindicatos da saúde desafiam o governo a satisfazer 7 reivindicações da classe.

A primeira reivindicação é a criação de condições de trabalho e a aquisição de materiais e consumíveis hospitalares.

Os sindicatos exigem o complemento de formação para o grau de licenciatura a todo o pessoal técnico de diagnóstico e de enfermagem. Formação de base para os técnicos é auxiliares de laboratório.

O quarto ponto reivindicativo tem a ver com a aprovação e publicação dos estatutos de carreira dos profissionais da saúde. Pedem a transição em bloco de todos os profissionais da saúde, tanto dos serviços administrativos como dos serviços gerais do actual regime para o regime especial.

Promoção e progressão na carreira, é outra reivindicação determinante. Os sindicatos exigem que o governo realize a promoção e a progressão em bloco de todos os profissionais da saúde.

No sétimo e último ponto reivindicativo, atenção especial é dada ao futuro dos profissionais de saúde. «Aprovação e publicação do pagamento em 100% do salário de base aos profissionais na situação de reforma», concluiu a lista reivindicativa.

O pré aviso de greve é claro. «Todos os serviços afectos ao sector da saúde, a nível nacional entrarão em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 3 de Maio de 2023, caso os pontos a seguir discriminados não forem satisfeitos», avisam os 5 sindicatos do sector da saúde.

Note-se que o governo não inscreveu o aumento salarial, na proposta do orçamento geral do Estado para 2023. No entanto parte da reivindicação do sector da saúde pode implicar a actualização dos rendimentos dos profissionais, nomeadamente a promoção e progressão na carreira e em bloco, de todos os profissionais da saúde.  

Cópias do pré aviso de greve foram enviadas ao primeiro-ministro Patrice Trovoada e às duas principais centrais sindicatos do país, nomeadamente a UGT e a ONTSTP.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Célio Afonso

    19 de Abril de 2023 at 8:25

    Pai grande chegou, fome acabou!
    É preciso fazer ver ao PT que nem todos os Saotomenses são ignorantes e cegos como os seus fanáticos seguidores.
    Povo está farto das falsas promessas.

  2. arroz podre

    19 de Abril de 2023 at 8:56

    Muito bom dia.
    A coisa está a ficar preta.
    Há pontos de reivindicação que o sindicato sabe que não é possível.
    Mas boa sorte.

  3. Sem assunto

    19 de Abril de 2023 at 18:21

    Em resume a classe estás cagando para a saúde que dizem defender e só estão interessados na melhoria das suas condições de vida….bando de miseráveis, urubus.
    Ninguém definitivamente quer saber de São Tomé e Príncipe. Que repugnância…. que falta de patriotismo.

  4. Vanplega

    20 de Abril de 2023 at 8:54

    Jà ñ è sem tempo.

    Ñ temos dinheiro para cuidar do hospital, o ùnico que temos. Mais à dinheiro para viajens do 1 Ministro, junto com os seus capangas.
    O que outros paìses nos doam o Pinta Cabra, gasta AP seu belo Prazeres junto com suas cocubinas.

    Este mentiroso, visitou o hospital e prometeu arrancar as obras, cadei as obras?

    O Patrice TROVOADA, mentiu ao povo que era a SOLUÇĀO. Afinal de contas, o gajo è UMA MĀO CHEIA DE NADA

    SÒ SABE MATAR

  5. Margarida lopes

    21 de Abril de 2023 at 8:20

    Enquanto houver politicos CORRUPTOS e de mà indole em STP, nada vai mudar…a situaçao AGRAVOU-SE com o regime DITADOR e CRIMINOSO do foragido psicopata Patrice Trovoada, que pelo facto de saber estar perto do ABISMO depois do Trovoada-massacre do 25 de novembro, anda por ai a fazer circular FALSOS RUMORES de ter (ele o PT) um UMOR na cabeça que precisa de tratamento e que exige a sua longa ausência do pais STP…é tudo MENTIRA, como foi o caso do FALSO GOLPE DE ESTADO, e desta vez ele vai ter que ser apresentado, julgado e severamente condenado pela justiça. Se houver eventualmente alguma doença mais tarde serà pela justiça de DEUS, mas em 1° o Patrice Trovoada deve ser prêso, julgado e condenado…ele viverà com a sua doença na prisao, caso vir a ficar doente, porque por instante ele està em plena forma.

  6. Não estou entender mais nada

    21 de Abril de 2023 at 8:25

    Não quero acreditar em uma informação que tive conhecimento, que o senhor Primeiro ministro pediu uma féria de 6 meses alegando problema de saúde. Só pode ser uma aberração e como este senhor goza e abusa deste povo. Mais não digo!

  7. Mezedo

    21 de Abril de 2023 at 8:38

    Isso só é o começo ainda vem por ai.
    Outros sindicatos também tem que reagir, e não esperar pela UGT e ONTSTP, porque pelo que se vê os dois já foram comprados.

    Com Governo cessante fomentaram confusão até terem acordos assinado para aumento faseado do salario, e com este Governo de PT foi dito que não há aumento e cancelado o acordo assinado com outro governo, os dois se calaram e nem um pio deram.

    Falta outros sindicados reagirem, porque existe muita injustiça nesse pais.

    A pena é que o dinheiro que esta entrar só esta servir para viagem de luxo e passeio por mundo fora.

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