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Lançamento do Roteiro para a implementação da Declaração de Adis Abeba sobre a Imunização

Lançamento do Roteiro para a implementação da Declaração de Adis Abeba sobre a Imunização por ocasião do Fórum Africano da Saúde

O documento descreve estratégias para que qualquer indivíduo em África goze plenamente da imunização com todas as vantagens inerentes

Kigali, Ruanda, 27 de Junho de 2017 – Hoje, por ocasião do 1° Fórum da OMS sobre a Saúde em África, que se realiza em Kigali, no Ruanda, foi oficialmente lançado um Roteiro destinado a nortear a implementação, pelos Estados-Membros, da Declaração de Adis Abeba sobre Vacinação (ADI). O Roteiro foi elaborado em estreita colaboração entre Estados-Membros, a Comissão da União Africana, os Escritórios Regionais da Organização Mundial da Saúde par a África (WHO AFRO) e para o Mediterrâneo Oriental (WHO EMRO) bem como parceiros da vacinação.

Intitulado “Roteiro para a implementação da Declaração de Adis Abeba sobre Vacinação: Sensibilização, Acção e Responsabilização” o novo documento providencia aos Estados-Membros três estratégias específicas para acelerar os progressos com vista ao acesso universal à vacinação em África. As estratégias incluem:suscitar e manter o empenho político e o financiamento; reforçar as capacidades técnicas e ultrapassar barreiras no que diz respeito ao acesso; e acompanhar de perto os progressos realizados.

“As vacinas são uma das mais eficientes ferramentas de saúde pública de que hoje dispomos. Quando as crianças beneficiam de um começo de vida saudável, as comunidades podem prosperar e as economias crescer”, referiu a Dr.ª Matshidiso Moeti, Directora Regional da OMS para a África. “O Roteiro da ADI ajudará a nortear e a realizar progressos no sentido de assegurar o acesso universal à vacinação para todas as crianças em África, sejam quem forem e onde quer que vivam.”

A cobertura pela vacinação de rotina aumentou consideravelmente por toda a África ao longo das duas últimas décadas. A percentagem de crianças que, em África, recebe a terceira dose da DTP3 (vacina contra difteria-tétano- tosse convulsa) – medida usual para apreciar o vigor dos programas de vacinação de rotina – subiu, passando de cerca de 57%, em 2000, para 77%, em 2015. Ainda assim, pelo continente africano, uma criança em cada cinco continua a não ter acesso a todas as vacinas disponíveis, deixando-as numa situação vulnerável em relação a doenças evitáveis pela vacinação.

Existem diversos obstáculos importantes no que diz respeito ao acesso a vacinas, incluindo a debilidade das cadeias de abastecimento e a insuficiência de dados para identificar as lacunas da cobertura a nível local. Dentro em breve, o continente enfrentará igualmente uma transição histórica em termos de financiamento. Dado que África está prestes erradicar a poliomielite, prevê-se uma redução de financiamentos cruciais destinados à vacinação através do programa de erradicação da poliomielite. Para além disso, mais países de África aproximam-se do estatuto de rendimento médio, o que significa que começarão a desligar-se do financiamento da Gavi, a Aliança para Vacinas. O Roteiro da ADI identifica estratégias para responder precocemente a esses desafios para garantir que os esforços de vacinação não são interrompidos.

“A apropriação nacional é mais importante do que nunca para fazer com que possamos manter e construir sobre as conquistas arduamente obtidas”, indicou o Dr. Mahmoud M. Fikri, Director Regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental. “Realizando investimentos políticos, financeiros e técnicos, África poderá agora ter uma geração isenta de doenças evitáveis pela vacinação.”

Alargar o acesso à vacinação surtirá enormes resultados positivos para as famílias, para as comunidades e para países inteiros. Por cada dólar gasto em vacinação durante a infância obtém-se um retorno de 41 dólares em termos de benefícios económicos.

A ADI apresenta compromissos concretos – desde aumentar o financiamento interno para efeito de vacinação até tratar dos desafios relativos às cadeias de abastecimento – através dos quais as nações podem aumentar o acesso à vacinação e reforçar os sistemas de saúde a par de outros esforços existentes, em particular o Plano Mundial de Acção para as Vacinas. Inicialmente a ADI foi redigida e firmada por ministros e outros representantes de alto-nível no quadro da Conferência Ministerial sobre Vacinação em África, que teve lugar em Fevereiro de 2016. Na sequência disso, Chefes de Estado de toda a África aprovaram a ADI durante a 28ª Cimeira da UA em Janeiro de 2017.

“Líderes a todos os níveis do governo identificaram o acesso universal à vacinação como sendo uma prioridade urgente e uma meta realizável,” declarou S.Exª Amira Elfadil Mohamed Elfadil, Comissária para os Assuntos Sociais da Comissão da UA. “Alargando este consenso, os Estados-Membros devem saber tomar medidas para executar os seus compromissos – em última análise, catalisando assim o desenvolvimento sustentável pelo continente fora.”

Para mais informação, é favor contactar:

Comissão da UA

Wynne Musabayana

Chefe da Divisão de Comunicação

musabayanaw@África-union.org

OMS AFRO

Collins Boakye-Agyemang

Assessor Regional para a comunicação

boakyeagyemangc@who.int

 

Dr. Richard Mihigo

Coordenador do Programa Vacinação e Desenvolvimento de Vacinas

mihigor@who.int

 

OMS EMRO

Rana Sidani

Adida superior de comunicação

sidanir@who.int

 

Dr. Irtaza Chaudahri

Técnico principal, Doenças evitáveis pela vacinação e Vacinação

chaudhrii@who.int

 

Para aprofundar os assuntos relativos à ADI, consulte immunizationinafrica.org, e relativos ao Fórum Africano da Saúde, consulte africahealthforum.afro.who.int. Adira ao debate no Twitter usando as seguintes referências: #WHOAHF, #ADIRoadmap e #VaccinesWork.

 

 

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