Com uma área marítima 160 vezes maior que a terra, S. Tomé e Príncipe está apostado em reforçar a fiscalização da sua zona económica exclusiva para fazer face, sobretudo, à pirataria cada vez mais crescente no golfo da Guiné, onde o arquipélago está situado.
A formação de uma semana, que envolve oficiais da guarda costeira e elementos da direção das pescas e aquacultura e que incide sobre normas e métodos de controlo e fiscalização das embarcações na zona exclusiva, é mais um passo.
«Estamos com a Guarda Costeira a dar essa formação para que nos próximos dias, possamos estar aptos e iniciar patrulhas no mar, com técnicos e inspetores da direção das pescas e também, pessoal da Capitania dos Portos» – disse Ilair da Conceição, diretor das pescas e aquacultura.

Os meios de patrulha e fiscalização já estão assegurados.
«Há poucas semanas assinamos com uma ONG internacional, um importante protocolo que irá permitir a fiscalização da nossa zona económica exclusiva e, dentro de poucos dias, teremos aqui um barco de fiscalização e nós, tecnicamente, também estaremos aptos para dar resposta a aquilo que é o trabalho preconizado»“ – assegurou o diretor das pescas sem revelar a identidade da ONG que irá cooperar com S. Tomé e Príncipe na fiscalização do seu mar territorial.
A iniciativa vai trazer segurança e controlo da zona exclusiva e contribuir para o fortalecimento da economia.
«Toda a nossa riqueza está no mar e se direcionarmos esforços ao mar, estaremos a contribuir para alavancar, consideravelmente, a nossa economia e dar respostas a muitas questões de base com que nos confrontamos. Sinto que o sector das pescas é uma prioridade, uma saída, uma alternativa para S. Tomé e Príncipe» – frisou Ilair da Conceição.
Recorde-se que a fiscalização da zona económica exclusiva de S. Tomé e Príncipe conta também com apoio de Portugal através da marinha portuguesa e dos Estados Unidos de América.
José Bouças

Observadora
15 de Agosto de 2023 at 10:19
E sobre o comando do Armindo não vão hesitar em usar meios letais.