O chocolate de alta qualidade produzido em São Tomé e Príncipe, está a perder o mercado internacional. Tudo por causa do bloqueio aéreo à produção nacional de alta qualidade que começou em Agosto passado.
Após 3 meses de bloqueio, em que as principais praças internacionais decidiram suspender a encomenda do chocolate nacional, a companhia aérea portuguesa, manifestou-se solidária com a empresa produtora de chocolate de São Tomé e Príncipe, permitindo a exportação de pequenas quantidades.
Ajuda da TAP que segundo Cláudio Corallo, evitou a morte imediata da produção nacional de chocolate. «A ajuda que estamos a ter da TAP é importante porque evita que morramos de imediato, prolongando apenas a agonia», declarou.
De acordo a Cláudio Corallo a agonia persiste uma vez que para além de a TAP não poder transportar a quantidade de chocolate encomendada pelo mercado internacional, já a partir de Novembro as portas d transportadora aérea portuguesa poderão fechar novamente.
Tudo porque nesta altura aumenta o número de passageiros que escolhem São Tomé e Príncipe para passar as férias de natal e ano novo. Por isso a TAP, estará novamente condicionada em termos de capacidade de carga.
Um cenário de morte lenta para a produção nacional de chocolate de alta qualidade após a conquista do mercado internacional.
Para melhor compreensão do momento actual, marcado pela perda do mercado já conquistado, Claudio Corallo, dá o exemplo das lojas de Milão-Itália, que encomendaram 2 toneladas de chocolate em Agosto passado. Graças a benevolência da TAP, a empresa só conseguiu enviar cerca de 500 quilos de chocolate.
Em consequência do bloqueio aéreo, o mercado italiano, já não fez encomenda de chocolate para o mês de Outubro, uma vez que até a presente data, o chocolateiro nacional, não conseguiu dar resposta a encomenda feita em Agosto.
O mesmo acontece com as outras praças internacionais que foram conquistadas pelo chocolate do cacau de São Tomé e Príncipe, nomeadamente Frankfurt – Alemanha, Amesterdão – Holanda, São Francisco – EUA, ou Paris – França.
Mas, São Tomé e Príncipe tem duas companhias aéreas que ligam o arquipélago à Europa. A STP – Airways é uma delas e ostenta a bandeira nacional. No entanto a companhia de bandeira são-tomense, simplesmente ignora o transporte do produto de marca nacional.
O Téla Nón constatou isso mesmo nos escritórios da STP –Airways em São Tomé em Setembro último. O Jornal solicitou uma entrevista para saber as razões que do não transporte do chocolate nacional para Europa.
Os serviços exigiram que o Téla Nón fizesse o pedido por escrito, uma vez que segundo a responsável que atendeu ao jornal, a nova directora da companhia aérea que foi nomeada há alguns dias antes, tinha se ausentado do país.
Foi garantido ao Téla Nón que com base na nota escrita indicando as razões da entrevista, o jornal teria uma resposta. A nota foi feita e entregue nos serviços administrativos da STP-Airways no início do mês de Setembro. Até hoje não houve qualquer reacção ou resposta da STP – Airways.
Surda e muda diante de um assunto de interesse nacional, a companhia de bandeira, persiste no silêncio, mesmo quando a empresa produtora de chocolate manifesta a sua aflição. « Da STP – Airways nunca recebemos qualquer informação», desabafou Cláudio Corallo.
A companhia de bandeira nacional, não deu conta que “satisfação vale ouro”, e talvez ainda não percebeu que deveria jogar papel importante na economia do país que ostenta a bandeira.
As consequências do bloqueio aéreo sobre a exportação do chocolate nacional, são visíveis. Na manhã desta quinta – feira a empresa produtora de chocolate, despediu 6 funcionários, porque está a trabalhar a meio gás, resultado do corte nas encomendas.
A produção de chocolate nacional, garante também o pão de cada dia para centenas de agricultores, sobretudo da ilha do Príncipe. Pão de cada dia das famílias agora em causa, pelo bloqueio aéreo da STP-Airways, uma vez que o produtor de chocolate suspendeu a compra do cacau na ilha do Príncipe. «Tivemos que parar com a compra de cacau porque não temos dinheiro», precisou Claudio Corallo.
STP – Airways continua em silêncio, diante da agonia da produção nacional de chocolate e de centenas de agricultores, que perderam a fonte de renda.
Abel Veiga
Original
22 de Outubro de 2015 at 17:01
Agem assim porque os políticos comem nas suas mãos e mamam nas suas tetas.A política real é aquela direcionada aos cidadãos.
João Rosário
22 de Outubro de 2015 at 17:13
Este é que é um assunto que o senhor Patrice Trovoada deveria estar preocupado. No entanto ele finge que não é nada com ele, que ele não sabe de nada nem que o seu governo deve fazer alguma coisa. Isto é uma república das bananas. Um governo existe para resolver os problemas das pessoas. Existe um problema que coloca em causa postos de trabalhos de muitos cidadãos, que coloca em causa a imagem do país e no entanto o governo não faz nada, não diz nada e reage como coisa que nada existe? Sinceramente que eu nunca pensei ver uma coisa desta.
jorge de jesus
22 de Outubro de 2015 at 20:53
Isto só pode resumir no seguinte: Olho Cheio, Má Fé
Todos devíamos bloquear esta dita companhia nacional STP Airwaise.
Todos os santomenses deviam boicotar esta empresa e não viajar na mesma.
Ela não vale nada.
A TAP também devia dar uma certa prioridade a este assunto
Força Corale que Deus vai te ajudar
JJ.
