Opinião

As Crianças num Infantário II – Réplica ao conteúdo da nota Explicativa Pública do senhor Ministro Osvaldo Abreu

Senhor ministro Osvaldo Abreu, permita-me, em primeiro lugar, começar esta réplica ao conteúdo da nota explicativa do seu ministério, tendo como motivação a resposta ao meu artigo de opinião, “As Crianças num Infantário”, agradecendo-o pela disponibilidade manifestada, no exercício deste contraditório, que constituí um contributo para o aprofundamento da nossa democracia.

Vamos ao que interessa, agora! Começarei esta réplica, tendo como referência, o último parágrafo da referida nota explicativa, porque parece-me que o mesmo representa o retrato mais fiel, do seu entendimento pessoal e do entendimento desta maioria governamental, sobre aquilo que deve ser o conceito de “Serviço Público”, entre nós, compaginável, aliás, com o restante conteúdo da nota explicativa em causa, que só vem reforçar as minhas convicções iniciais relativamente ao conteúdo do artigo que acabei por escrever.

O senhor diz no último parágrafo da sua nota explicativa esta coisa interessante: “finalmente, aproveitamos para convidar a todos e qualquer cidadão, residente ou investidor que queira se inteirar ou ser esclarecido sobre as políticas, planos, projetos e ações sectoriais deste Ministério para se dirigirem aos nossos serviços”.

Meu caro ministro, Osvaldo Abreu, eu não sou “cliente” do Estado Santomense mas sim cidadão de S.Tomé e Príncipe e especialmente do Príncipe. O senhor não pode tratar os cidadãos, em geral, como “clientes” do Estado, colocando-os no mesmo patamar das empresas que negoceiam contratos consigo e que têm de se deslocar ao seu ministério para terem acesso às informações relacionadas com políticas, planos e projetos do seu ministério para o país. E o pior de tudo é que todo o conteúdo da sua nota explicativa está inquinada com este vício ou modus operandi, consciente ou inconscientemente, que reflete a conceção que têm do “Serviço Público”.

Eu não lhe aconselharia a ler a obra de Robert Denhardt, que deve ser um dos maiores teóricos do mundo sobre temas relacionados com a administração pública, a governação e o papel dos governantes num contexto democrático, como facilitador da participação dos cidadãos nos assuntos da comunidade política, porque tal pode ser interpretado como arrogância ou altivez, algo que abomino no debate público.

Mas não posso deixar de continuar a pugnar, nos artigos de opinião que vou escrevendo, sobre a necessidade dos nossos governantes, incluindo o senhor ministro, Osvaldo Abreu, passarem a ter uma conceção de tratamento dos assuntos públicos, de acordo com o mandato popular que têm, o mais ampla possível, incluindo nesta abordagem, o conceito de aprofundamento democrático, da participação e do respeito pelo mandato dos nossos representantes na Assembleia Nacional, etc., numa perspetiva de promoção de valores como a cidadania,  igualdade e a Justiça, tendo como propósito servir-nos como “cidadãos” e não como “clientes” (Seibert foi feliz no título do seu livro – Camaradas, Clientes e Compadres).

Não sou eu, como cidadão, que tenho de me deslocar ao seu escritório para que o senhor ministro, quando quiser e de que modo quiser, me tenha de esclarecer sobre os assuntos de âmbito público ou comunitário, como coisa que o país fosse uma empresa sua. Temos de mudar de paradigma, neste âmbito.

Se o seu desígnio fosse o interesse público, o senhor ministro não permaneceria sentado com o seu stafe, como diz na sua nota explicativa pública, no bunker que construíram, esperando que os seus “clientes”, que quisessem se inteirar sobre as políticas, planos, projetos e ações sectoriais do seu ministério para o desenvolvimento do país, se dirigissem para aípara obterem esta informação.

Não, senhor ministro! O interesse público é muito mais do que isso. O senhor é que deveria criar condições, tendo em conta, até, a dimensão geográfica e populacional do nosso país, de informar, de incluir, de zelar pela transparência, de estimular a participação dos cidadãos e de prestar contas, (junto da sociedade civil da ilha do Príncipe e dos deputados da própria Assembleia Nacional) sobre o projeto em causa, em todas as suas fases, numa perspetiva de aprofundamento da nossa democracia e de desenvolvimento dos interesses comunitários, tendo em conta, até, que a paternidade da iniciativa, sobre o projeto em causa, partiu do Governo Regional. Só assim poderíamos falar de “boa governação”. O que o senhor fez e proclama na sua nota explicativa é um mau roteiro que temos estado a seguir há 45 anos com resultados que todos conhecemos.

