A direcção da ENAPORT mostrou para a imprensa os equipamentos que foram adquiridos para melhorar as operações portuárias.
Segundo Osvaldo Lombá, coordenador técnico da empresa estatal que administra os portos, a ENAPORT não tinha barcaça nem rebocador. Há um ano que alugava os dois equipamentos a um empresário nigeriano.
Beneficiária de uma carta de conforto do Governo, a ENAPORT recorreu ao crédito bancário para comprar os dois equipamentos que vinham sendo alugados. Equipamentos que garantem o transbordo de mercadorias dos navios para o porto de Ana Chaves.
«Nós não tínhamos esses equipamentos e eles já vinham prestando este serviço há mais de um ano. Já estava cá, nós conhecemos os equipamentos e negociamos» afirmou o coordenador técnico da ENAPORT.
A barcaça custa 440 mil euros, e o rebocador 250 mil euros. Para cada um dos equipamentos a ENAPORT diz que já avançou 50% do valor. A empresa estatal com o conforto do governo avançou para a compra dos equipamentos, sem realizar o concurso público, como aliás determina a lei de licitação e contratações públicas.
«Não houve concurso público directamente. Mas houve a questão da urgência desses equipamentos, e o país não pode ficar parado», explicou Osvaldo Lombá.
Mas, não é a primeira vez que o governo recorre ao crédito bancário para comprar equipamentos flutuantes para a ENAPORT.
O rebocador Liberdade é um exemplo. Foi adquirido pela ENAPORT no ano 2015, durante a vigência do Governo liderado por Patrice Trovoada. Recebido no porto de Ana Chaves ao som do bulawê, “Mão Chão Chão”, o rebocador baptizado pela ENAPORT de LIBERDADE, custou 300 mil euros e foi comprado no porto de Leixões em Portugal, e também sem qualquer concurso público.
O rebocador que em curto espaço de tempo, se transformou numa sucata flutuante, e abandonada na baía da cidade de Neves, no norte da ilha de São Tomé, é mais velho do que a República Democrática de São Tomé e Príncipe. Começou a operar em 1970.
A carta de conforto de 2024 para aquisição do rebocador inominado que pertencia a um nigeriano, surgiu após os trabalhadores da ENAPORT terem-se revoltado no mês de janeiro contra o acordo assinado pelo Governo e o grupo francês AGL para privatizar a gestão da empresa.
Uma situação que provocou a demissão do então ministro das infraestruturas Adelino Cardoso.
«Na altura o governo reconheceu que havia um contrato que precisava ser reapreciado, e envolveu mais o sindicato. A questão está a ser reapreciada, analisada» frisou Osvaldo Lombá.
Os sucessivos governos de São Tomé e Príncipe consideram a ENAPORT como uma empresa tecnicamente falida, que só produz despesas avultadas para os cofres do Estado.
Abel Veiga
ANCA
22 de Abril de 2024 at 10:59
Apesar da urgência da necessidade premente de um rebocador, para que o país jamais fique parado, a ponderação, gestão, rigor, sobretudo quando se fala de recursos financeiros estatal, recomenda-se.
Em 2015, o Estado que nos pertence á todos(governo na altura), adquiriu um rebocar que hoje se encontra inoperacional, por um valor de 300 mil euros e agora tem a necessidade de adquirir, um outro rebocador no estado em que se encontra pela imagens, cascos podres, sem falar no motor e um porta contentor e cargas, barcaça por um valor de 700 mil euros, se juntarmos o rebocador comprado em 2015, custo um total de um milhão de euros, sendo 300 mil já foram para o lixo.
A questão se coloca, com um valor de um milhão de euros, podia-se equacionar a compra de um rebocar em bom estado ou até novo, porquê optar põe esta solução?
Isto merece uma , discussão, debate, investigação e analise, explicação ao país, num país em tudo faz falta, em relação as prioridades.
Nunca devemos ao tal luxos de falta de gestão conveniente/ rigorosa e criteriosa.
O preço de um rebocador em segunda mão, fica a volta de 200 mil á 300/400 mil euros, consoante a potência, estado em que se encontra, suas características, uma barcaça em segunda mão 100/200 mil euros.
Por outro lado tendo adquirido, ou até antes de ter adquirido, se deveria fazer um a inspeção, pedir a sua reparação, cascos, motor só depois a compra.
No regime democrático estado tem regras procedimentos de funcionamento, quanto a admissão/compra de bens e serviços, recomenda-se o cumprimento destes procedimentos em prol da transparência. Tribunal Constitucional, Tribunal de Contas, Ministério das Finanças, Presidente da Republica, Assembleia da República, devem desempenhar bem os seus papeis fins para que foram eleitos, a fiscalização da ação governativa/executiva do Governo.
Pois que se há urgente/necessidade premente de adquirir meios de transportes cargas transbordo de mercado para o mercado interno, também deve haver sentido de estado, responsabilização, dever de informação, sem derivado da mesma urgência de aquisição, não se pôde abrir concurso público.
É de todo importante a fiscalização deste ato, outros semelhantes.
Se és de São Tomé e Príncipe agi dentro da lei.
