No dia 12 de julho de 1975, a praça da independência arrebentou pelas costuras. Milhares de são-tomenses se concentraram na praça histórica, para ver e viver o nascimento do novo país.
O discurso do jovem Presidente, transmitiu o sentimento e a determinação do povo. «12 de Julho de 1975 foi um dia que vivemos com união, fraternidade, igualdade, solidariedade, entreajuda, esperança e confiança no futuro, patriotismo e, sobretudo, com orgulho da nossa identidade de ser santomense», declarou o Presidente da República.
40 anos depois a semelhança dos últimos 20 anos, a praça da independência registou fraca afluência do público no acto central do dia maior do país. «São esses sentimentos vividos nesse dia, fundados em valores que nortearam a luta pela libertação que hoje, 40 anos depois, temos de ser capazes de renovar e reviver para assim festejarmos, com entusiasmo, mais um aniversário da nossa independência. São valores que devemos respeitar e que temos de ser capazes de transmitir às gerações mais jovens. Aos que nasceram livres e nunca viveram a opressão colonial», referiu Pinto da Costa na Tribuna.
O Primeiro Presidente de São Tomé e Príncipe, recorreu a um estrato do seu discurso no dia 12 de julho de 1975, que 40 anos depois continua a ser actual. «“ Estou firmemente em crer que todo o nosso povo estará connosco, que todo o nosso povo tem a consciência desse momento e nós conseguiremos com ele construir uma pátria nova. Uma pátria onde todos os homens de São Tomé e Príncipe serão felizes”
Quarenta anos depois este tem de continuar e continuará a ser o nosso grande propósito», sublinhou Pinto da Costa.
O passado, já não pode explicar os fracassos de hoje. «Não podemos fazer da nossa história um alibi permanente para a situação em que o país se encontra nem justificação para que São Tomé e Príncipe não arranque em direcção ao progresso.
Temos de ser capazes de assumir os erros cometidos com humildade porque todos os cometeram e a, partir daí, ultrapassar o passado, encarar com realismo o presente e construir, com esperança, o futuro», frisou.
O Presidente de Cabo Verde Jorge Carlos Fonseca, foi o mais alto representante estrangeiro na Tribuna de honra dos 40 anos da independência.
Uma festa pela primeira vez marcada pelo desfile de dois contingentes de militares estrangeiros. Um da Guiné Equatorial e outro do Gabão. Dois países que albergaram e apoiaram os nacionalistas que travavam a luta política contra o colonialismo português.
O leitor é convidado a ler na íntegra o discurso dos 40 anos da independência nacional, e a analisar também o primeiro discurso da independência, ambos proferidos por Pinto da Costa.
1 975 – Primeiro Discurso da Independência
2015 – Independência 2015
Abel Veiga
Maria silva
14 de Julho de 2015 at 10:11
Senhor Presidente Manuel Pinto da Costa , eu particularmente simpatizo com a sua maneira de fazer a política , concordo em grau, número e género quando diz que não podemos viver referm do passado e é verdade que somos tds culpados ( pela situação atual do pais ) e nesses últimos anos o maior responsável por isto tem sido o povo, por pouca capacidade de separar TRIGO de JOIO ( se calhar por serem ingênuos demais )!!
Como Santomense sempre esperançosa de um STP melhor, fico triste , revoltada em saber que patrice emery trovoada filho de Miguel Trovoada ” óvô má bissú ” fez de stp um ring aonde o adversário mortal é o Pinto da Costa por um ódio ou prazer sei lá oquê, que não nos traz benefícios nenhum a “nós os Santomenses” .
O mais triste é que existem alguns Santomenses feitos com ele ( patrice ) uns por alguns trocos e outros por má fé mesmo, e outra parte ” povo pequeno ” por serem ingênuos demais ( para não dizer burrinhos)!