É por isso, aliás, que, ao contrário daquilo que muita gente entre nós proclama, eu não me incluo no grupo de pessoas que acha que todos os políticos Santomenses são corruptos. A “má política” que é implementada, há décadas, por diversos decisores políticos, tendo como motivação a defesa dos interesses privados, é que cria condições para a prevalência da corrupção entre nós, incluindo a dos agentes políticos.

Para tal é necessário a mudança de paradigma entre nós, tendo como suporte uma “boa política”, no âmbito de desenvolvimento do “Serviço Público”, baseada nos valores da participação, da inclusão, da transparência, do respeito, da responsabilidade e afins, que possam contribuir para o aprofundamento da cidadania.

Ora, é tudo isso que senhor ministro não diz em toda a extensão da sua nota explicativa, tendo como motivação o meu artigo de opinião.

O senhor ministro começa a sua nota explicativa tecendo considerações de caráter sobre mim (isso diz muito de si, como agente público) fazendo acusações sobre conteúdo de uma suposta carta da empresa em causa, EDP (suponho eu) dirigida a si e cujo conteúdo eu tive acesso, não sendo eu, todavia, na sua perspetiva, “membro de governo central ou regional”, e, consequentemente, na sua douta opinião, não poderia saber ou conhecer o conteúdo da carta em causa.

Eu só lhe posso dizer, em primeiro lugar, que a única ligação que tenho com a EDP Renováveis S.A de Portugal é como cliente (vivo em Portugal) e, em segundo lugar, que procuro, sempre que posso, como cidadão, estar informado sobre os problemas da minha terra, procurando contribuir, individualmente e em pequenos grupos de amigos, na mobilização de contributos que acrescentem valor reflexivo, tendo como intenção a resolução dos nossos imensos problemas. Foi desta forma que, por exemplo, tomei conhecimento, sobre o problema tratado no meu artigo de opinião que, aparentemente, lhe irritou, ao ponto de considerar que tive acesso ao conteúdo de uma carta da EDP Renováveis S.A de Portugal que lhe foi remetida. O senhor, aparentemente, está mais preocupado com o conteúdo referida ´carta que, na sua perspetiva, eu, eventualmente, tenha tido conhecimento, do que com a transparência inerente ao projeto de instalação e fornecimento de energia fotovoltaica na R.A.P, que o conteúdo da sua nota explicativa, negligencia em esclarecer com profundidade, tendo em conta o conteúdo do meu artigo.

É aí que começa toda conceção anacrónica daquilo que o senhor e a maioria governamental de que o senhor ministro faz parte tem do “Serviço Público”, como coisa que eu, como cidadão, pelo facto de ter feito o artigo de opinião que fiz, tendo como propósito sugerir a transparência em torno do assunto em causa, tenha cometido um crime de lesa-pátria.

Não sou eu que tenho, como cidadão, por força de algum estatuto político ou outro compromisso qualquer, de prestar contas ao povo, decorrente de um suposto contrato ministerial envolvendo agentes externos ou internos, como o caso em apreço parece indiciar. É o senhor, como ministro, quem tem, decorrente da sua posição, de nos explicar, sem subterfúgios, imprecisões ou omissões, todos os contornos do processo relacionado com o projeto de instalação e fornecimento de energia solar fotovoltaica para a R.A.P.,e a sua nota explicativa pública, em vez de fazer isso, veio trazer mais interrogações.

Notei, por exemplo, na sua nota explicativa pública, sobre o assunto em causa, que o senhor não faz referência, em nenhum momento da mesma, dos nomes das “muitas” empresas enquanto produtoras independentes de eletricidade que lhe apresentaram propostas, técnica e economicamente, mais atrativas para a R.A.P, comparativamente com EDP Renováveis S.A de Portugal, tendo como propósito o desenvolvimento do projeto de instalação e fornecimento de energia solar fotovoltaica naquela parcela do nosso território, nem tão pouco a contextualização comparativa, numérica e do valor dos referidos projetos, em todas as suas dimensões, para que possamos ter uma ideia sobre os méritos das referidas empresas referenciados pelo senhor ministro.

