O partido PCD, sem representação na Assembleia Nacional decidiu dar voz ao protesto nacional, até agora apenas sussurrado nas ruas e nas repartições da administração pública.
«De facto a economia está totalmente paralisada enquanto o chefe do governo continua a passear pelo estrangeiro, em viagens permanentes e em aviões privados, de elevado custo que não têm trazido qualquer benefício visível ao nosso país», lê-se no comunicado da Comissão Política do PCD.
O partido liderado por João Bonfim, dá exemplo do que diz ser a inutilidade das permanentes viagens do primeiro-ministro Patrice Trovoada.
«A prova disso foi a demonstração da total inutilidade da presença do senhor primeiro-ministro e de sua esposa, acompanhados de uma grande comitiva não desportiva nos jogos olímpicos de Paris, enquanto ficaram em casa os atletas, treinadores e dirigentes, aos quais poderiam ser dados a oportunidade de uma aprendizagem como são os jogos olímpicos».
O PCD que não conseguiu concorrer às eleições legislativas de 2022 dá voz ao coro de protesto na surdina que aconteceu no país, logo depois de Patrice Trovoada aterrar em São Tomé oriundo dos jogos olímpicos.
«O primeiro-ministro chegou ao país na madrugada de um dia e voltou a viajar igualmente em avião privado. No dia seguinte, aparentemente para outra cerimónia em que deveria competir, ao Presidente da República, caso se necessário, a representação do nosso país», diz a comissão política.
O partido que ganhou as primeiras eleições pluralistas em 1991 e com maioria absoluta, hoje na oposição extraparlamentar, considera que o primeiro-ministro Patrice Trovoada desrespeita o povo.
«A realização dessas elevadíssimas despesas totalmente inúteis para o país, traduz um claro desrespeito pelo sofrimento de muita gente que no nosso país não consegue ter acesso a alimentação nem aos cuidados básicos de saúde, chegando a morrer por falta de medicamentos».
Por outro lado, o PCD diz no comunicado da comissão política que o partido de Patrice Trovoada, a ADI, está a forjar um conjunto de leis com objectivo de alterar as bases do sistema democrático adoptado em 1990 e que foi largamente aprovado pelo povo em referendo.
«O novo código eleitoral e o novo estatuto do ministério público correspondem à vontade de se regressar a um Estado autoritário e policial…», frisa o PCD.
Abel Veiga
Original
18 de Agosto de 2024 at 16:13
Perante as evidências,palavras já não há para justificar o contrário.Quem diz uma coisa e faz contrário,está a trair a si próprio a não ser que seja alguém que está a cumprir um calendário à espera sorrir quando chegar a desgraça deste povo.
Renato Cardoso
19 de Agosto de 2024 at 12:25
Tenho a certeza que as lamurias e lamentações do género ou sejam declarações públicas com urbanismo pouco ou nada adiantam.
Com o pintakabra é preciso reivindicações profundas e com o envolvimento da sua tese de amor ao povo piquinino!
Convidam motoqueiros palaies taxistas e alguns marginais; iniciando com pedradas ao palácio de desgoverno e ele até prestaria-vos pouca atenção !
Melhor reunirem todos os kurandeiros e jogadores de biska 61 e irem ao largo de Bom Despacho e rezar e fazer makumba!
Às vezes é preciso ser radical para acabar com o radicalismo!