Súmù ê lìvlá ânca ni bocá di cassô ê…
arelitex
23 de Julho de 2015 at 17:00
cara Maria Silva eu nâo concordo consigo em algumas partes do seu raciocínio mas respeito .acho que alguns assunto têm que ser encarados de uma forma mais clara .por exemplo na sua intervenção em que diz que os maiores culpados da situação do país têm sido o povo . vou-lhe dar exemplos do contrário : se eu comandar uma equipa de um numero elevado de pessoas ,mas por um motivo qualquer essa equipa nâo funcionar . a culpa nâo é da equipa mas sim minha porque nâo tenho capacidade para ensinar educar e comandar essa equipa . a culpa está em mim como líder .vou-lhe dar outro exemplo :quem ensina e quem marca o caminho do povo e do país e lhe traça as directrizes e as regras ,é o governo .vou-lhe dar outro exemplo , sabe que nos países evoluídos todos os anos existe melhoramento e alterações nas regras já existentes .a própria Alemanha como exemplo á 20 anos atrás levou um ano a ensinar o povo que tinha que separar os diferentes lixos em baldes diferentes nas casas particulares . o que aconteceu no nosso país foi termos dirigentes sem capacidade para esses cargos , incluindo o senhor Pinto da Costa que nâo conseguiu ensinar nada ao povo . deixou o povo como se fossem câes vadios a fazerem tudo o que lhes passasse pela cabeça .e o resultado foi destruição do país . portanto nâo vamos limpar as costas aos dirigentes todos estes anos e atirar as culpas maiores para cima do povo .no meu entender os únicos culpados foram todos os dirigentes .em que o senhor Pinto da Costa está incluído com uma percentagem muito elevada .conseguiu fechar os olhos a tudo .
seabra
14 de Julho de 2015 at 19:00
Mari,é de facto verdade o que disse sobre o odio que a familia Trovoada detesta o Manuel Pinto da Costa.
O PT e o pai MIguel, regressaram para STP com 2 objectivos:
– o PODER +Dinheiro
– VINGAR-SE do MPDC.
Todos se lembram, do caso da tentative do Golpe de Estado e Complô de assassinato contra o Pinto da Costa, cuja a cabeça do dito complô de 1978,foi o Miguel Trovoada e Capangas.
Eis porque o pr.Pinto refere-se de esquecer o passado,embora seja ele quem foi visado…mas perdoou,ao passo que os responsaveis do acto são rancorosos…daí ve-se quem é quem!
A Maria disse justo,sobre os do time do PT…o mais perigoso de todos eles e o Afonso Varela, militante numero UM da JOTA,fanático do Pinto da Costa na altura da independencia,hoje faz parte daqueles que mais trairam o MLSTP e o que mais odeia o Pinto da Costa.
O Gabriel da Costa, também traiu o MLSTP e o Pinto,mas por ter se zangado com os Trovoada, depois de lhes ter apoiado à regressar para STP em novembro de 1990,ele reconciliou-se com o Pinto.
Eis o resumo dos factos….contra,nao ha argumentos.
Nada se esquece.
seabra
14 de Julho de 2015 at 19:40
Gostaria de acrescentar o seguinte:
STP nao conheceu a luta da libertação nacional. A independência foi obtida gracas aos outros países das ex.colonias e o 25 de Abril de1974.
O povo nao estava preparado para acompanhar este grande acontecimento historico,infelizmente,pois que nao passou por etapas importantes,para dar conta do trânsito,feito pelo sacrificio,sofrimento ….finalmente, pelo merito.
O povo desconhce os seus deveres,os seus direitos etc. Nada foi feito no momento útil,porque a rivalidade e à guerra para o PODER foram imediatos.
Ralph
15 de Julho de 2015 at 2:01
É isto que acontece em muitas nações ex-coloniais. Conceder independência a um território é um passo que carrega muito peso, ambos pelo colonizador e pela colónia. Apesar de toda a gente ir concordar com o princípio de independência, não deveria ser atribuido a não ser que a colónia estiver preparado para ser independente. Isto inclui assegurando que a governação e as instituições políticas sejam robustas, que existam mercados a funcionarem que podem ganhar dinheiro pelo país, e que o nível de corrupção seja baixo. Muitas colónias foram dadas a sua independência antes de estas coisas terem sido num estado de prontidão. Como resultado, estas agora nações independentes têm lutado para consolidar o seu lugar no mundo. Se estes elementos não fossem fortes, frequentemente seria tido melhor esperar mais algum tempo para se tornar independente. Receio que isto seja o que aconteceu com São Tomé e Príncipe. Felizmente, estes problemas podem ser superados com a boa vontade e o duro esforço de um governo e a sua população.
arelitex
18 de Julho de 2015 at 12:13
Seabra gostaria só completar a sua intervenção dizendo o seguinte .curiosamente quando se deu o 25 de abril ,tinha chegada a altura de alienar os territórios ultramarinos . Angola e Moçambique tinham os seus movimentos de libertação e a coisa decorreu como era de esperar . S Tomé nâo queria tornar-se independente e chegou até a propor a Lisboa para ser uma região autonoma .Lisboa nâo aceitou esta posição porque nâo havia meio de convencer os parceiroa europeus que um território situado em àfrica obtivesse o estatuto de região autónoma de Portugal . quem diria que S Tomé que sempre foi um território rebelde morresse por ultimo por amores a Portugal .S Tomé nâo queria e o povo sabia que nâo estava preparado para ser independente .