Eu pergunto: porquê? Há algum inconveniente neste âmbito, de natureza legal, contratual ou outra? Eu, como cidadão nacional e natural do príncipe, estou interessado em conhecer os nomes das empresas em causa e a qualidade dos referidos projetos.

Agradeço que o senhor me informe sobre isso e, por favor, não me venha com argumentos do género “é segredo dos contratos” ou de outra natureza, porque não vejo nenhum inconveniente, de natureza legal ou contratual, que possa impedir uma empresa, qualquer que seja, que participa num processo negocial desta natureza e tenha a necessidade de não querer que o seu nome apareça no espaço público. Como as crianças num infantário, acho que o senhor ministro não deve continuar a praticar o “Jogo das Escondidas”.

Além disso, tal é necessário, porque a experiência recente que temos neste âmbito, tendo como foco o seu ministério, não foi muito bonita e, ao contrário daquilo que o senhor apregoa na sua nota explicativa pública, naquela altura, não houve a preocupação com a defesa de interesses públicos, tendo em conta o desenvolvimento de alguns projetos no país, que contemplasse uma via de cuidado com a seleção de empresas que não onerasse as finanças públicas.

Para tal, basta ver o conteúdo do relatório do Tribunal de Contas de auditoria às obras públicas de conceção/construção de três pontes sobre o rio Água Grande (está ao alcance de qualquer pessoa na Internet) que, entre outras coisas, afirma que houve sobrefaturação no valor da referida empreitada, tentativas de simulação de consulta pública para, posteriormente, fazer-se a licitação por ajuste direto, entre outras coisas que não vale a pena estar a referenciar neste momento, que comprometem a ação de algumas estruturas do seu próprio ministério.

Este caso é recente e, de lá para cá, não constatei nada que tenha mudado, no modus operandi, que me possa deixar descansado mesmo perante o conteúdo da sua nota explicativa pública. Parece-me, até, tratar-se de uma repetição do filme, tendo em conta a evolução dos acontecimentos, relativamente a este projeto de instalação e fornecimento de energia solar fotovoltaica para a R.A.P!

É, sobretudo, por isso, que escrevi o artigo em causa. Como quereria o senhor ministro, tendo em conta aquilo que aconteceu com o caso de conceção/construção de três pontes sobre o rio Água Grande, com todas as consequências negativas daí decorrentes, que as pessoas do príncipe ficassem descansadas e caladas?

O Príncipe, ou qualquer outra zona da nossa terra, não pode continuar a sofrer as consequências cíclicas de “má governação” e é o anterior presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, instituição que o senhor ministro utilizou como suporte argumentativo na sua nota explicativa pública, que afirmou que “é vital que os governos utilizem recursos escassos da forma mais eficiente e transparente possível (…) e tal significa trabalhar em estreita colaboração com a sociedade civil e redobrar esforços no combate à corrupção”.

Por outro lado, é a própria Carta Africana sobre a Democracia, as Eleições e a Governação que afirma que “devemos estar determinados a promover e a reforçar a boa governação através da institucionalização da transparência, da obrigação de prestação de contas e da democracia participativa”.

Este é mais um argumento que me leva, como cidadão, a ter o direito de conhecer o nome das “muitas” empresas, enquanto produtoras independentes de energia, que lhe apresentaram propostas, técnica e economicamente, mais atrativas para a R.A.P, em detrimento da EDP Renováveis S.A de Portugal, tendo como suporte um aprofundado estudo comparativo neste âmbito, em todas as valências em apreciação.

Neste âmbito específico, não basta afirmar que tem recebido “muitas” propostas.

É o senhor, que, no conteúdo da sua nota explicativa pública, por exemplo, argumenta ter sugerido ou recomendado à empresa em causa, EDP Renováveis S.A de Portugal, decorrente dos propósitos relacionados com a alteração ou reconfiguração do projeto inicial apresentado, que o adaptasse de forma a combinar os efeitos da produção da central fotovoltaica em causa com uma futura central hidroelétrica no Príncipe.

Para além disso, pode existir a necessidade, segundo me consta, de construção de centrais para o armazenamento de energia produzida para formação de rede bem como o escoamento da mesma.