Maria silva
22 de Outubro de 2015 at 21:55
E quem disse que o patríce trovoada ( chefe do governo ) está priecupado com São Tomé e Príncipe e seu povo ou sua gente????
O indivíduo em questão está única e exclusivamente interessado no que stp pode lhe oferecer, os benefícios que ele tem ( estatuto ) como chefe do governo e os prevílegio que virá a ter a nível internacional caso vier a ser Rresidente da República !
Conclusão : O tipo é um nada ( sem formação nenhuma ) que está a fazer de stp e o seu povo degraus para atingir seus objectivos .
Deus perdoe os nossos pecados
Atento ao Dossier
22 de Outubro de 2015 at 23:29
Com todo o respeito,isto já é um assunto que cheira mal,embora o chocolate seja óptimo.
Porque que razão é que o Produtor/Exportador não envia,o produto
via maritima em contentor refrigerado??
Por esta via passados no máximo em 15 dias estará nos mercados.
Ilha do P´rincepe
23 de Outubro de 2015 at 8:46
Um País, de tantos Governos e governantes que já teve sequer um procurou dar uma vida condigna ao seu povo, quer em termos de trabalho, comercio… etc.
Este é o papel do governo na procura de soluções para certas questão que põe em causa o bom nome do País e de certas fragilidades precoce da nossa economia.
Patrice Trovoada, por favor faça qualquer coisa, pelo menos a nossa economia tenha um folego na exportação, uma vez que nos só sabemos pedir em nome do povo para depois roubar.
São Tome e príncipe não merece passar por todo isso, depois perdemos tempo a falar de investidores externos uma vez que não temos condições criadas para os que já estão do País.
STeP IN LONDON – só terá êxito se o Governo souber quebrar certos bloqueios que existe nesse País, criar condições internas que incentiva os investidores, dar mais facilidades aos mesmo, esse é o papel do Governo.
Estrangeiro
23 de Outubro de 2015 at 9:51
Porque uma linha aérea nacional – se não serve os interesses nacionais???
Vaima Shamar
23 de Outubro de 2015 at 11:47
Apelidar de “boicote” a situação de falta de capacidade de transporte de carga nos voos TMS/LIS é simplesmente inflamatório. Na minha modesta opinião não tem o país nem a sociedade nada a ganhar com outra que não seja uma aproximação racional e calma ao problema.
Os transportadores aéreos como qualquer outro agente económico tomam as sua decisões com base numa lógica de maximização dos lucros, o que inclui a minimização dos seus custos. Nem todos os aviões se prestam à substituição económica de passageiros por carga e à la limite vários tipos de avião com o número máximo de passageiros (e suas bagagens) não dispõem de capacidade adicional para o transporte de carga aérea.
A procura de soluções compete aos agentes de importação/exportação envolvidos, com o apoio das entidades do Estado. Não é aqui o lugar para me expandir sobre vias de diálogo ou vias alternativas. A minha interevenção visa somente chamar a atenção para a necessidade de evitar o uso totalmente indevido de linguagem inflamatório e populista.
Eusebio Neto
23 de Outubro de 2015 at 15:57
Governo de S. Tome e Principe, acuda a produtora nacional de chocolate porque assim estara a acudir tambem milhares e milhares de eleitores santomenses que deu a ADI e ao Patrice Trovoada maioria absoluta para governar!
Comprem aviao, estabelecam parceria, obriguem a STP Airways, enfim, encontrem solucao para esta gravissima situacao socio-economica que ameaca o pais. Afinal para foram eleitos?
Isto deve ser pura e simplesmente interpretado como incompetencia absoluta para governar.
Fica o desafio.
ANCA
23 de Outubro de 2015 at 21:41
Mais uma vez, o assunto acima remete-nos para a questão de organização gestão interna do Estado País (Território/População)…
E de algum lado temos que começar, o tempo é hoje e agora…
Andamos a muito a apanhar a agua com cestos, quinze anos perdidos numa visão limitada da produção organização de economia sector produtivo bem como do País, abertura democrática, quedas atrás de quedas de governos, conflitos pessoais, partidários, pouca visão do trabalho, pouca ou nenhuma organização social, cultural, desportiva, ambiental, politica, económica e financeira, enquanto o mundo se organizava, se transformava e se desenvolvia, pelo menos do que as principais economia do planeta diz respeito.
Esquecemos de ver as costas dos outros para o bem e para o mal…
O mal está em nós na nossa forma de ser estar, de fazer e saber fazer…
Corrupção, inveja, pouco gosto pela cultura de organização e trabalho, mulherenguices, pouco sentido de Estado, falta de humildade, arrogância, crença na bruxaria ao em vez da ciência e tecnologias, no valor trabalho e organização mediante regras bem explicitas, etc, etc,
Eis que é chegada da lucidez, do altruísmo…
Por mais dinheiro que haja, por mais investimentos e ajuda económica e financeira externa, que haja se o Território e População bem como a própria organização e gestão do Estado, jamais for feita, será igual a caos, social, cultural, ambiental, desportivo, politico, económico e financeiro…
Bem podemos andar a criticar este ou aquele Primeiro Ministro, Ministros, Presidentes da República, o mal está em nós…todos os SãoTomenses.
E mais digo…
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
Vaima Shamar
24 de Outubro de 2015 at 11:48
Ao censurar a minha contribuição mostram que afinal tal como aqueles que critica também o Tele Non não aceita qualquer forma de criticismo, mesmo que ligeiro, bem intencionado e fundamentado.