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Milho: Ministro diz que é híbrido mas aguarda pelos estudos do CIAT

A Imprensa Internacional espalhou pelo mundo, que a primeira acção de cooperação da China em São Tomé e Príncipe a nível da agricultura, é marcada pela introdução do milho transgénico no arquipélago.

Elsa Garrido, cidadã são-tomense radicada no estrangeiro, escreveu uma carta aberta ao Governo, exigindo o fim de tal processo, que pode por em causa todo o ecossistema nacional, sem falar das complicações para a saúde pública.

A cidadã são-tomense, já pôs em marcha um movimento da sociedade civil, para impedir a cultura transgénica em São Tomé e Príncipe.

O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Teodorico Campos, chamou a imprensa para contestar a notícia divulgada pela imprensa internacional. «Em nenhum momento o Governo vai produzir milho de variedade transgénica, porque sabemos quais são os riscos. Tranquilizar a população são-tomense no país e na diáspora de que em nenhum momento o Governo autorizou a produção do milho transgénico», declarou o ministro Teodorico Campos.

O Titular da pasta da agricultura, garantiu que o milho que está a ser testado na zona de Mesquita em São Tomé, é híbrido e resulta de uma proposta apresentada ao Ministério da agricultura pela missão técnica da República Popular da China.

O Objectivo da produção do milho híbrido é segundo o ministro, garantir a produção de ração animal. «Decidiu-se pela produção do milho híbrido para garantir a produção de ração animal», frisou.

Teodorico Campos, explicou que o teste está a ser realizado em menos de 1 hectare de terra, e que segundo dados da missão técnica chinesa, o milho híbrido permite uma produção de 8 a 9 toneladas por cada hectare.

O ministro advertiu os que difundiram a notícia segundo a qual, está a ser introduzido milho transgénico no solo são-tomense. «Não queremos que desacreditem as relações de cooperação entre os dois países», afirmou.

No entanto o ministro da agricultura, anunciou em conferência de imprensa, que não é a pessoa indicada para dar detalhes técnicos sobre a questão «Não sou eu a pessoa indicada para falar sobre isso. É o CIAT que deve nos dar todas as explicações. E esperamos que depois dos resultados o CIAT vai nos comprovar», pontuou.

CIAT, é o Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de São Tomé e Príncipe. Está localizado em Potó-Madalena, e é um departamento do ministério da agricultura.

Por sua vez, Hou Xiaoping, chefe da missão técnica da China para o sector da agricultura, rejeitou a informação segunda a qual está a introduzir milho transgénico no país. O Chefe da Missão chinesa, recordou que o seu país tem uma política de controlo e proibição de espécies transgénicas. «As sementes de milho que trouxemos não são transgénicas. Mas sim milho híbrido. Este milho foi cedido pelo ministério da agricultura da China. Na china este milho tem uma produção de 8 a 9 toneladas por hectare e é bom para a produção de rações», sublinhou.

Segundo Hou Xiaoping, o milho que está a ser testado em São Tomé, é também utilizado em vários países do mundo de clima tropical.

Abel Veiga

4 Comments

4 Comments

  1. Brasileiro

    17 de Abril de 2017 at 14:30

    Tudo ok então, tendo em vista que culturas hibridas em si não são ameaça ao consumo, à saúde ou ao ecossistema desde que observada uma cultura sustentável que não promova o desmatamento/desflorestamento.

  2. paxença

    18 de Abril de 2017 at 11:27

    híbrido ou transgénico são da mesma família….

  3. Gervasio . A . Neves

    19 de Abril de 2017 at 9:44

    Muito bom dia S.Tomé e Principe , muito bom dia os santomenses deste arquipélago. O que desejo em S.Tomé é para termos uma concordancia com uns aos outros porque o titular deste ministerio( Teodorico Campos ) como um responsavél de Agricultura achei, acho-me que é habilitado para suas funçôes . Nâo distabilizar a nossa jovem coperaçâo, eu gostaria que seguirmos em frente, ver a onde tem a clareza e nâo seguir a escuridâo se nâo vamos todos topadar os dedos e com riscos de arrancar as unhas dos nossos pés . Estamos fartos de residir nas terras acolhedoras onde foi coperada. De Gervasio em Libreville- Gabâo para S.Tomé e Principe

  4. Manuel Jorge de Carvalho do Rio

    19 de Abril de 2017 at 16:16

    Confesso que ainda não era a minha preocupação com respeito as plantas genéticamente modificadas. Entretanto durante as minhas pesquisas pude aperceber-me que este método de cultivo já é feito em vários países inclusívé em alguns que temos acordos comerciais. Aqui consumimos quase tudo que vem. Se internamente não podemos cultivr este tipo de produtos, por razões técnicamente explicadas por algumas pessoas, então torna-se necessário a inspecção de todos produtos que importamos isso porque apercebi que o arroz, milho, farinha de trigo, frutas,vinhos enfim quase tudo que importamos e consumimos podem ser produtos transgénicos e esses têm efeitos muito negativos para a saúde humana. A verdade de tudo isso é a grande quantidade de pessoas com doença de diabetes, hiper-tensão, cancro, enfim muitos problemas de saude.
    No meu ponto de vista, temos que apetrechar o nosso sistema de laboratórios de analises para apurarmos a entrada destes tipos de produtos e interditá-los. Gostaria ainda de informar que as indistrias normalmente escondem as verdadeiras informações sobre a originalidade dos produtos.

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