Completa-se hoje, oito meses de Américo Barros como líder do MLSTP, o maior partido na oposição em São Tomé e Príncipe. Uma liderança atabalhoada que começou com a ida do líder do MLSTP à sede do ADI, partido no poder, numa demostração clara de subserviência ao Patrice Trovoada. Estava dado o sinal de alerta.
Desde esse fatídico encontro, o MLSTP entrou num estado de letargia, numa demência dando sinais que é hoje um partido completamente “partido”, sem projeto, sem visão e sem posicionamento de alternância governativa ao regime atual.
O MLSTP está à margem das grandes questões nacionais, age de improviso, de forma reativa, conforme os factos políticos que vão surgindo pelo caminho e o Américo Barros, que por conseguinte, continua como funcionário do Banco Central, não foi capaz de apresentar nenhuma estratégia de ação visando a reorganização interna do Partido e perspetivando as eleições gerais de 2026.

O MLSTP vive um período único de demência onde o Presidente do Partido, candidato natural ao cargo de Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, continua sem assumir o seu lugar de Deputado eleito pelo Distrito de Mé-zochi e continua afastado dos grandes palcos de debate político nacional, remetido à um silêncio incompreensível, recusando os pedidos de entrevistas dos órgãos de Comunicação Social e a participação nos debates na Assembleia Nacional. Não apareceu no debate do Programa do Governo e nem no debate do OGE 2025.
Até hoje, ninguém sabe o que pensa e o que quer Américo Barros, para o futuro do MLSTP e para STP. Por outro lado, o Presidente do MLSTP continua a ser desconhecido para muita gente, quer a nível interno, quer a nível internacional, já que não conseguiu ainda convencer nenhum líder dos Partidos amigos a recebê-lo numa visita de cortesia. Nem conseguiu ainda ir dar um abraço fraterno ao JLO, amigo privilegiado e Presidente do MPLA.
O MLSTP está doente e o Américo Barros perdeu o prazo de validade, tornando assim necessário haver mecanismos internos para salvar o Partido urgentemente, sob pena de 2026 não ser apenas um caminho para o enterro do maior partido santomense.
Meus camaradas, vamos deixar de lado os interesses de grupo e concentrarmos nos superiores interesses do MLSTP e do País. Com esse Presidente, não vamos a lado nenhum.
Jess Flander
Nelson Pontes
7 de Maio de 2025 at 18:18
Meu caro amigo Jess Flander: em Outubro do ano passado escrevi um artigo para o Tela Nón exatamente alertado para essa falta de visão e estratégia da atual direção do Mlstp. Tem de haver um Congresso Extraordinário ainda em meados deste ano para se eleger uma nova direção.
iacer duarte
7 de Maio de 2025 at 20:22
Se os proprios santomenses ficam torcendo que outros saotomenses sejam inimigos, então não tem como São tomé dar certo! Parem com essa guerra de interessses diabolicos que só dividem e não somam nada e só destroem! São tomé e os santomenses sao mais importantes que partidos politicos