Sociedade

Presidente da ACEP defende a necessidade de construção de uma cultura de direitos em STP

Na abertura da primeira conferência da quinzena da cidadania, o presidente da FONG-STP, a federação das organizações não-governamentais de S. Tomé e Príncipe enumerou um conjunto de sinais que considera preocupantes na desvalorização da cultura e violação dos direitos dos cidadãos.

«Preocupações como o aumento dos meninos na rua e de rua, a desestruturação familiar, o aumento da pobreza e da fome, o agravamento da desigualdade social, a saída em massa de filhos da terra em busca de novas oportunidades o que fragiliza a mão-de-obra local, o aumento da desconfiança na justiça e a violação sucessiva das leis e da própria constituição» – disse Cristiano Costa.

Para a presidente da ACEP, a associação para a cooperação entre os povos, a conferência que tem como lema “Cultura e Direitos Humanos” deve ser vista em duas dimensões.

«Uma primeira dimensão é a construção de uma cultura de direitos. Passa pela escola, pela sociedade civil, pela família, por instituições diversas que nos parece ainda bastante limitada em S.Tomé e Príncipe. A segunda dimensão é a construção do direito à cultura que também não é evidente que esteja garantida quarenta, cinquenta anos após a Independência»- destacou Fátima Proença.

Com esta iniciativa, a sociedade civil pretende contribuir para remover os obstáculos da convivência democrática.

«Queremos impulsionar mudanças que nos ajudam a viver, enquanto santomenses, com mais dignidade e num país mais justo»-frisou Cristiano Costa, presidente da FONG-STP

A plataforma da sociedade civil de S. Tomé e Príncipe diz qua vai continuar atenta às situações que não respeitam os direitos humanos.

José Bouças

4 Comments

4 Comments

  1. Sem assunto

    18 de Janeiro de 2024 at 17:46

    Até que gosto destas iniciativas, porém convenhamos, tantos cáucasos na mesa numa atividade nossa.
    Serão eles os ditos Sociedade Civil?
    A postura colonial de que tudo sabiam e só eles poderiam ensinar e guiar ainda por cá reside?
    O problema é que não há nenhum preto na Europa a disser e a mandar recados com cobertura midiática dizendo os governantes e a sociedade o que deve ser feito.
    Assim o que estes avençados vêm para cá fazer?
    Quinzena da cidadania ou quinzena de intrometimento em assuntos domésticos?
    Deixe-nos guiar os nossos passos!

  2. Pinheira, Vai Ver La Dentro

    18 de Janeiro de 2024 at 19:59

    A desvalorização da cultura africana é um projeto Europeu, ou seja, do ocidente contra os Africanos, negros.
    A violação dos direitos dos cidadãos é algo que o povo, se fosse mais curajoso, exigiria do Ministério Público, Procuradoria da República, Ministério da Justiça, e o Presidente da República. Se essas instituições não cumprirem as suas funções, então o povo deverá por o País em “Estado of Nature,” ou seja, como diz o Plato, o povo em democracia, é que se organiza enter eles, põem a casa em ordem. Nenhum branco vai nos tirar do purgatório.

    A justíça, felicidade, temperança, desenvolvimento sustentado, combate à corrupção, injustiça, roubos, pecado, tudo isso precisa-se lágrimas, suor, e sangue para se obter. Nada é facil. Se fosse, já conseguiriamos vote-las dentro de poucos anos pós independência. Vivemos num mundo que começou mal, e aqueles que lideram o mundo são selvagens: Inglaterra, França, Estado Unidos, China, Rússia. Basta ver a conjuntura geo-politica e militar no nosso planeta. Os conflitos, Guerras, desigualdade económica, financeira e social, doenças, crimes, corrupção, imoralidade, violência, etc. Tudo isso traz felicidade para alguns e tristeza para a maioria.

    Para obter virtude, sua alma deve estar em algum tipo de equilíbrio, com a razão guiando o pensamento e a ação, com o apetite suprimido. Ou, para alcançar um nível de equilíbrio na vida, a pessoa racional escolheria uma vida de sabedoria, coragem, moderação e justiça.

    Não haverá justiça em São Tomé e Príncipe, se não revelam onde entram o dinheiro de ajuda externa, os impostos adquiridos com a implementação do IVA, empréstimos de dinheiro que os governos contraem indevidando o povo, a venda do Petróleo também é como uma forma de violação psicológica contra os direitos do povo Santomense. Os negócios com a Nigéria, etc. Há ou não há gás natural?
    Direitos humanos, povo não quero e ele rejeita é a opressão. Depois pôem as mãos no bolso, tém ou não tém dinheiro. Depois povo chega em casa, tém ou não tém comida, agua, luz, saneamento básico, emprego, estrada em boas condições, e os filhos e filhas na escola para receber boa educação?

    Não precisamos de associações ou projetos que pouco fazem para o melhoramento da situação do povo e do país. Cada um pega seu dinheiro nessas coisas, encaixam nos bancos de contas pessoais, e esquecem-se do interesse do país e situação precária que a população vive.

    Essa coisa de conferência, discurso, reunião disto e daquilo. Bôbo bôbo só.

    • Africano

      19 de Janeiro de 2024 at 13:17

      Pinheira, Vai Ver La Dentro18, muitos parabéns pela reflexão. Como referiste o STP ou seja África não irá se desenvolver com esses paliativos de reuniões que de nada servirá para o bem estar da nossa nação.

      O ocidente (Portugal, França, Reino Unido e US), destruiram o mundo tentando civilizar os povos originarios, escravisaram, colonizaram, maltrataram, exploraram por cinco séculos os negros. Os negros trabalharam de graça sem receberem um único tostão durante 500 anos. Os europeus criaram o caus no mundo. Agora os UE’s armados em bons samaritanos querem ajudar os pobres africanos. Nenhum Europeu quer o bem dos africanos, toda ajuda que os africanos recebem dos europeus só serve para inflar o ego do bom colonizador.

      O problema de STP é muito profundo, nós somos descendestez diretos de pessoas que foram escravisados por esses bandidos, agora imagina a quantidade de traumas que nós carregamos é muito. Enquanto não haver uma verdadeira justiça STP jamais irá se desenvolver

    • Verdade

      19 de Janeiro de 2024 at 21:01

      É verdade, Africano.
      Obrigado

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