Maria silva
14 de Julho de 2015 at 22:58
Seabra ja descobre que voçê é do sexo femenino!
Gosto da maneira lúcida como voçê se posicionou á nivel politico ( em stp ) porque da maneira como as coisas têm corrido na grota , encontrar alguem lúcida, coerente esta dificil como encontrar agulha no palhero ( muitos até têm olhos mas recusam se em ver, devidos uns trocos)!!!
ANCA
15 de Julho de 2015 at 23:00
Na vida tal, como na organização, gestão de um País(Território/População), existem três momento….
O Passado, O Presente e o Futuro…
O passado passou de nada nos servi, apenas para recordamos e apreendermos com a memória/exemplo, se bom ou mau…
O tempo que verdadeira mente é hoje e agora, e hoje e agora, juntos podemos fazer tanto,…pelo País(Território/População)…acredita, acredita em ti, és capaz, todos juntos somos capaz, de fazer mais e melhor hoje e agora…
O futuro, o amanhã de nada sabemos… se se nos organizamos, se se gerirmos melhor o País(Território/População/Mar/Agua/Ar), a nível social, cultural, ambiental, desportivo, politico, económico e financeiro hoje e agora, estaremos a cimentar a base do futuro,… com a pratica do bem…com humildade,… sentido de Estado…com respeito pela diferença,…com união, apesar da diferença, congregando esforços, partilhando saber,…, mudando o nosso modo de ser estar-(arrogância – ganância – vaidade política -preguiçosos-irresponsável – poucos sérios – mulherengos) – etc,…
A titulo de exemplo, e uma realidade que choca – violação de menores, abandono infantil, meninos de rua, idosos abandonados, jovens que têm que abandonar estudos, por causa da gravidez, e muitas vezes, tem que ser mãe solteiras, quando ainda têm idade para prosseguir estudos,….a realidade de fome e miséria, pobreza,…roubos, crimes, corrupção, desleixos,… desestruturação familiar…
Pois a família é a instituição base da sociedade,… quando desestruturada, toda a sociedade saí a perder – perda de valores e carácter, falta de coesão nacional…é urgente por no centro de ação, normas para fortificar a instituição família…
A Administração/Gestão…
Umas das grandes desvantagens da nossa sociedade e instituições, falta de organização, falta rigor, falta de cumprimento pelas regras, pelas normas jurídicas, má gestão dos processos, irresponsabilidades, falta de sentido do Estado…falta de Educação(a educação é mais do que somente ter uma formação superior académica), Falta de caracter, falta de estrutura mental desenvolvida, modo de ser estar…
Consequências;
País(Território/População/Administração/Gestão/Execução), desorganizado, sem regras, sem cumprimento da Lei, sem cumprimento de atos regras da Justiça, sem assertividade…sem cumprimentos de horários de começo, de abertura, de prazos tramites, falta de cumprimento de atos protocolares do funcionamento, para a programação das cerimónias oficias…
Instituições de Estado Fracas – Presidência da República, Assembleia da República, Gabinete de Primeiro Ministro, Ministérios, Instituições da Região Autonoma do Príncipe, Camara Municipais, Tribunais, as Finanças, Hospital, Centros de Saúde, Federação SãoTomense de Futebol , Andebol, Basquetebol, Ciclismo, etc…Partidos Políticos, ADI, MLSTP, PCD, UDD, MDFM, Mercados Municipais, TVS, Radio Nacional, Meios de Comunicação Social etc, etc….
