Num momento descrito como “histórico” por ambientalistas e líderes políticos, São Tomé e Príncipe lançou esta quarta-feira o Fundo Fiduciário Ecotela, um mecanismo que pretende virar a página na luta pela conservação da natureza no país.
O Palácio dos Congressos foi palco da cerimónia que reuniu decisores, parceiros internacionais e membros da sociedade civil sob o lema “Promover a Natureza de São Tomé e Príncipe para um Futuro Azul e Verde Sustentável”.
O Ecotela, idealizado com apoio técnico da ONG BirdLife International e financiado por entidades como a ONU, UE e o GEF, quer garantir financiamento contínuo para proteger áreas vitais como o Parque Natural do Obô. A meta é ambiciosa: captar 1,5 milhões de euros até 2027 e chegar a 10 milhões a médio prazo.
“Ao contrário dos projetos pontuais, este fundo oferece estabilidade e visão de longo prazo”, sublinhou Agostinho Fernandes, representante da BirdLife.
Carlos Vila Nova, Presidente da República, elevou o tom e declarou: “O Ecotela é uma resposta corajosa aos desafios ambientais do nosso tempo. A sobrevivência do país depende da sustentabilidade.”
O representante da ONU, Eric Overvest, foi direto: “Preservar a natureza é salvar o nosso futuro comum.”
Mais do que um fundo, o Ecotela marca o início de uma política ambiental com ambição e responsabilidade. Um passo firme para que São Tomé e Príncipe se afirme como referência africana em desenvolvimento verde.
Waley Quaresma
