Sociedade

Portugal eleva as capacidades de diagnóstico do cancro do colo do útero

A  luta contra o cancro do colo do útero ganhou mais um grande impulso. A cooperação portuguesa reabilitou o laboratório de citologia ginecológica, agora com capacidade para fazer o rastreio da doença para toda a população alvo.

O laboratório de citologia ginecológica foi equipado com novos materiais e pessoal técnico foi formado na escola superior de tecnologias da saúde de Lisboa, e no Instituto de Oncologia também de Lisboa.

Lucília Gonçalves, especialista portuguesa em anatomia patológica, explicou qual é o público-alvo da doença. «É um cancro que está presente em mulheres que têm uma vida sexual activa. É um vírus que causa o cancro e que está associado à actividade sexual».

 As mulheres em idade fértil vão ser sensibilizadas a participar no rastreio do cancro do colo do útero.   Uma doença que segundo a médica em anatomia patológica tem grande incidência no continente africano.

«É um cancro de mulheres jovens. Em África é um cancro que tem uma grande incidência muito prevalente, e tem uma grande taxa de mortalidade, que pode ser evitável», reforçou Lucília Gonçalves.

Desde o ano 2010 que a cooperação portuguesa apoia o sistema nacional de Saúde de São Tomé e Príncipe no diagnóstico precoce da doença.

Cristina Moniz, embaixadora de Portugal destacou a importância de o país ter um laboratório modernizado. «O novo laboratório contribuirá certamente para o diagnóstico precoce do cancro do colo do útero, para capacidade atempada de resposta dos serviços de cuidados de saúde, e para a melhoria da qualidade de vida das famílias e das mulheres santomenses», pontuou a embaixadora de Portugal.

A melhoria da saúde materna, é a meta do governo santomense. Ângela Costa, ministra da saúde, recordou que muitas mulheres santomenses perderam a vida por causa do cancro do colo do útero. Uma doença que pode ser prevenida e controlada.

«Vai nos ajudar a diminuir o número de evacuação médica para Portugal que é um peso muito grande para o nosso sistema de saúde. Já tivemos muitas mulheres que faleceram por causa do cancro do colo do útero», concluiu.

No quadro do projecto Saúde para Todos, está em curso uma ampla campanha de informação e sensibilização das mulheres, para a prevenção do cancro do colo do útero.

Abel Veiga

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