Turismo

Vila de Micoló – Turismo Gastronómico a despontar?

A Vila piscatória de Micoló é uma localidade situada entre Vila de Conde e o local histórico de Fernão Dias e a caminho das melhores praias balneares do Pais. Entre Conde e Micoló existe o que é considerada a reta mais longa de São Tomé, felizmente em bom estado de circulação, em comparação com muitas estradas do Pais.

A Vila de Micoló, tornou-se um local por excelência onde se pode saborear os melhores grelhados de peixes, polvos, búzios do mar e chocos do Pais. Diariamente e sobretudo aos fins-de-semanas muitos se deslocam a essa localidade com esse objetivo. Tornou-se também um local de turismo gastronómico, pois, observam-se muitos estrangeiros nos diversos restaurantes ali existentes.

Pode-se encontrar peixes e moluscos de toda a qualidade, e tem a vantagem de os clientes poderem escolher o que pretendem e pedir para colocar na brasa, num grelhador a vista de todos.

Normalmente, o grelhado é servido quente, e sempre acompanhado da habitual fruta-pão e/ou banana pão meio madura. Como ainda não é servido saladas ou legumes, cada cliente pode fazer-se transportar dessa componente alimentar, se quiser. Muitos compram os seus grelhados e transportam-nos para comer na praia.

Nesta altura, como é época das mangas, entre Conde e Micoló pode-se comprar ao longo da estrada as famosas “mangas de Micoló”, conhecidas pela sua boa qualidade, e que poderão servir de uma excelente sobremesa.

Os peixes e mariscos servidos em Micoló são de boa qualidade porque por ser uma zona piscatória tem a vantagem de ser fresco, quase saído do mar diretamente para a brasa.

Dos inúmeros restaurantes, destaca-se o da Tia Sichinga (na foto). Ela e as suas filhas são pessoas muito simpáticas e acolhedoras e sempre com aquele sorriso cativante. Ela tem feito de tudo para melhorar as condições do seu restaurante, pois, está muito melhor do que há 6 meses.

Nota-se de facto que a Vila de Micoló tem-se tornado num ponto de turismo gastronómico. Claro que nem tudo vai bem sobretudo a questão de higiene, mas que felizmente tem melhorado dia a dia. Por essa razão acho que as Autoridades ligadas a essa área deviam dar alguma orientação e apoio a essa gente que lutam com os parcos meios e saber que dispõem para melhor servir os seus clientes. Digo apoio e não complicar como por vezes acontece. Um simples aconselhamento ou mesmo formação de algumas regras de restauração, por exemplo, o uso de batas ou aventais e toca para cobrir o cabelo enquanto estiverem a manipular os alimentos ou servir os clientes, fazia grande diferença. Encontrar financiamentos com juros baixos para permitir as pessoas melhorar a suas instalações seria outro apoio.

Se for dada a devida atenção e apoio por parte das autoridades do Pais, quem sabe se a Vila de Micoló poderá tornar-se no futuro um grande Centro de turismo gastronómico e não só, pois, tem potencialidades para tal. Fica aqui a dica para as Autoridades ligadas ao turismo.

Para terminar, faço uma proposta: Dirijam-se a Vila de Micoló quando quiserem saborear um bom grelhado ou um bom petisco. Não vão-se arrepender de certeza.

Bom apetite!

Fernando Simão

Dezembro/2018

 

 

7 Comments

7 Comments

  1. Adilson

    7 de Dezembro de 2018 at 14:38

    Boa tarde Senhor Fernando Simão.

    Excelente artigo, somente fiquei com dúvida, que tipo de complicação por vezes acontece: exigir o cumprimento das regras básicas de higiene e segurança alimentar?, fazer com que as iniciativas se desenvolvam alinhadas as políticas do sector?, tentar inserir essas pequenas iniciativas num desenvolvimento sustentável e formal ou quê.
    Gostaria que fosse mais explícito. Obrigado

  2. MadreDeus.igreja

    7 de Dezembro de 2018 at 16:35

    Pois é, as nossas mãe, tenhem que inventar o ganha pão para sustentar seus filhos. Já que os políticos, não criam empregos. Destruíram toda infraestrutura do país. Nem lugar para guardar peixes elas não tenhem.
    Tem que ser elas a sustentar a mãe, já que o pai, não faz nada e ainda por cima tem outras mulheres, filhos passam fome.

