É com profunda indignação que dirigimos esta carta à opinião pública, em resposta à forma desrespeitosa como tem sido tratada a memória de um homem falecido — cuja vida foi marcada pela dignidade, pelo serviço público e pela abnegação. No mínimo, esperava-se um gesto elementar de respeito — se não por ele, ao menos pelos seus familiares. Estes, sim, vítimas diretas das sevícias do regime colonial e, também, da violência e abandono que marcaram muitos dos anos que se seguiram à independência.

O que temos testemunhado, no entanto, é uma manifestação de cobardia moral, disfarçada de análise histórica.
Sunguê náchi fiá fá!
Não podemos ignorar a seletividade com que certas vozes se erguem contra figuras do passado. Onde estavam esses indignados quando Négus e Amâncio foram brutalmente assassinados pela PIDE/DGS? Que protestos se ouviram aquando da morte de Lereno da Mata? Que repúdio público surgiu perante o assassinato bárbaro de quatro civis desarmados e imobilizados, já em plena era republicana?
A verdade é que, nestes e noutros casos, a pena de morte foi aplicada na prática, embora nunca formalmente sancionada — já depois da proclamação da República. E, no entanto, desses mesmos comentadores não se ouviu uma só palavra de indignação. Fica claro que o que está em causa não é a justiça histórica, mas sim o ressentimento de quem viu ruir os privilégios usufruídos durante o regime colonial. Privilégios que, em muitos casos, foram até protegidos ou renovados no pós-independência.
Importa, ainda, esclarecer que o cidadão recentemente falecido se afastou da vida pública antes de 12 de julho de 1975, data da independência nacional. Não pode, por isso, ser responsabilizado pelo descalabro político e social que se seguiu. Muito pelo contrário: a sua conduta, sempre guiada por princípios de serviço, compromisso patriótico e respeito pelas instituições, deveria hoje servir de exemplo.
Quem sabe se os que assumiram os destinos da nação após a independência tivessem agido com o mesmo sentido de responsabilidade e entrega, a realidade do nosso povo não seria hoje bem diferente.
Com esta carta, apelamos a uma memória justa, ao respeito pelos mortos e ao compromisso com a verdade histórica — livres de conveniências ideológicas, revisionismos seletivos e oportunismos pessoais.
Pelo respeito, pela justiça e pela história.
Lisboa
Jorge L.A.Torres – 29/05/2025

Estado Corrupto
30 de Maio de 2025 at 6:39
O que é estado corrupto de São Tomé?
O estado corrupto de S. Tomé é aquele estado onde os funcionários públicos, bandidos e bandidas, preguiçosos e preguiçosas incluindo políticos corruptos e membros do governo inéptos utilizam seu poder para obter vida fácil, benefícios pessoais ou de grupo, muitas vezes por meio de criminalidades, subornos, abuso de poder, fraudes, burla, assédio, apropriação indébita ou outros desvios de recursos do cofre de estado e das finanças públicas, peculato, tráfico de influência, esquemas e expedientes, branqueamento de capital, imoralidade e ameaças, roubos, ganância, gula, ambição desregulada, hipocrasia, gene e sangue de corrupção correm no ADN e nas veias deles. Essa prática afeta negativamente a sociedade Santomense e seu Povo em geral, destrói nossa economia, prejudica o desenvolvimento do País, e mata confiança na democracia e no Estado de Direito. Má fé!
Vai tu
30 de Maio de 2025 at 18:09
Eu penso que isto tem que ser levado até as ultimas consequências.
Como é que um cidadão vende um terreno, não passivel. Por +/- 1.500.000,00 USD.e airosamente não se fala assunto.
Os impostos? Credibilidade do ESTADO?
É esquecer?
Não o povo sofre. E os ricos cada vez mais coçam o saco.
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Estado Corrupto
1 de Junho de 2025 at 2:52
Temos a responsabilidade moral de apresentar condolências à família de Gastão d’Alva Torres.
Que sua alma esteja em paz.
Gerhard Seibert
1 de Junho de 2025 at 18:46
Antes de mais, as minhas sentidas condolências aos familiares, amigos e companheiros do falecido Gastão Torres.
Acho inexplicável e vergonhoso que, em 18 de dezembro de 2019, a Assembleia Nacional, presidida por Delfim Neves, antecipou a morte de Gastão Torres quando lhe prestou homenagem como antigo militante do CLSTP a título póstumo:
Artigo 2.º
Homenagem a título póstumo
Render, de igual modo, a devida homenagem aos já falecidos membros dirigentes do CLSTP, conforme abaixo se designam:
Alda Graça do Espírito Santo;
Alexandrina Soares de Barros;
António Afonso Pires Lombá;
Carlos Dias Monteiro da Graça;
Gastão d’ Alva Torres;
João d’ Alva Torres;
Virgílio Sousa Carvalho.
Fonte: Diário da Assembleia Nacional, XI Legislatura (2018-2022), 3.ª sessão legislativa, II Série – No. 12, 19 de dezembro de 2019
Atenciosamente
Gerhard Seibert