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
ANCA
22 de Abril de 2024 at 15:20
Pesquisem o conceito de economia circular
O conceito de economia verde
O conceito de economia azul
Tenho defendido aqui, politicas de transportes e comunicação, formação média, formação profissional em navegação marítima, reparação de embarcações, segurança marítima,…como fazendo parte de algo maior que queremos cluster do mar, tendo em conta a nossa realidade geopolítica e geográfica de país de insularidade interna/ externa, isto nos impõe desafios a transpor pela nossa sobrevivência como país(território,população,administração, mar, rios)
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
Madiba
22 de Abril de 2024 at 14:40
Confesso. Não percebi nada! Mas mesmo nada. Comprara o estrado ou rebocador ou as duas coisas? Se compraram o rebocador, este não passa de um «vé kua». Ao menos davam uma pintura nele, para disfarçar. Conclusão: os homens santomenses teimam a não querer mudar.
Mezedo
23 de Abril de 2024 at 10:32
Este é o governo que escolheram como solução.
Solução ligada a gatunagem clara, em que os Santomenses vê cegamente e burramente elogiando de papa e solução.
Só quem é mesmo cego como estão todos os Santomenses hoje, não consegue ver o roubo que se vive em STP.
Mas é a solução que povo queria, agora é aguentar e chamar Deus para chegar 2026, sem se tornar o país de nuca mais se realiza eleições.
Mepoçom
23 de Abril de 2024 at 11:38
Esta teimosia de não privatizar essa empresa, pode vir custar caro. Jogo de interesse particular do grupo lançando sempre confusão pode ter consequências gravíssimas. Depois de empresário ganhar seu em aluguer e viu que equipamento está degradando resolveu vendo-lo e o gestor antipatriotico envolveu o país nesse negócio. Um país que anda de mão estendida, em vez de fazer uma compra que serve o país e o colectivo, vai comprar porcaria… muala cu iô domé tila pido pê. Já é tempo de filhos da terra refletir no futuro da nação e das gerações. Quando comete o erro pela primeira vez é tolerável, mas repetidas vezes é inaceitável.
Jorge Semedo
24 de Abril de 2024 at 9:29
O rebocador “velhíssimo” e “cansadissimo” é de um estrangeiro, a barcaça velhinha e cansadinha é de um estrangeiro, o Baanco também é dos estrangeiros porque de São Tomé esse banco só tem residência, o pt também nasceu, cresceu e passa a maior parte da sua vida no estrangeiro. Desconfiamos que tanto o coordenador técnico como o director da ENAPOR devem ter alguma costela estrangeira (é urgente investigar as suas árvores genealógicas desde os anos 1700 para se aferir se são genuinamente santomense).
Ora se todos envolvidos (acima citados) são estrangeiros ou seus descendentes, não há como agirem em benefício futuro de STP. A verdade é que já compraram sucatas, o banco já liberou os fundos para compra com base na garantia/carta do governo, o vendedor estrangeiro já levou a massa que lhe cabe, o que falta liberar será partilhado pelos ali-babas nacionais e a dívida total ao banco será paga pelos contribuintes. E como o ADI tem um plano de governação a curto prazo, nao querendo deixar louros ao próximo governo, cria estas soluções que só duram o seu atual mandato. O outro quando subir ao poder, terá razão de sobra para descartar esta solução e comprar outras velharias apenas para o seu mandato. E assim vamos nós. As únicas coisas que transitam cumulativamente de mandatos para mandatos, são as dividas acumuladas pelos sucessivos governos.
Os governantes, políticos e dirigentes em STP não estão preocupados com o desenvolvimento acelerado e efectivo de STP porque são todos descendentes de estrangeiros (escravos angolanos, colonos portugueses, deportados caboverdianos, escravos mocambicanos, emigrantes “macauenses”, etc, etc) ou sai filhos de santomenses genuínos, mas nascidos e crescidos no estrangeiro.
Daí que não nutrem sentimento de pertença ao solo pátrio como acontece com os De Boeers da África do Sul, que apesar de serem descendentes de holandeses, trabalham pelo e defendem um futuro brilhante para Africa do Sul. Só têm uma pátria: a África do Sul.
Em STP, todos descendentes do colono querem nacionalidade portuguesa. Todos descendentes de caboverdianos têm metade do coração em Cabo Verde, 1/2 em STP e 1/2 em Portugal.
Os descendentes de escravos angolanos têm metade do cerebro defendendo Angola, 1/2 defendendo Portugal e 1/2 a pensar na sua vida, não na prosperidade de STP. Todos só querem sacar o máximo de STP, para melhorarem e as suas vidas, das suas familias e amigos e mandar o máximo que podem para Portugal e para o resto do mundo.
Este roubo na novela do rebocador e da barcaça é a prova inequívoca de tudo que foi foi descrito acima. Todos ganharam neste negócio. Menos STP.
Felicidade
23 de Abril de 2024 at 20:37
Mais um caso de polícia e ministro kelve procurador que só tem olhos para pessoas do mlstp mais o seu amigo director da PJ, nada dizem.
Depois, cada um assume a sua culpa.