Ou seja, a cadeia de valor, no âmbito energético, incorpora valências que têm a ver com a produção, transporte, distribuição, comercialização e consumo, usando, nalguns casos, fontes de energia e tecnologias diferenciadas que podem tornar, muito exigente, de ponto de vista financeiro, qualquer projeto.

Para além disso, não sendo eu um economista, penso que existem variáveis do contexto, que podem contribuir para afetar, negativamente, os custos unitários de produção energética, com reflexo no valor de compra e venda de energia, quer seja de origem solar fotovoltaica ou de outra natureza.

Por isso, tenho dificuldades em compreender que o senhor ministro diga, na sua nota explicativa pública, sem qualquer contextualização, que “os valores de compra e venda de energia de origem solar fotovoltaica que se praticam ao nível internacional estão já muito abaixo dos 12 cêntimos de euro por KWh”.

Para um leigo como eu nesta matéria, admito que o senhor ministro tenha razão, mas, todavia, tem de nos explicar em que contexto é que os preços em causa têm aquele valor, porque tal afirmação parece-me ser muito genérica e despreza o contributo de variáveis do contexto que, na minha modesta opinião, podem contribuir para afetar os custos do projeto em causa.

Eu não preciso de sair do país para, simbolicamente, dar este exemplo ao senhor ministro, salvaguardadas as diferenças: por que razão o preço do peixe foi sempre mais barato no Príncipe do que em S.Tomée, em alternativa, o preço dos combustíveis, por exemplo, foi sempre mais caro no Príncipe, comparando com aqueles que são praticados em S.Tomé?

Este parece-me ser um exemplo simples de que generalizações neste âmbito, sem ter em conta as características do contexto, devem ser feitas com prudência.

Isto seria equivalente a afirmar, por exemplo, que o custo médio de gigabyte de Internet no mundo é X, e que tal extrapolação pode ser feita para todos os países, independentemente das características do contexto, e que qualquer empresa que quisesse instalar um projeto neste âmbito em S.Tomé e Príncipe teria de restringir-se, independentemente dos investimentos realizados para o desenvolvimento do referido projeto, aos condicionalismos do preço em causa.

Por outro lado, o senhor ministro, na sua defesa dos interesses legítimos do Príncipe, utilizou, até, argumentos de natureza ambiental, para menosprezar as características do projeto da EDP Renováveis S.A de Portugal, deixando tranquila a população daquela parcela do nosso país, porque as outras empresas, não identificadas pelo senhor ministro na sua nota explicativa pública, provavelmente, têm projetos mais aliciantes neste âmbito do que a gigante mundial EDP Renováveis S.A de Portugal.

É, também, por isso, que eu quero saber os nomes das empresas em causa e não basta o senhor ministro dizer que existem muitas empresas com projetos mais aliciantes do que EDP Renováveis S.A de Portugal para me convencer.

Contudo, tenho dificuldades em compreender a razão pela qual o mesmo governo que valorizou a temática ambiental (e bem) para o desenvolvimento do projeto em causa no Príncipe seja o mesmo que autorizou, ainda recentemente, a construção de um megaprojeto na zona de Malanza que irá matar, indubitavelmente, aquele santuário ecológico.

Parece-me irónico constatar que o Príncipe que tem sido esquecido em múltiplos projetos de âmbito nacional, basta ver que a ilha foi esquecida no caso do cabo submarino de fibra ótica e, até, quiseram que o projeto Agripalma também fosse estendido para lá, contra os interesses da sua própria população, e, agora, desta vez, é um ministro da república que se oferece para defender os interesses ambientais do referido território tendo em conta o propósito de desenvolvimento do projeto de instalação e fornecimento de energia fotovoltaica naquela parcela do nosso território pela empresa EDP Renováveis S.A de Portugal e não demostra o mesmo interesse relativamente ao desenvolvimento do projeto de Malanza que irá contribuir para danificar, de forma irreversível, o Sul da nossa ilha maior. Tudo me parece estranho!!! Muito estranho!!!

Só sei que o senhor ministro ficará na história do nosso país como a pessoa que contribuiu, decisivamente, para que uma das maiores empresas do mundo, nesta área, não tenha entrado no país e possa dar ocontributo para nos ajudar a mudar a realidade prevalecente neste âmbito.

