PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Onusida revela que série de vacinas potenciais inclui combinação contra o vírus da sida e da hepatite C; investimento para pesquisas “não cresceu ou diminuiu” depois do pico de US$ 981 milhões registado há nove anos.
O pedido do Onusida é que haja mais recursos e uma maior colaboração entre os governos, a comunidade científica e o setor privado para o avanço das pesquisas para descobrir uma vacina eficaz contra o vírus da sida. Foto: OMS/G. Smyth
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, revelou esta quarta-feira que dois testes em larga escala de vacinas candidatas contra o vírus serão realizados num futuro próximo.
A agência destacou que as investigações estão em curso, em nota para marcar o 18 de maio, Dia da Consciência da Vacina do HIV.
Combinação
O Onusida destaca o seu trabalho contínuo com parceiros para desenvolver outras vacinas potenciais que incluem uma combinação para o HIV e para a hepatite C. A eficácia de anticorpos para neutralizar o vírus também está a ser estudada.
O ensaio da vacina RV144 na Tailândia foi o mais promissor dos últimos 30 anos ao ter reduzido o risco de infeção pelo HIV em 31%, em 2009. No total, seis ensaios foram testados com eficácia.
O Onusida defende que é preciso uma vacina para controlar o vírus a longo prazo e que essa é a melhor esperança para sustentar os progressos para acabar com a epidemia da sida até 2030.
Investimento
De acordo com o comunicado, o investimento em pesquisas e no desenvolvimento de vacinas contra o vírus “não cresceu ou diminuiu” depois do pico de US$ 981 milhões registado em 2007.
Em 2014, o investimento global aumentou 2,8%, para US$ 841 milhões. No ano anterior, foram aplicados US$ 818 milhões. Os Estados Unidos continuam a ser os maiores investidores na área.
O pedido do Onusida é que haja mais recursos e uma maior colaboração entre os governos, a comunidade científica e o setor privado para o avanço das pesquisas para descobrir uma vacina eficaz contra o vírus da sida.
O diretor executivo do Onusida, Michel Sidibé, disse que a descoberta seria um grande avanço científico e médico para a humanidade”.
Como defendeu, ao lado do maior acesso aos medicamentos antirretrovirais e da combinação de ferramentas de prevenção do HIV, é preciso um investimento sustentado e uma maior colaboração para desenvolver uma vacina “para que o mundo esteja um passo mais perto do fim da epidemia”.
A agência da ONU sublinha que parcerias público-privadas e internacionais têm sido criadas para acelerar o progresso em direção a uma vacina eficaz contra o HIV.
A ação da Onusida é com parceiros como a Iniciativa Internacional de Vacinas contra a Sida, Avac, e outras partes envolvidas como a Global HIV Vaccine Enterprise.