Sociedade

Aeroporto do Príncipe reclama por iluminação da pista para receber mais voos

A ilha do Príncipe deu um grande salto para a mobilidade aérea. De 2 a 4 voos semanais, Príncipe regista actualmente 16 voos semanais com a ilha de São Tomé.

O aparelho da STP-Airways com capacidade para 19 passageiros realiza voos quase diários e a companhia gabonesa Afrijet liga as duas ilhas pelo menos duas vezes por semana.

O aumento de tráfego aéreo começou nos finais do ano 2022. A companhia Afrijet levou autonomia aérea para a região do Príncipe. Pela primeira vez Príncipe passou a beneficiar de voo directo com o continente africano.

A ligação directa Libreville-Príncipe, e vice versa tem permitidos aos comerciantes da região autónoma comprar mercadorias nos mercados africanos como Libreville, Doula-Camarões e outras. Turistas africanos também desfrutam do sossego, tranquilidade, e o verde da ilha sem necessidade de escalar a ilha de São Tomé.

Heraclito Andrade(na foto), delegado da ENASA(Empresa Estatal de Administração dos Aeroportos) no Príncipe, confirmou a mudança de paradigma em termos de mobilidade aérea.

« Com os voos da Afriject há muitos comerciantes locais que seguem para o continente africano, fazem compras e regressam directamente para o Príncipe», afirmou o delegado da ENASA.

O aeroporto regional com uma pista de 1750 metros, já se transformou numa rampa de lançamento do Príncipe para o mundo e de aterragem do mundo na ilha.

«Recebemos voos directos que vêm de Londres, mais concretamente das ilhas britânicas. Há outros voos que vêm directamente de Angola. Normalmente trazem turistas ou empresários que vêm analisar oportunidades de negócios aqui no Príncipe», precisou.

No entanto o aeroporto regional reclama pela iluminação da pista. Segundo Heraclito Andrade, o aeroporto precisa ser equipado para dar resposta a solicitação de vários operadores no sentido de multiplicar o número de voos.

«Solicitam muitas vezes voos nocturnos directos para o Príncipe, e não aceitamos porque não temos condições técnicas instaladas para dar resposta. Por exemplo não temos iluminação na pista», sublinhou.

A ilha do Príncipe situa-se mais próximo do continente africano do que a ilha de São Tomé. As autoridades acreditam que o aeroporto regional, pode se transformar numa verdadeira placa de prestação de serviços no coração do golfo da Guiné.

«Isso vai acontecer, qualquer dia. Pois o Príncipe com um parque de abastecimento de aeronaves, sem dúvidas que muitas aeronaves, não digo aeronaves de grande porte, mas as de médio porte, vão entrar aqui para abastecer e seguir voo para outras paragens», confirmou o delegado da ENASA.  

A ilha ganha asas, e promete voar mais alto do que o papagaio, uma espécie protegida na ilha que é património mundial da biosfera. O papagaio cinzento simboliza, Príncipe no Brasão nacional. E o Falcão a ilha de São Tomé.   

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Célio Afonso

    19 de Maio de 2023 at 9:33

    Parabéns ilha do Príncipe. Que venham iniciativas e melhorias em outras áreas como infraestruturas rodoviárias, hoteleiras, saúde, educação para alavancar o desenvolvimento da ilha.

  2. Madiba

    19 de Maio de 2023 at 10:23

    Parabéns Príncipe. Espero que continue nesta onda de progressos. Parabéns extensível também para o TELA NON, que nos faculta essas lindas e agradáveis reportagens!

  3. José António

    19 de Maio de 2023 at 23:15

    A iluminação da pista não é nada de grandes dificuldades. Basta haver vontade politica para que isto se torne realidade. Não acredito que o nosso país não tenha a capacidade para iluminar um pistinha dessas. Só mesmo a falta de vontade de o fazer. Estamos muito habituados a estar de mãos estendidas e nunca sacrificamos para resolver com os nossos proprios esforços, pequenas coisas importantes para o país.
    Deixem de choramingar e avancem com os trabalhos.

  4. Carlos Junior

    20 de Maio de 2023 at 7:53

    Uma vergonha de aeroporto, querem ter um bom nome no sector turístico, mas não se investe nas infraestruturas no geral, no saneamento básico, por exemplo, há números cães pelas ruas, espalhando e comendo dos caixotes de lixos malcheirosos, que bela imagem a passar a quem visita.

    Pelo menos a marginal não tem o cheiro comum da marginal de ST.

    Sem restaurantes com opções além da banana com peixe, sem centros recreativos. Uma ilha onde apenas turistas, poucos, e os expatriados têm poder de compra, todo resto da população, vive na miséria.

    Concluindo, nem tudo é mau, as praias são divinas.

  5. Olinda Beja

    21 de Maio de 2023 at 16:29

    Há coisas que deverão ser revistas mas… cuidado com o turismo em massa! Por vezes a ganhar se perde…

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