É assim que o país avançará entre a irresponsabilidade e a mediocridade, de geração em geração, privilegiando a incompetência, o desleixo e a arrogância inócua. Tendo em conta a dimensão do nosso mercado, a EDP Renováveis S.A de Portugal não precisa de nós para nada. Nós, pelo contrário, é que perdemos uma boa oportunidade de atrair para o país uma empresa com características especiais porque poderia contribuir para acrescentar valor ao nível de conhecimentos e tecnologia. É destes investimentos que o país precisa.

Este é, pois, um grande tempo de reflexão no contexto regional (RAP). A Autonomia Regional não pode servir para comportar a permanência de vícios, no contexto decisório e político, que contribuíram para atrasar o desenvolvimento da ilha e comprometer, de forma definitiva, as condições de vida das pessoas que vivem na mesma.

Se anteriormente, decorrente do centralismo exacerbado, o ruído reivindicativo e queixas estavam direcionadas para os diversos governos centrais cujas opções de investimentos excluíam a ilha; agora, num contexto de relativa autonomia (política e administrativa) são as próprias decisões e opções de atração de investimentos estrangeiros, garantidas com muito esforço e empenho por parte dos decisores políticos regionais que encontram entrave e sabotagem por parte dos diversos governos centrais.

É caso para se dizer: não fazem e não deixam os outros fazer! Onde chegámos!? O Príncipe é, neste momento, o único lugar do país que não tem direito ao desenvolvimento porque algumas pessoas não deixam que isso aconteça.

Alguns dos nossos decisores políticos comportam-se como donos da bola e, como as crianças num infantário, quando não sabem jogar a bola e ganhar os adversários, pegam na mesma e levam-na para a casa e acabam com o jogo.

Nunca, como agora, fiquei com a firme convicção de que as coisas só tenderão a mudar com o aprofundamento autonómico da ilha do Príncipe para que se possa criar condições que ajudem a melhorar a vida das pessoas que vivem naquela parcela do nosso território. Este acontecimento é um caso flagrante desta denúncia e constatação.

Adelino Cardoso Cassandra

18 Comments

18 Comments

  1. Sem assunto

    5 de Julho de 2021 at 17:54

    É mesmo isto senhor Adelino Cassandra, estamos diante de um medíocre e irresponsável que embebido de máximas socialistas e marxistas acredita ser inteligente, quando não passa de um idiota pataf*das.
    Não f*de é não ter deixa os outrossim fod*rem, acéfalo!

    • Tony

      6 de Julho de 2021 at 11:18

      Lógico que enquanto existir estes pensamentos COMUNISTAS, que sempre provaram não levar nada a lado nenhum a não ser levar o povo á miséria!!

      Facto STP , tem graves problemas de energia, mas não querem soluções profissionais com gestão profissional, querem sim manter a porcaria que têm para meterem comissoes ao bolso do gasoleo e mais… e talvez daqui a 50 anos ainda estamos a falar deste problema em STP.

      São incompetentes , BURROS !! pena é ser o povo a pagar as consequencias !! Comunistas de M..da!

  2. santola

    5 de Julho de 2021 at 20:12

    Parabéns!!!
    Li o artigo inicial, com questões muito pertinentes sobre o processo da energia fotovoltaica no Príncipe. Depois li a resposta do Ministério e confesso que, desconhecendo uma serie de coisas, até fiquei a pensar que a exigencia feita a proposta da EDP Renovaveis para adequar os preços por Kwa era uma exigencia valida.
    Será talvez, num pais onde já existem infraestruturas de fornecimento de energia eletrica instaladas em todo o lado, com manutenção atualizada, e que basta só instalar a centrar de produção fotovoltaica e “ligar a ficha” para que tudo funcione. O que não é o caso deste nosso pequeno país, onde alem de não existirem infraestruturas instaladas em todo o territorio, as poucas que existiam ou ainda subsistem, estão em ponto de rutura, a pedir reforma, por falta de manutenção!!
    Claro que não se pode querer que o custo de produção de energia em Sao Tomé e Príncipe, ou só no Principe que seja, seja o mesmo que, por exemplo em Portugal. Infelizmente estamos a décadas-luz desse nivel!
    E nesta sua resposta, Crianças num Infantário-parte2, só faltou mesmo perguntar ao ministro, se a principal razão para desconsiderar a proposta da EDP Renovaveis, foi porque eles não aceitaram incluir membros do governo como sócios sem investimento, só pra colher lucros. Infelizmente é pratica comum em muitos países africanos com governantes corruptos que, com este tipo de praticas, inviabilizam qualquer projeto, qualquer acção para desenvolver o país, e melhorar as condições de vida da população!

