O edifício do arquivo histórico é actualmente o sítio mais guardado de São Tomé e Príncipe. Forças de intervenção rápida da polícia nacional, militares do exército e a força da unidade de protecção dos dirigentes do Estado, cercam o tribunal improvisado.
No interior, o Estado Maior das Forças Armadas e outros militares que são testemunhas de acusação marcaram presença no julgamento.


Bruno Afonso, vulgo Lucas, cidadão civil, é o único arguido. É acusado da prática de vários crimes com destaque para o de alteração violenta do Estado de direito na forma qualificada.
O arguido relatou para o Tribunal os factos ocorridos da noite de 24 de novembro de 2022, até a madrugada do dia 25. Disse que foi forçado por outros dois colegas para ir ao quartel do exército.
Segundo Bruno Afonso os 4 civis entraram pacificamente na principal unidade militar do país, e com o apoio de militares que abriram o portão próximo da enfermaria das forças armadas. Foram conduzidos para a arrecadação de armas, onde segundo o arguido receberam as metralhadoras AK-47.

O relato dos factos, ultrapassou a hora do almoço. O Juiz presidente do colectivo suspendeu a sessão para o almoço. A sessão prosseguiu com o interrogatório de Bruno Afonso, até o final da tarde de terça-feira.
«A pressão que se fazia para o Lucas não falar sobre certas matérias faz-nos acreditar que há muita coisa que não se quer que seja descoberta aqui na audiência e discussão de julgamento e nós a defesa vamos tudo fazer para que seja provado que o Lucas nada tem a ver com isto», desabafou o advogado de defesa, Miques João.
Prevê-se um julgamento longo, o interrogatório do arguido deve prosseguir na sessão desta quarta-feira.
No processo acusatório o ministério público diz que Bruno Afonso e outros 7 soldados do exército são suspeitos da prática do crime de alteração violenta do Estado de direito na forma qualificada.
Mas, o tribunal disse ser incompetente para julgar os 7 coarguidos, por serem militares.
«Neste momento já não são militares. Foram expulsos do quartel e com um processo disciplinar. Já pedimos ao Chefe de Estado Maior das Forças Armadas o despacho que expulsa os 7 militares e foi recusado. Também o tribunal está a recusar que esse despacho seja presente ao julgamento. Sendo actualmente civis eles deveriam ser julgados aqui com o Lucas», reclamou o advogado de defesa.
O julgamento prossegue na quarta-feira e tem a ver apenas com o alegado crime de tentativa de golpe de Estado.
O caso da tortura e morte de 4 cidadãos civis no quartel do exército ocorrido também no dia 25 de Novembro de 2022, foi entregue ao Tribunal Militar.
Abel Veiga

EX
4 de Outubro de 2023 at 9:42
Com entrega dos Militares e o Processo de Tortura e morte de Civis dentro Quartel para o Tribunal Militar que não existe, isto quer dizer que o Processo vai entrar no banho Maria, e se um dia houver julgamneto os suspeitos da morte serão absorvidos, e os Pequenos Militares estarão presos e de boca fechada com risco de serem mortos ou enfiados na prisão sem data de sair.
Jogo de tabela ate cair no esquecimento
Observador atento
4 de Outubro de 2023 at 20:25
Este julgamento é uma palhaçada organizada pelo PT e os seus lacaios. A justiça está sendo manipulada e os verdadeiros culpados desse massacre de 25 de novembro protegidos. Justiça palhaço encoberta peles políticos no poder. A separação do poder não existe o que leva mesmo a pensar que só a justiça dos mais fortes como numa república de bananeiras. Os assassinos continuam na solta, comendo e bebendo na boa vida. Mas acredito que um dia haverá justiça de todos os assassinatos praticados neste pequeno país.
Verdadeiro Santomense
5 de Outubro de 2023 at 14:27
Lucas nada tem haver com o tal assassinato, verdadeiro criminoso está solto no seu sofá a ver este caso, tipo uma novela sem data do fim.