    Muito obrigado mães, pela vossa coragem, pela força, não baixamos os braços, nem que os políticos roubam tudos, havemos de vencer
    Jornada a jornada, que deus vós abençoem

  3. Zani

    7 de Dezembro de 2018 at 18:26

    Hum! Assim fico com água na boca! Que saudades de minha terra! Única e incomparável no mundo! Desejo sorte a toda vila e que se desenvolva cada dia mais!

  4. Carlos António

    7 de Dezembro de 2018 at 19:42

    Artigo mal escrito e mal formulado! Obra de um estagiário. Veja bem a contradição que puseste os leitores Fernando Simão

  5. João Carlos Gonçalves de Matos

    7 de Dezembro de 2018 at 19:51

    Estou há sete dias nesta ilha fantástica e estou maravilhado. As pessoas são muito simpáticas, a gastronomia é ótima e a paisagem é única. Por favor, mantenham a autenticidade e promovam o desenvolvimento sustentável. Um abraço, João Carlos Matos

  6. Ralph

    10 de Dezembro de 2018 at 6:13

    Espero que a visão articulada no artigo acabe por se tornar a realidade. Já vi um artigo recente, pela empresa turistica Lonely Planet, em que São Tomé e Príncipe se constata na lista dos 10 melhores países para visitar em 2019. Isto faz-me pensar que STP está a ficar cada vez mais reconhecido como um destino turistico, especialmente entre os turistas mais aventureiros. Porém, estou certo de que vai haver muito tempo até que o país desenvolva a infraestrutura necessária para atrair e acolher turistas a um nível grande. O que é uma coisa boa porque há muitos países já estragados pelo turismo, tal como a Itália. Eu estive lá recentemente e fiquei muito desiludido à perspetiva de muita gente a passear em todas as ruas, fazendo impossível desfrutar de um local que, sem dúvida ia ter sido muito bonito nos anos antes da chegada do turismo em massa. Pode-se dizer que a Itália é um país que se tem vendido a sua alma ao altar de turismo em massa. STP não quer estar numa situação dessas.

    Por isso, faço eco ao comentário de João Carlos Gonçalves de Matos, em que espero que o turismo avance, mas de forma sustentável. Ninguém quer ver um país como São Tomé e Príncipe arruinado por turismo que tenha progredido demasiado rapidamente, porque é isso que pode acontecer se turismo apanhe depressa e sem cautela. Prossigam com pressa mas também com cuidado!

  7. Agulha sombra

    9 de Janeiro de 2019 at 14:23

    Tela Non, turismo local de comes e bebes, tudo com muito pouca higiene e pouco respeito pela natureza. Não serve para o turismo estrangeiro, para atrair divisas entendem? O famoso qua-non e a falsa sensação de liberdade que rapidamente se transforma em falta de respeito e boçales, estive lá. Não tentem enganar os emigrantes! Não vale tapar o sol com a peneira!

    O turismo em São Tomé deve-se à iniciativa de alguns particulares locais e estrangeiros. Os governos nada fazem para tornar o país acolhedor, com as suas mafias distroem a arquitetura existente, as roças que poderiam ser a base do turismo estão todas abandonadas, a cidade imunda, o povo boçale e pouco acolhedor ( quando um branco vai na rua começam a gritar blanco ê, queria ver um santomense a levar o mesmo tratamento na Europa) as principais praias distruídas, enfim um país à deriva tomado pela corrupção e a falsa sensação de liberdade- deixa-os fazer o que quiserem enquanto nós roubamos e fingimos que governamos.
    De facto o turismo nestas circunstâncias beneficiará somente às estâncias turísticas e pouco mais, não será um polo de desenvolvimento de muitas outras actividades porque o Estado nada faz para organizar o país em geral para que o turista possa gastar o seu dinheiro para além das estâncias turísticas.

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