  3. Palhaçada

    5 de Julho de 2021 at 22:11

    O to ze cassandra fez e tem feito a gestão vergonhosa na região autónoma do principe nunca vi este senhor a escrever uma linha. Vai dar banho ao cão. Num país sério to Zé cassandra estaria preso e as escumalha toda tanto no principe como em S.tome. sr calado seria um grande poeta.

  4. Aledunha

    5 de Julho de 2021 at 22:23

    Este processo ainda vai dar cadeia se o ministério público quiser. Basta acompanhar este processo com pinças, com atenção, seguir passo a passo, eu tenho a certeza que vai dar cadeia. Só que cá em S.T.P ninguém vai preso por corrupção. Também acho tudo isso muito estranho e muito mal explicado. Vamos ver o quê que isso dá.

  5. Sócio de empresa

    5 de Julho de 2021 at 22:28

    Ká Potó!!! Eu tóu a gostar disso. Ainda vamos descobrir muitas coisas neste negócio. Começou com ponte e agora já vai na energia. Levé levé vamos descobrindo a careca.

  6. XYZ

    5 de Julho de 2021 at 22:43

    Sim senhor. Falou e disse. Gostei.

  7. Fome Jaca

    5 de Julho de 2021 at 22:46

    Este ministro começou com palavras bonitas, muito paleio mas agora estou a ver que é dos maiores corruptos que este país tem. Estamos lixados. Não há volta a dar este país.

  8. Fodido com tudo isso

    5 de Julho de 2021 at 23:18

    Esta estória está muito mal contada. O procurador da república e o tribunal de conta devia abrir um processo já para acompanhar este caso. S.tomé e príncipe não pode ficar nas mãos destes corruptos. Isto está a ultrapassar dos limites. Estes dirigentes não pode ver dinheiro com olho. É por isso que não consegue trazer empresas para cá para criar trabalhos para os jovens desempregados. É só roubalheira. Homem foi até casar em portugal. Onde se viu uma coisa desta.

  9. R.J.Q

    5 de Julho de 2021 at 23:31

    Eu vi comunicado do ministério neste processo eu comentei logo com a minha mulher: isso é uma roubalheira. Parece que tentavam explicar o inexplicável. Mas a culpa não é deles porque é assim que eles andam a enganar o povo daquela minha terra amada. Eu trabalhei durante 22 anos ´numa empresa que prestava trabalho para EDP em Portugal antes de vir para Suiça. Andei no principio a trepar postos de alta tensão e fiz vários cursos de formação para subir na empresa até que cheguei a chefiar um sector da empresa antes de me reformar e vir para Suiça. Portanto eu conheço um bocado de matéria relacionada com energia. O ministro tentou ludibriar e deu-se mal porque meteu os pés pela mão tentando explicar aquilo que não tem explicação. Ele não sabe nada de energia nem de preços de energia e limitou a dizer disparates. O senhor Adelino Cardoso Cassandra deu um banho ao ministro. Mas é assim que eles enganam o meu querido povo. Tenho fé que São Tomé Poderoso um dia vai mudar este estado de coisas.

  10. Paulo santos

    6 de Julho de 2021 at 10:39

    Temos que apostar em políticos sérios e não nessa cambada de bandidos arrumados em espertos.
    Ainda por cima querem cultivar droga no país. Santo Deus como é que se pensa numa coisas dessas.
    Deviam ir todos para cadeia.

  11. Zeca araujo

    6 de Julho de 2021 at 10:44

    Muito bem Adelino Cassandra felicito te pela coragem e clareza nesse esclarecimento a população. O povo agradece.
    Jorge Amado também tem contribuído muito para esclarecer o povo das bandidagens deste governo.
    Viva o patriotismo.