Falta de rigor, falta de cumprimento de horários, falta de assertividade, falta de regras de funcionamento bem definidas e que devem ou pelo menos deviam ser respeitadas…
Exemplo – Quando uma cerimónia oficial está marcada para começar dentro uma determinada hora, mas a falha no agendamento protocolar de preparação… adiamento da hora de começo porque o Sr Presidente está atrasado, ou porque o Sr Ministro está atrasado, etc.. porque o cidadão tal e fulano tal está atrasado…
Isto tem a ver com o modo de ser estar, saber e saber fazer…
Enquanto houver regras de funcionalismo da Administração/Gestão Pública, pouco ou nada definidas, que jamais se cumpre a irresponsabilidade e desorganização, falta de sentido de Estado, pobreza e miséria, material e de espirito, corrupção continuará a aumentar no seio sociedade do País(Território/População)… com consequências que todo sabemos, espirito de leve leve e deixa a andar, desleixo pela causa Pública, atraso no desenvolvimento pouca inovação modernização e avanço Social, Cultural, Ambiental, Desportiva Politica, Económica e Financeira…
Indivíduos, cidadãos, funcionários, empregados, pouco ou nada competentes, pouco sérios, irresponsáveis, desleixados, preguiçosos, com falta de visão de funcionalismo.
É altura de unirmos para mudar está realidade, pois o Exemplo deve vir de Cima…
Aqueles que têm a missão de executar, devem de tudo, fazer para fazer cumprir as normas, as regras do funcionamento do Estado…aqueles que têm a missão de cumprir, façam com brio profissional, pelo melhor do seu País(Território/População), melhor pela sua, sociedade…e julgas que estar de fora? Faz a tua parte, muda as tuas atitudes e comportamentos, para ver mudar a tua sociedade, começa por dar exemplo de cidadania… faz o que é certo, faz o bem…
É altura de Modernização do Funcionamento da Administração Pública.
Hora de abertura… Hora de Almoço… Hora de Fecho… Trabalho é Trabalho Conhaque é Conhaque… Há tabelas e preços e emolumentos devem ser cumpridos, o cidadão deve pagar o que é justo, nem mais nem menos, nem por debaixo da mesa, nem por cima, porque isso é corrupção, desvio da norma, o funcionário, empregado, deve ser punido severamente.. se possível com despedimento.
Modernização das Instituições, com Regras de Funcionamentos, Formação, Parcerias, Inspeções e Auditórias Internas Externas, melhorias das condições de trabalho, etc…
Se queremos mudar o País(Território/População), á nível Social, Ambiental, Cultural, Desportivo, Político, Economico e Financeiro.
Numa palavra
Começar a Organizar a Gerir Melhor
E pensas que estar de fora, começa tu a fazer a tua parte hoje e agora…
Acredita muda, muda a tua visão do País(Território/População), sabes o que é bem e mal, pensa, analisa, pergunta, partilha e faz melhor…
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
ANCA
15 de Julho de 2015 at 23:19
A tarefa é difícil, é árdua, mas jamais impossível, hoje e agora…
Deve estar acima das paixões/vaidades/vontades políticas partidárias, pois trata-se de ter vontade caracter, pragmatismo, para inverter a realidade dos dados estatísticos,…da própria realidade aos teus olhos…
Como podes viver bem, em tua casa, ter água luz gaz, comendo e bebendo do melhor, tendo na tua memória visual quando saís a rua, ver a realidade, em que encontra teu concidadão, que nasceu na mesma condição de que tu, na mesma maternidade, na miséria, fome….pobreza?…
Ver crianças a ser violadas e entregues á prostituição,… na rua enquanto teus filhos vivem de melhor,…?
Ver o abandono desleixos caos, sem nada fazeres…?
Ver idosos que outrora deram tanto do seu sangue ao País(Território/População), na rua com fome, abandonados,… enquanto andas de carro no conforto de ar condicionado e vidros fechados,…?
Ruas sujas de lixos,… teus cidadãos a escolherem comida no lixo para comer,…roupa no lixo para vestir, etc, etc…
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
Maria silva
25 de Julho de 2015 at 0:44
Caro senhor ( a ) arelitex ; respeito a sua opinião ( é sempre bom que haja ponto de vista diferente ) e acredito também que este espaço na qual o Abel Viega nos concede possa ser aproveitado como um espaço de troca de conchecimentos acima de tudo .
Quando referi que o povo ( nos ) somos o maior responsável pelo nosso retrocesso é verdade , tendo em conta numa sociedade democrática como a nossa , o povo tem e deve posicionar ( o povo tem que saber o quer e aonde quer ir / chegar) falei com base nisto !
E com os exemplos que foram citados : como por expl comandar um número levado de pessoas ( digamos dentro de um navio ) se a rota que foi traçado pelo o mesmo não estiver à dar certo é justo que tds ponham se de pé, e propondo que seja feito diferente , no meu entender eu tenho a certeza que povo pode e dever mudar o destino do seu pais .
Espero ter feito entender o meu ponto de vista !