Economia

TANAKA leva para o Japão o encanto do cacau de São Tomé

TANAKA, é o nome de uma empresa do Japão que desde 1963 destacou-se na comercialização do café.

Em 2019 estabeleceu-se em São Tomé, mas desta vez para produzir e brindar o mercado japonês com o aroma do Cacau da ilha de São Tomé.

«Nós estabelecemos a nossa própria fazenda de cacau em 2019. O objectivo , é de preservar as variedades nativas de cacau de São Tomé e melhorar ainda mais a sua qualidade. Este cacau por sua vez será enviado para o Japão, onde é divulgado.», explica a empresa TANAKA numa nota enviada ao Téla Nón.

A empresa japonesa está empenhada em produzir chocolate de alta qualidade apenas com cacau de São Tomé. Criou parceira com a Cooperativa de Exportação de Cacau Biológico, a CECAB.

No quadro da parceria dá apoio técnico, financeiro e material às mulheres que produzem cacau de alta qualidade.

Para revitalizar o plantio do cacau original de São Tomé, TANAKA decidiu comprar 1 hectare de terra agrícola abandonada. Baptizou a parcela de terra com o nome “Fazenda da Esperança do Cacau Biológico”.

Através da técnica de enxertia os cacaueiros plantados em 2019 já começaram a lançar novos ramos.

O grupo privado japonês já começou a promover o cacau de São Tomé e o chocolate produzido como uma marca de referência no mercado nipónico.

O mercado asiático, por sinal o maior e o mais rentável do mundo, procura produtos transformados ou matéria prima de alta qualidade de São Tomé e Príncipe. As duas culturas centenárias de do país, Cacau e Café, continuam a ser as marcas mais valiosas do arquipélago no mercado mundial.

O mundo desenvolvido busca a produção nacional, e desafia os decisores políticos e os agricultores a trabalharem sério na revitalização da produção do cacau e também do café de alta qualidade.

O mercado mundial teima em dizer a São Tomé e Príncipe que pode ganhar mais dinheiro, e promover o crescimento, através da sua marca mais valiosa, cacau e café.

Abel Veiga

Veja em PDF o projecto TANAKA em São Tomé –

1 Comment

1 Comment

  1. Madiba

    5 de Outubro de 2023 at 9:33

    Muito obrigado, Abel Veiga pela espetacular reportagem. Mas se permitir-me eu quero dizer o seguinte:
    Aquando da distribuição de terras, talvez a agricultura no nosso país seria diferente caso houvesse na altura, cautelas em direcionar bem a quem entregar essas terras. Resultado, pouca produtividade agrícola, médias empresas abandonadas ou quase abandonadas e matagal a invadir áreas já desflorestadas. E Comparticipação para a economia do país, Zero ou quase zero. E, perante a reportagem de um caso de sucesso pode ser que, os políticos tirem daí alguma ilação para o bem de S.Tomé e Príncipe. Que Deus nos abençoe!

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