  12. Flóli canido

    6 de Julho de 2021 at 13:39

    Eu não gosto de acusar ninguém quando eu não tenho certeza de nada. Mas este ministro pode-se considerar que é novo ainda mas ele já tem um cadastro muito complicado nalgumas coisas. É que se fosse um caso só eu diria, pronto é gente que não gosta dele, é política, e outras coisas. Mas já são muitos casos de acusação de corrupção ou casos complicados de explicar que envolvem este ministro.
    Quando ele estava na comissão de petróleo houve críticas que dizia que ele recebeu dinheiro de uma empresa estrangeira de estudos de petróleo, se não me engano de Suécia. Nunca isso foi desmentido.
    Há poucos meses houve este problema de pontes que parece-me muito complicado de explicar porque o relatório de tribunal de conta diz preto no branco que houve problemas graves de corrupção que nunca foi desmentido.
    Agora aparece este problema de energia que também ele tentou explicar mas foi muito mal explicado.
    São muitos casos para alguém que tem a idade dele.
    Pessoas com este currículo não podem fazer parte de nenhum governo porque existe sempre a sensação que vão tramar alguma coisa.
    É por isso que o povo não acredita nos governos deste país e em nenhum órgão de soberania.

  13. JMLSTP

    6 de Julho de 2021 at 14:55

    Ladrão olho rijo. E assim vamos construindo um lindo país para as próximas gerações.

  14. Matabala

    6 de Julho de 2021 at 16:14

    Muito bem meu caro…nem todos são bobo nesta terra abençoada ao contrário do que o ministro e restante governante acham. A verdade é só uma: as contrapartidas dadas pela EDP não eram do agrado dos corruptos e portanto nada feito. Casamentos em Portugal e casas compradas lá, filhos, boquitas e demais luxos só são possíveis com cambalacho e negociata por baixo da mesa…mas como nem todas as empresas/investidores precisam do mercado pequenissimo de São Tomé para nada deixam simplesmente esses trafulha a falar sozinhos e viram as costas. ..quem perde? O povo e o país como sempre…Ministério Publico está a fazer que? E Tribunal de Conta? Faleceu junto com Presidente? Estamos entregue aos bichos

  15. Tony

    6 de Julho de 2021 at 17:25

    Um Pais que tem um OE de 160 milhoes de Euros é NADA para uma EDP, ainda por cima um projecto para uma comunidade de cerca de 6 mil habitantes, para a EDP não arranha é nada perfeitamente dispensavel, isto é a realidade de STP para empresas destas não tem significado, o pior é o curriculum do Pais em relação a estes monstros economicos, daqui a pouco não conseguem fazer negocio com ninguem sério , mas se calhar é isso mesmo que querem para comerem. O povo não interessa !!! O poco é somente um instrumento para o poder , já dizia Trostsky en fim comunistas !!!

  16. Tony

    6 de Julho de 2021 at 17:30

    Já agora, esqueci, na região autonoma da Madeira, a Ilha de Porto Santo que tem mais ou menos a mesma população do Principe, com a EDP, a partir 2022 fica autonoma na produção energetica com instalação de centrais foltovoltaicas e heolicas, naõ usa mais central de geradores.

    Se calhar não conseguiam para STP ou Principe

    Ridiculo

  17. Miguel Cassandra Trovoada

    11 de Julho de 2021 at 10:52

    Antes de mais, torna-se imperioso felicitar o espírito do “contraditório” patente neste artigo. Li os anteriores e manifesto-me pouco surpreso com a fraca proatividade dos decisores da ” coisa pública” Santomense.
    É evidente que não basta o Sr Ministro referir que tem propostas garantidamente mais vantajosas do que as apresentada pela a EDP.É preciso torná-las pública e era preciso, aquando das negociações iniciais com a EDP e os representantes RAP, tê-las trazido à discussão e não de forma, unilateral, ter alterado ou ter tentado alterar pormenores do referido projeto, prejudicando sobremaneira a população do Príncipe.Se há projetos, supostamente melhores, por que razão tanta demora em implementá-los, considerando a escassez secular reinante em São Tomé e Príncipe?
    O que será feito quanto às despesas e tempo investidos na consecução do projeto ora indeferido?
    Julgo que sendo amanhã, 12/07/2021, o 46°Aniversário da nossa independência, ser altura de termos uma visão maior, em relação aos assuntos inerentes ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, congregando e abraçando todos os esforços, tantos nacionais como internacionais e pondo de parte toda a pequinez comportamental do nosso dirigismo estatal. PARABÉNS pelo artigo.

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top