Efectivamente, se formos capazes de verificar a realidade, veremos que há uma relação, ainda que pequenina, entre o péssimo funcionamento do nosso estado com esse caso de 25/11/22.
Se bem que os políticos, agora, falam em encenação e a culpabilização de alguém, o caso de 25/11/22 tem dois lados em que a justiça deve debruçar:
1. Entrada de 4 indivíduos no quartel
2. Morte, depois de prisão, de 3 desses indivíduos mais 1 que foram buscar em casa.
Não me parece que se deve ignorar que houve o ponto 1. Aliás, a lógica política é ignorar esse ponto.
No caso de ponto 2. os culpados dessas mortes devem ser julgados. Apesar de que na justiça há atenuação, a verdade é que eles devem ser julgados. Tanto faz em tribunal militar ou civil. O importante será o julgamento.
De qualquer modo, esse caso leva a considerar que se o estado são tomense fosse um estado normal em que a justiça funciona sem grandes problemas, em que não se amnistia os golpistas nem faz a promoção dos golpistas com a concessão de vários hectares de terreno, além de outras regalias, provavelmente muitos acontecimentos não teriam lugar.
Se o estado são tomense fosse um estado normal, o 25/11/22 não teria acontecido e, para mais, alguns intervenientes, infelizmente mortos nesse dia 25, estariam na cadeia e não no cemitério.
Informa-se que um dos que foi preso em sua casa, não no quartel, e que infelizmente é um dos mortos nesse caso, conseguiu centenas de hectares de terreno. E isso graças a um dos golpes de estado em que ele foi o precursor.
Aí está porque digo que o estado são tomense tem promovido os golpistas.
Para aqueles que queiram observar com coerência e sem preconceitos, próprios da política, o relatório da Polícia Judiciária nacional, feito com a colaboração da Polícia Judiciária de Portugal, sobre o assunto, verão que, de acordo com as informações aí contidas, entre outras informações, houve também informações sobre telefonemas com o exterior entre os protagonistas que entraram no quartel nesse caso do dia 25/11/22.
De acordo com esse relatório da Polícia Judiciária, há contactos telefónicos cedidos pela CST e UNITEL.
Pode-se contestar a veracidade dessas listas de contactos telefónicos. Mas, enquanto não conseguirmos contestar essas listas telefónicas, devemos ser capazes de considerar que houve contactos com o exterior do quartel.
E nessas listas de contactos com o exterior do quartel esteve também o nome de um dos que morreu nesse caso.
Será que não é verdade esses contactos?
Será que a CST e UNITEL forneceram ao inquérito da polícia judiciária listas telefónicas falsas?
Será que a polícia judiciária é que adulterou essas listas telefónicas cedidas pela CST e UNITEL?
Acho que devemos contestar e indagar sobre isso.
De qualquer modo, independentemente da oferta que for feita aos cidadãos são tomenses para possíveis encenações, os cidadãos devem ser aconselhados no seguinte:
1. Não entrar sorrateiramente no quartel, nem mesmo de dia,
2. Não machucar um militar no quartel mesmo sendo ele um simples soldado sem qualquer patente,
3. Não entrar no quartel de noite,
4. Não machucar um oficial de dia patenteado.
5. Não banalizar os militares tanto no quartel como fora do quartel, soldados rasos ou oficiais.
6. Reconhecer que qualquer uma dessas coisas é muito perigosa com enormes riscos.
É bom ressaltar que tudo isso é muito arriscado.
Tanto mais que no relatório da polícia judiciária, que todos tiveram acesso, há uma informação que diz que um dos que morreu nesse caso de 25/11/22, deixou uma carta de despedida dirigida a alguém, carta essa que dizia que ele ia numa missão de vida ou morte.
Portanto, encenação ou não, todos aqueles estranhos que entraram no quartel nesse dia, sabiam, de antemão, a perigosidade das suas ações e os riscos que iam correr.
Portanto, para que não haja essa vontade moribunda de encabeçar o afastamento forçado das entidades no poder, o estado são tomense não deve ter medo e deixar de glorificar os golpistas, não conceder amnistia a eles e muito menos conceder talhões de terreno conforme tem feito.
Aconselho a todos a lerem e relerem o relatório da Polícia Judiciária sobre o caso de 25/11/22. Esse relatório foi publicado pelo Tela Non. E tem tudo, inclusive aos que merecem ser julgados.
JuvêncioAO
Antonio Jose Cunha Matos
1 de Julho de 2025 at 9:08
E você JuvêncioAO, armado em escritor, comentador ou um palerma qualquer que devia antes perguntar ou investigar antes de vir aqui escrever baboseiras, como aliás já se tornou hábito do Santomenses cursados em TUDOLOGIA. Por isso o meu conselho é vai procurar saber em que condições, o porquê, o objectivo e a finalidade que esse terreno foi dado. Quem diz o quer, ouve o que não quer. Cresça e apareça.
Históriador
2 de Julho de 2025 at 19:47
O terreno de praia das conchas foi dado como consequência do golpe do estado de 2003.
O estado santomense foi por muitos anos refém destes “inúteis” da sociedade.
Viviam a extorquir os diferentes governos da República desde de 1987.
Abusaram e gozaram das nossas forças armadas, com conivência e cumplicidade dos políticos, todos eles.
Por último, decidiram ir buscar “rebuçados” no Quartel das Forças Armadas…
País de brincadeira…. estamos a brincar de pais, fazendo politiquices…
Tiago Moremo Afonso
3 de Julho de 2025 at 9:03
“Históriador” vai se ver ao espelho e aí verás um inútil. Karma é um prato servido aos inúteis. O seu vem a caminho.